Uma briga entre dois vereadores do PDT de Palmeira das Missões, ocorrida dentro da prefeitura, está causando constrangimento entre colegas de partido e deve ter desdobramentos na Justiça.
Na manhã de sexta-feira, o presidente do partido, vereador Erico Almeida, e o colega de Câmara, Sidi Oliveira, entraram em luta corporal, que resultou em ferimentos para ambos.
O motivo da briga não é claro e será apurado pela Polícia Civil, já que os dois registraram ocorrência policial. Erico ficou hospitalizado até a manhã deste sábado. Sidi disse ter sofrido ferimentos em um braço e afirmou ter procurado uma clínica particular para evitar novo encontro com o colega e seus familiares no hospital da cidade.
Os dois se engalfinharam dentro do gabinete do vice-prefeito, Lúcio Borges, que não estava no local. Sidi alega que há uma desavença antiga com Erico, que teria feito ofensas pessoais ao seu pai, Djalma Oliveira, ex-vereador da cidade pelo PDT, e a seu irmão mais velho, também ex-vereador pelo partido. As ofensas teriam sido proferidas na noite de quinta-feira, durante reunião com integrantes do partido e para qual Sidi não foi convidado.
— Eu soube das ofensas e quando vi ele no gabinete, fui cumprimentar e tentar falar, mas ele começou a me agredir, me chutou. Ser insultado, sofrer ofensas, ok, mas não vou apanhar dele. Apenas me defendi. Entramos em luta e nem sei quem separou — recorda o vereador Sidi.
O parlamentar se diz arrependido e espera que o caso possa ter uma solução definitiva na Justiça:
— Não é algo louvável nem bonito. Estou arrependido, mas tem coisas que parecem ser inevitáveis e essa foi uma delas. Registrei na polícia e vou levar à Justiça para buscar um acerto. Isso tem que parar e, talvez, se for dito em juízo, pare.
Sidi nega que a briga tenha motivação política ou ligação com divergências na votação de um projeto ocorrida na terça-feira, quando ele e Erico tiveram posições opostas. A votação envolvia a alteração de direitos dos servidores municipais. Sidi, que está eu seu primeiro mandato, é funcionário da prefeitura.
— Se fosse isso, teria brigado com todos que divergiram. Na minha visão o que ocorre no campo do debate e das ideias, permanece lá.
Jorge Adonis Lopes dos Anjos, vice-presidente do PDT na cidade, também servidor municipal e que foi chamado para socorrer Erico, disse que o partido vai ouvir os dois parlamentares para definir que medida adotar. O caso poderá passar pelo conselho de ética do partido.
— Fui chamado e encontrei o Erico ensanguentado, com um corte no rosto. Levei para o hospital. Eles tiveram um desentendimento numa votação, os ânimos ficaram exaltados e depois houve discussão por uma rede social — disse o vice-presidente do partido.
Zero Hora tentou falar com o outro vereador envolvido, deixou recado, mas não obteve retorno até a publicação deste texto.