Todos os dados dos possíveis alvos teriam sido repassados por um PM do Vale do Taquari. Um mandado de busca foi cumprido na manhã desta sexta-feira (11) na casa do brigadiano na mesma região.
O motivo da ação hoje foi encontrar mais provas sobre as informações sigilosas repassadas aos criminosos. O soldado, que também vai responder a processo administrativo, é suspeito de acessar dados no sistema de segurança para os traficantes. Ele atua em batalhão da região e não se descarta o envolvimento de outros PMs.
Plano
A quadrilha pretendia se vingar dos policiais que prenderam mais de 120 traficantes a partir de uma megaoperação, a Clivium, realizada em junho do ano passado. Agora, o grupo, que tinha base em Gravataí, está sofrendo uma devassa financeira através de apreensão de bens e de bloqueio de contas bancárias.
A juíza atuava no município na época da investigação e concedeu aos policiais os mandados de prisão e de busca. Ela também aceitou as denúncias que viraram processos judiciais, são cerca de 40. Ela, devido às ameaças, foi transferida para outra comarca. Locais e nomes estão sendo preservados.
Presídio Central
O plano foi elaborado dentro do Presídio Central pela cúpula da quadrilha, cerca de 15 detentos. Eles são tão perigosos que as audiências judiciais ocorrem dentro da casa prisional. Um deles teve de ser transferido para a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (PASC). Esta organização criminosa possuía até um carro blindado com chapas de aço chamado de “caveirão“. O veículo, apreendido pela polícia, tinha espaço até para atiradores e teria sido usado para 30 assassinatos.
A investigação é dos delegados Marco Antônio de Souza, da Divisão Judiciária e de Operações, e do delegado Endrigo Marques, d Força Tarefa da Delegacia Regional de Porto Alegre. Segundo eles, esse grupo chegou a movimentar R$ 6 milhões e tem gerentes do tráfico que continuam atuando nas ruas para os líderes presos. Clicrbs