Em companhia do grupo de culpados, centenas de inocentes encarcerados esperam há 30 dias a incerta chegada da Justiça.
Por Augusto Nunes e Crystian Costa – Revista Oeste
m 6 de janeiro, a mulher de 50 anos decidiu suspender por alguns dias a jornada de trabalho numa empresa que fabrica peças de automóveis em Presidente Prudente, interior de São Paulo, para juntar-se ao acampamento montado em Brasília por manifestantes inconformados com a volta de Lula ao poder. Acomodada sob uma barraca nas cercanias do Quartel-General do Exército na capital federal, ali permaneceu até a manhã do dia 9, quando foi desfechada a operação concebida pelo ministro Alexandre de Moraes e executada pela Polícia Federal. Embora soubesse que, na véspera, uma erupção de vandalismo havia resultado em ataques ao Palácio do Planalto, ao Congresso e à sede do Supremo Tribunal Federal, dormiu sem sobressaltos: ela nem saíra do acampamento quando o surto de violência atingiu o clímax na Praça dos Três Poderes. Mas não conseguiu achar alguém disposto a examinar o argumento. E foi para a cadeia em companhia de alguns culpados e centenas de inocentes que compunham a multidão de 1.398 brasileiros capturados pela ofensiva policial.
Durante duas semanas, a viajante perplexa dividiu com quatro parceiras de infortúnio uma cela da Colmeia, penitenciária feminina da capital federal. No 14º dia, foi contemplada com a liberdade provisória, que chegou escoltada por restrições que incluem o uso de tornozeleira eletrônica — limitação imposta por Moraes a 460 dos 482 homens e mulheres soltos até a tarde deste 9 de fevereiro. Pode-se dizer que teve sorte ao escapar do cotidiano sem horizontes que segue castigando 916 brasileiros. Mas a interiorana paulista anda muito diferente da mulher que existiu até o embarque rumo a um acampamento de Brasília.
Ela voltou para casa transformada numa prisioneira do medo. Para não se expor a vigilantes invisíveis, mantém distância das redes sociais. Desativou de vez o WhatsApp — e não pretende reconciliar-se com o que era até recentemente seu aplicativo predileto. “Minha madrasta está passando por um tratamento psiquiátrico que envolve remédios bem fortes”, contou o enteado. “Deixou de sair de casa, porque teme ouvir a tornozeleira apitando. Ela nem sequer sabe quantos metros pode distanciar-se de onde mora.” Sem prazo para o desfecho do drama ainda em curso, a incerteza provoca sucessivas crises de ansiedade.
Depoimentos colhidos por Oeste confirmam que quem tem a vida interrompida pelo brusco desaparecimento de horizontes raramente escapa de sequelas semelhantes. Dois clientes do advogado Samuel Magalhães, por exemplo, tentam absorver o episódio traumático e contornar as pedras colocadas no caminho por medidas restritivas. Ambos também vivem no interior de São Paulo. Um tem 39 anos e é técnico em informática. Outro completou 34 e cursa a faculdade de odontologia. “Eles usam tornozeleira eletrônica e não podem sair do Estado sem notificar o STF”, resumiu Magalhães. “Não é permitido chegar perto de outros manifestantes do 8 de janeiro e, a cada mês, eles devem comparecer à Vara de Execução Penal para atualizar dados. O endereço, por exemplo.” Como a mulher de Presidente Prudente, eles estavam no acampamento quando ocorreram as invasões e os quebra-quebras.
Depois do estágio no ginásio da Polícia Federal, foram depositados no presídio da Papuda. Ali, nos dez dias seguintes, a dupla aprendeu a dividir com 18 pessoas uma cela com espaço para oito e a suportar a água fria em banheiros congestionados, antes de conseguir a liberdade provisória. Os relatos dos que saíram escancaram a perversa rotina dos que continuam por lá. Na Papuda e na Colmeia, 611 homens e 305 mulheres sobrevivem longe do noticiário da imprensa, das atenções da Justiça e de advogados que calculam honorários em dólares por minuto. Eles têm de 18 a 75 anos de idade. Elas, de 20 anos a 70 anos. Os três Poderes parecem enxergar apenas um bando de golpistas de extrema direita financiado por bilionários que sonham com o sepultamento do Estado Democrático de Direito.
Nessa fantasia delirante, teria irrompido em 8 de janeiro a Intentona Bolsonarista, reprise degenerada da Intentona Comunista de 1935. Convencidos de que o povo brasileiro é um rebanho de amnésicos, os parteiros da farsa fingem esquecer que a tentativa de derrubar o governo de Getúlio Vargas foi arquitetada pelo Partido Comunista do Brasil (a mando do Partido Comunista da União Soviética), teve um chefe militar (Luiz Carlos Prestes), desdobrou-se em levantes que provocaram tiroteios e pelo menos 100 mortes em quartéis e envolveu insurretos fardados no Rio, em Pernambuco e no Rio Grande do Norte. Comparado ao que acabou de ocorrer em Brasília, o número de prisões decorrentes da Intentona Comunista parece ter sido determinado por monitores de escoteiros.
Antes do tsunami de capturas registrado neste janeiro, tinha-se como insuperável a marca estabelecida em 12 de outubro de 1968, quando a Polícia Militar paulista engaiolou os quase 800 participantes do 30º Congresso da União Nacional dos Estudantes. Já no segundo dia de discurseiras num sítio em Ibiúna, à época uma cidadezinha a 60 quilômetros de São Paulo, a tropa prendeu os convivas do piquenique revolucionário (clandestino, havia jurado José Dirceu, já colecionando trapalhadas como agitador de sala de aula). Com quase 1.400 detenções, o novo recorde brasileiro na modalidade encarceramento em massa reduziu a coisa de principiante a façanha consumada pelo regime militar semanas antes da decretação do Ato Institucional nº 5.
As diferenças não param por aí. Nenhum dos congressistas de Ibiúna se espantou com a prisão. Eles sabiam que isso aconteceria caso fosse descoberto o local do encontro de centenas de combatentes decididos a derrubar o governo. No fim de outubro de 1968, quase todos haviam retornado aos Estados de origem. Só os principais líderes do movimento estudantil continuavam na cadeia — e ali permaneceriam até setembro de 1969, quando trocaram uma cela pelo exílio por exigência dos sequestradores do embaixador norte-americano Charles Elbrick. O Brasil dos presidentes-generais esvaziou sem demora presídios que o Brasil de 2023 mantém repletos de homens e mulheres desprovidos até do direito de saber que espécie de crime lhes confiscou a liberdade.
“É preciso haver uma individualização, porque uma pena coletiva não é admissível. O STF passou por cima de cláusula pétrea”
Quaisquer atos de vandalismo têm de ser punidos, reafirma o jurista Dircêo Torrecillas Ramos, mas não se pode misturar pessoas que se manifestaram de boa-fé no 8 de janeiro com criminosos que depredaram o patrimônio público. Feita a constatação, Torrecillas enumera irregularidades paridas ou endossadas pelo STF. “O Supremo não pode julgar essa quantidade de gente”, exemplifica. “Cabe-lhe analisar apenas os casos dos que praticaram atos de vandalismo nas dependências da Corte.” Diferentemente dos que foram capturados enquanto destruíam o Congresso e o Palácio do Planalto, os manifestantes que estavam nos acampamentos não poderiam ter sido detidos. “Não houve flagrante de crimes”, resume o jurista.
Em paragens subordinadas ao Direito e à Justiça, a Polícia Federal deve solicitar a autorização do Ministério Público Federal para a abertura de inquérito. O sinal verde libera os agentes para os trabalhos de investigação. Concluídas as apurações e identificados os criminosos, um relatório é encaminhado ao MPF, que decide se deve ou não encaminhar a denúncia a um juiz. “Só depois disso podem ocorrer prisões”, ensina Torrecillas. Os alunos do professor Alexandre de Moraes aprenderam que é esse o caminho traçado pela Constituição. Mas o ministro Alexandre de Moraes, de novo, optou pela via rápida: incluiu todos os manifestantes num dos inquéritos que conduz — um enquadra “atos antidemocráticos”, outro se dedica à extinção de fake news — e decidiu que o STF cuidará de todos os casos.
“Com apenas 11 ministros julgando, a indefinição sobre o futuro dos presos vai se alongar por tempo indeterminado”, lamenta Torrecillas. Ele também lastima a violação de pelo menos 15 incisos do artigo 5° da Constituição, que trata dos direitos individuais. Um deles determina que ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento desumano ou degradante. “Verificamos que até mesmo no ginásio onde os manifestantes foram inicialmente alocados ocorreram cenas degradantes”, constata Torrecillas. “Faltaram alimentação, profissionais da saúde, espaço suficiente e material de higiene. E as cadeias estavam superlotadas.”
De acordo com a lei, quem não tenha qualquer participação em ato ilícito não pode responder por crimes praticados por outros. “O que vimos foi uma coletivização dos atos”, diz Torrecillas. “É preciso haver uma individualização, porque uma pena coletiva não é admissível. O STF passou por cima de cláusula pétrea.” O desembargador Ivan Sartori, ex-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, concorda com a punição dos envolvidos em vandalismo. “Mas são pessoas que não têm foro privilegiado”, recorda. “Portanto, não cabe à Suprema Corte julgá-las.”
“Tivemos uma banalização das prisões”, afirma o jurista Ives Gandra Martins. “Antes, uma prisão provisória era rápida e os alvos dos processos tinham acesso imediato ao conteúdo do processo”. Ele nem perde tempo com versões segundo as quais o que houve em 8 de janeiro foi uma tentativa de golpe de Estado. “Uma população desarmada não tem capacidade para isso”, ensina. “Só com tanques, aviões e navios isso é possível.” Essas verdades elementares têm esbarrado no autoritarismo de ministros e juízes, na memória seletiva da imprensa, na cumplicidade oportunista de parte do Ministério Público, no silêncio cúmplice da OAB, nas fantasias do governo e seus devotos — e no medo paralisante que vai contagiando as vítimas da arrogância inconstitucional.
No começo dos anos 1970, com a Constituição aposentada pelo AI-5, a notícia da prisão de alguém era prontamente divulgada por familiares e amigos. Quanto mais gente soubesse do paradeiro de um alvo, menor seria a desinibição dos carcereiros. Agora, procurados por repórteres de Oeste, muitos parentes de homens e mulheres esquecidos no cárcere em Brasília acharam mais sensato esconder o próprio nome, omitir a identidade do prisioneiro e fazer de conta que nada de anormal está acontecendo. Medo rima com ditadura. No Estado de Direito, não pode haver um único ser humano que, sem ter cometido crime algum, enxergue em qualquer autoridade do Poder Judiciário um perigo a ser neutralizado pela fuga, pela mudez ou pela rendição incondicional. Numa democracia de verdade, não é assim que funciona.
Leia também “Culpado é mais lucrativo”
Não vamos esquecer!
Brilhante reportagem, perfeita clara e muito bem escrita. Parabéns.
Depois de muitos anos voltei a assinar uma revista a última tinha sido a Veja dos bons tempos.
A verdadeira informação voltou a ser escrita.
O Brasil que presta exige saber qual foi a atitude do Carniça Maldito e do pederasta Dino com a infiltrada Priscilla, maior responsável por tudo o que aconteceu no 8 de janeiro ( claro, a mando do Carniça e do Dino?
A população deveria se manifestar contra essa terrível arbitrariedade. Se prendessem 100 marginais num morro carioca os supostos defensores dos direitos humanos fariam um barulho ensurdecedor. Agora o silêncio, porque são de direita.
Absurda, irrazoável e psicopática a decisão judicial de manter presas quase 1000 pessoas, por conta das infiltrações de esquerdistas que depredaram os prédios em Brasília. Quem ordenou as prisões coletivas SABE que a grande maioria é inocente, mas quer castigar e reprimir o direito dessas pessoas, para impor o medo.
Vergonha do brasil e das instituições falidas. O que nos reserva o futuro?
Esse foi o maior absurdo já cometido pela justiça brasileira, se é que se pode chamar isso de justiça, o ditador Alexandre de Moraes já passou de todos os limites aceitáveis, ele se considera um justiceiro covarde e frouxo, o dia dele, se Deus quiser, vai chegar e, ele vai pagar muito caro por todas arbitrariedades que cometeu e vem cometendo contra o povo de bem deste país, o reinado desse canalha vai ter um fim trágico, é só esperar.
Simples, estamos em plena ditadura.
Apenas torço para que passe rápido – em 4 anos – esta fase de puro obscurantismo no qual se meteu o brazil, a “press”tituta incluída, uma fase na qual o país se viu dividir em duas torcidas igualmente fanáticas e acéfalas em torno de duas figuras boçais, dois sujeitos repugnantes, dois pusilânimes sem a menor noção de decoro. Que em 2026 as seitas petralha e bozista se imolem tal qual os seguidores de Jim Jones e nos deixem em paz.
Belissimo, esclarecedor e triste artigo Nos esclarece como tentam nos ameaçarmos intimidarmos, sem respeitar a nossa constituição. A mensagem final é imposição do medo, o silêncio e a imobilização total. Me parece que esse filme atual, teve suas raizes numa Alemanha nazista…. Pergunta-se como reagir ou como deveremos nos moldar a essa nova realidade . Revista Oeste , nos oriente uma solução , nós brasileiros estamos órfaos.
Temos a sensação de que o ministro Alexandre de Moraes e quem o acompanha vive uma espécie de OBSESSÃO AUTO DESTRUTIVA, infelizmente não percebe que isso está fazendo mal para a população inteira do Brasil.
Ás vezes tenho a sensação de estar vivendo em um mundo no qual eu ainda não tinha percebido que existia , talvez tenha vivido até então em uma “bolha”… e agora fora dela percebo que estamos totalmente à deriva , é inacreditável o que estamos vivendo , fico pensando como será contada esta história no futuro. Vivemos em um país “livre” onde a nossa liberdade foi roubada , confiscada ,abocanhada ….
ATÉ TENHO ARREPIOS EM SABER QUE A NOSSA JUSTIÇA ESTÁ AGINDO DESTA MANEIRA.
PARECE UM FILME DE TERROR ONDE INOCENTES SÃO SUBMETIDOS A ESSA TORTURA PSICOLÓGICA SÓ POR DISCORDAR DO GOVERNO ELEITO E SÃO ACUSADOS DE SEREM TERRORISTAS.
É UM FILME DE TERROR QUE AMEAÇA A NÓS TODOS
Caro Augusto Nunes, como excepcional jornalista que é, lembrou-se de ouvir as vítimas da Nova Democracia e relatar o que se passa com elas, como pessoas honestas que são. É inacreditável que aquele povo brasileiro das músicas consagradas, como a Aquarela do Brasil, por exemplo, já não existe mais, há décadas. Aquele povo alegre, hoje é triste, aquele povo que fazia amizades com facilidade, hoje denuncia, se alegra com a má sorte de outros, mais do que seu próprio sucesso, que nunca existe. A crise moral que se abateu sobre o nosso povo, não acabará mais. O Brasil da Nova Democracia é outro. Aquele Brasil Brasileiro, não renascerá das cinzas. Parabéns e obrigado, caro Augusto. Talvez alguém com autoridade leia seu comentário e se conscientize do mal que fez.
Não precisamos citar tantas atrocidades, cometidas pelo STF e o TSE, há muito tempo, essas duas casas, vem passando por cima da nossa Constituição e fica por isso mesmo!!
Onde está a tal OAB?(escondidos), onde estão os escrotos da ABI?(escondidos), onde estão os defensores dos Direitos Humanos?(escondidos), enfim, onde estão todas as autoridades que defendem a Liberdade de Expressão? Onde estão os artistas de bostas? Ahh, me esqueci dos artistas de bostas, são da Globo e afins, são de esquerda, defendem um Ladrão na presidência!!! Enfim, estamos no País do Lula-Ladrão!!! Não precisamos dizer mais NADA!!!!
Disse Niemayer: “projetar Brasília para os políticos q vocês colocaram lá, foi como criar um lindo vaso de flores prá vocês usarem como pinico. Hoje eu vejo, tristemente, que Brasília nunca deveria ter sido projetada em forma de avião, mas sim de Camburão”.
O que podemos esperar de uma sociedade sem lei? Pergunto onde estão os juristas que não se manifestam contra estes desmandos?
Augusto, que tal assumir a TV cultura para voltar a fazer um jornalismo verdadeiro e um Roda Viva informativo e lucido?. Afinal agora temos Tarcísio de Freitas no governo de São Paulo. Fala com ele, porque assim teremos a revista oeste, tv cultura, gazeta do povo para fazer um jornalismo decente.
VERGONHA !
A capa dessa semana da Oeste me deu mais um bom motivo para assinar a revista.
Voces são o único órgão de imprensa a tratar da barbárie a que são submetidos nossos bravos patriotas inocentes.
Há muito para ser explicado nessa história que se mostra uma grande farsa. Vários órgãos do governo foram avisados da possibilidade de haver atos violentos com dois dias de antecedência e o que fizeram? Enfraqueceram a segurança no lugar de reforçá-la. Pessoas preparadas e com conhecimento das instalações dos prédios foram os principais praticantes de vandalismos e não se tem notícia que estejam presas. Encarceramento em massa de pessoas sabidamente inocentes com que propósito? O principal interassado em uma CPI foge dela que nem o diabo da cruz com argumentos patéticos. Possibilidade de que pessoas já estivessem dentro dos prédios invadidos antes dos atos começarem. De fato muito para ser esclarecido.
O congresso Nacional não pode em hipótese nenhuma deixar de realizar a CPI dos atos de 08 de janeiro de 2023, sob pena de se tornar cúmplice dos que participaram das destruições, como também das possíveis falhas daqueles que como autoridades responsáveis pelos prédios públicos ausentaram-se deste dever de ofício, causando grande prejuízo ao patrimônio público, sobretudo com as consequências das prisões e responsabilizacões por prática de crimes por pessoas idosas que protestavam pacífica e democraticamente nas portas de quartéis na praticando em absoluto, nada que se caracterizasse como crime dentro do que estabelece nossa constituição, seguindo opiniões de renomados juristas brasileiros a exemplo do professor Ives Gandra. Infelizmente serão páginas negras na história do povo brasileiro, desconsiderado pelas instituições justiça, políticos e forças armadas, caríssimas para a sociedade a fim de defendê-la via CF, mas ao contrário, nos humilha, prende, debocha de tudo e de todos. Brasileiros e autoridades que pertencem à estas instituições da República, o que diremos aos nossos filhos e netos no futuro por tamanha falta de patriotismo e inominável covardia em não defender a CF, rasgando-a por interesses escusos, causando traumas e decepções nunca antes visto neste país. Os covardes de agora certamente mentiroso pra seus descendentes, mas os historiadores revelarão a verdade. Os que têm caráter, vergonha, amor e compromisso com a Pátria, lamentam e choram tamanha frouxidão, prefeririam não terem nascido a serem covardes e lesa Pátria. Mas aqui se planta, aqui se colhe, sendo que a colheita é obrigatória.
Gente,isso é um campo de concentração em Brasília em pleno século vinte e um . Histórias de vida que foram interrompidas apenas por expressarem seus desejos e opiniões. Agora façam um L bem grande.Acho que todos os leitores da Revista Oeste sabem bem o significado de um campo de concentração e o que lá acontece.Excelente artigo.
A capa dessa semana da Oeste me deu mais um bom motivo para assinar a revista.
Voces são o único órgão de imprensa a tratar da barbárie a que são submetidos nossos bravos patriotas inocentes.
Senador Rodrigo Pacheco, você dorme bem? Caso afirmativo, trata-se de um perigoso bandido psicopata.
Essa situação é tão absurda revoltante que é difícil encontrar palavras para expressar a indignação diante disso.
Alguém aí leu mein kampf, minha luta de Adolf Hitler? Salvo um possível engano, foi assim que começou os tempos muito sombrios do século XX na Europa.
O Alex sabe tudo o que é publicado e postado aqui. Como o Lula, já é um ditador enão um iniciante. Data venia, até eu conheço uma pessoa idosa que está presa lá e até pediu para alguns mascarados não quebrarem nada. Ele foi lá só para protestar. A irmã dele nem foi na praça, ficou no acampamento preparando lanches… e ficou presa por atos de vandalismo… Um dia os déspotas se enforcarão na própria forca.
Nunca, nos meus 79 anos de vida, incluídos aí, 4 em Brasilia( 61/64) vi tanto ativismo político de uma Suprema Corte, que , através de seu encarcerador geral da República, Alexandre de Moraes – virou acusador e julgador de pessoas sem foro privilegiado.A história julgará seus atos e dos demais.
Inacreditável 🤐
Muito triste e lastimável. Essas pessoas estarão marcadas para sempre. Mas meu consolo é que, o ditador dessa imoralidade jamais será esquecido pela nação brasileira e nós não podemos deixar de falar para nossa futura geração que vivemos uma ditadura camuflada e um ser desumano que destruiu vidas inocentes.
A CF começou a ser violada em 2016 quando Lewandowisk, junto com um congresso acovardado, preservou os direitos políticos da ‘presidenta’. De lá para cá os ataques foram se intensificando e os iluministros foram ficando mais ousados.
Os abandonados de 08/01 são invisíveis principalmente para aquela sopa de letrinhas que estava sempre em evidência defendendo figuras que não podem ser mencionadas.
Só pra lembrar: OAB, ABI, CNJ, DPU, CNBB, ABERT e UNHRC, onde estão?
Inacreditável vivemos regime ditatorial. Moraes e
esse governo nefasto só praticam o mal p a sociedade. Corja de bandidos. OAB, MPF tds calados, um STF de togados sujos q afrontam o povo brasileiro. NOJO
República brasileira do Crime Organizado. Novo nome do ex Brasil.
O que Michel Temer tem a dizer? E o tal FHC aquele envaidecido “estadista”? E o extremamente religioso, liberal, conservador e “democrata” Alckimin, como se sente? E aquela cambada dos direitos humanos da OAB, esqueceram a CF?. Estariam calados se a instituição mais respeitado até recentemente pelos brasileiros, fizessem o mesmo?
O que Michel Temer tem a dizer? E o tal FHC aquele envaidecido “estadista”? E o extremamente religioso, liberal, conservador e “democrata” Alckimin, como se sente? E aquela cambada dos direitos humanos da OAB, esqueceram a CF?. Estariam calados se a instituição mais respeitado até recentemente pelos brasileiros, fizessem o mesmo?
Um dos grandes ou grandíssimos problemas geradores e fomentadores da corrupção em geral e especificamente dos políticos no Brasil são os ELEITORES.
O Código Eleitoral deveria urgentemente ser alterado para proibir de votar aqueles eleitores que fossem usuários de drogas ilícitas como cocaína, crack, maconha, simplesmente porque eles não reúnem lucidez ou capacidade mental ou mente sadia para optar por esse ou por aquele candidato, para discernir entre o incorreto e o justo. Por outro lado, também os eleitores que tivessem antecedentes criminais, ou seja, condenação por ilícito penal em segunda instância, seriam proibidos de exercer o direito de voto.
Com essas providências oficializadas e adotadas através de lei, haveria uma verdadeira revolução neste país, no melhor dos sentidos.
O que acontece quando as decisões são tomadas por pessoas que não foram eleitas? Onde fica a culpa dos eleitores?
Também aí a culpa é exatamente dos ELEITORES, na medida em que os ELEITOS pelo voto (Deputados e Senadores) é que deveriam fiscalizar e CONTER as aloprações daqueles (aos quais você se referiu) que não foram eleitos, usam uma esquisitíssima capa preta nas costas e se entregam aos mais impensáveis delírios e perversidades jurídicas como todas essas às quais temos assistido desde longa data.
Uma vergonha o destrato da justiça com os cidadãos e a soberba dos que se sentem acima da lei. O devido processo legal deve seguir os ritos e culpar quem realmente cometeu vandalismo.
Infelizmente não estamos em um estado democrático de direito, mas numa ditadura da toga.
Impeachment do ditador imoraes já e fora Luladrão
Isso é tortura! Isso é muito grave!
Reportagem magnífica.
Que jornalistas independentes batam na mesma tecla, toquem o mesmo disco arranhado, repitam o mesmo mantra todo santo dia: “Há pessoas presas ilegalmente em Brasília” – e falem 20 nomes dos 916 por dia até falar o nome de todos. Depois, repetem novamente, até serem libertados. E os parentes devem ir com cartazes que mostrem foto e nome do preso para a frente da rádio, ou praça, ou igreja de sua cidade. Há que se dar visibilidade aos injustiçados presos. Ou serão deixados ao deus dará???
Recriaram aqui uma Dachau, o primeiro campo de concentração de Hitler, que se destinava a encarcerar os inimigos e indesejáveis do nazismo!
Quem pagará por isso? Se não pagarem agora, um dia pagarão, a começar por aquele que se julga um Nabuconosor: o homúnculo denominado alexandre “o glande”!
Faço a mim, sus sábias palavras …
… suas …
República Federativa do Nordeste do Brasil, cuja capital é Salvador, presidida pelo senhor inácio, precisa dar explicações a respeito. Só ganhou por lá.
Convido vocês a assistirem um pequeno documentário feito no Camboja, feito por um brasileiro. O que um masoquista ditador chamado Pol Potty, fez e até hoje, pouca gente sabe o que acontecia naquele lugar.
Nessa “altura do campeonato” a polícia já conhece TODOS que estão ali, já sabem que tem antecedentes criminais ou não, liberar aqueles que nada têm com os atos de vandalismo, e abrir processos criminais para os que realmente cometeram o quebra quebra e liberar também. Não faz sentido isso !!!
Sinto vergonha do Brasil ao ler esse artigo. Nasci na ditadura e pelo jeito vou morrer em outra ditadura. Ja desisti do Brasil faz tempo, mas no fundo ainda esperava que o nosso futuro chegasse. Nao me considero bolsonarista, nem lulista e nenhum desses istas. Ver o silencio da OAB talvez seja mais grave que a truculencia do STF. Os advogados aceitarem que a OAB fique em silencio diz tudo sobre o Brasil. Politicos covardes, advogados covardes, jornalistas covardes. Que golpe esses manifestantes deram!! Me parece que o outro lado deu seu golpe.
Cadê os Direitos Humanos? ah sim, eles só atendem esquedistas…
maravilhoso artigo, somente nas piores ditaduras como cuba e coreia do norte existe esse tipo de prisão. o nosso STF nos igualou a essas ditaduras. constituição para que?, se o que vale é a vontade de um sinistro.
A uns 20 anos atrás ouvi de um médico em Curitiba que instituições e poderes no Brasil tinham dono. Na época não entendi o que ele queria dizer mas hoje está claro. O Brasil pertence ao Luladrão que deseja a todo custo que o BC atenda sua neurose obsessiva em baixar a taxa SELIC que é instrumento de controle monetário consagrado mundialmente. O Senado pertence ao Pacheco para atender a demanda dos seus comensais. Na Câmara com a reeleição de Arthur Lira o país perdeu mais uma oportunidade de renovação, por falta de candidatos com musculatura para concorrer ao pleito. No STF um silêncio sepulcral de 10 (sinistros) integrantes e o país tentando conviver com a ditadura jurídica de um homem só. Com estes acontecimentos pulverizados a estados e municípios temos o caos jurídico e institucional que levaremos muito tempo para desatar os seus nós.
Isso é o maior absurdo que eu já vi nessa democracia de araque. Essas pessoas merecem uma indenização gigantesca do estado. Não fizeram nada. Um absurdo que acaba com qualquer vontade de se manifestar nesse estado patético que virou o Brasil. Todos são culpados. Imprensa, Estado, Polícia, Nós……vergonha do Brasil
Sinto um vazio e uma falta de energia vendo tudo isso acontecendo.
Me nego a acreditar!!
O poder judiciário brasileiro é um vexame !
PARABÉNS PELO ARTIGO
NÃO EXISTE MAIS JUSTIÇA NO BRASIL E SIM UM BECO. A AUTORIDADE APANHA UM INDIVIDUO NA RUA, BATE, ACUSA, JULGA E MATA NO BECO. A PROPOSITO VALE APENAS ASSISTIR UM FILME EPÍLOGO DE UMA SENTENÇA, EM INGLES THE TATTERED DRESS COM JEFF CHANDLER 1957, ONDE O ACUSADO QUE É ADVOGADO MOSTRA A DIFERENÇA ENTRE A JUSTIÇA E O BECO.RETRATO FIEL DOS DIAS DE HOJE. EM 1968, AS AUDITORIAS MILITARES DISPONIBILIZAVAM OS AUTOS PARA OS ADVOGADOS DEFENDEREM OS ACUSADOS QUE PARTICIPARAM DAQUELE ENCONTRO NA UNE.BASTA CONSULTAR O ARQUIVO DO STM.