Cúmulo do machismo
Que decepção para eleitores que elegeram esse vereador. Vejam só a estupidez e desrespeito dele com referência as mulheres. Estou me referindo ao vereador Cláudio Antônio Gottschlk (PDT), de Nova Petrópolis, que em plena véspera do Dia da Mulher, em discurso na Câmara, ao se referir a uma proposição que deu entrada na Casa sugerindo a colocação de cartazes informativos do disque-denúncia 180 em locais públicos do município. Olha as besteiras que a criatura disse lá da tribuna do Poder Legislativo Municipal: “Isso é desnecessário, porque uma mulher que se presta, uma mulher decente não dá tanto problema. Isso é uma coisa que vou te dizer, uma mulher que se presta eu acho que não dá tanto problema. O problema ‘é as chinelonas’. Olha, aqui no município de Nova Petrópolis quantos problemas têm? Eu acho até que fica feio nós irmos botar faixas nos banheiros e nos órgãos públicos com telefone para denunciar casos de violência contra mulher”.
A propósito
No ano que vem teremos eleições municipais. Como evitar eleger maus vereadores, inoperantes como muitos por aí, ou desrespeitoso como aquele indigesto lá de Nova Petrópolis? Fácil, é só os partidos lançarem bons candidatos.
Nós os escolhemos
Na política, o “sistema” é uma regra branda para aqueles que a aceitam e ao mesmo tempo é uma regra para quem a nega. É o “sistema” que impede que pessoas sérias e honradas cheguem ao poder, justamente para conservar no poder aqueles que o alimenta, que fomenta, que o pratica… É o “sistema” que não permite igualdade na disputa das eleições, privilegiando aqueles que possuem maior poder aquisitivo em detrimento de pessoas boas, comprometidas e inteligentes que querem ocupar cargos eletivos… Isso para o “sistema” é prejudicial, por isso descartam aqueles que pensam… É o “sistema” que tenta corromper os bons políticos. É o sistema que tenta confundir os eleitores. É o “sistema” que torna o mau político em bom político e o bom político em mau político…É o “sistema” que permite eleição de quem tem preconceitos, inclusive, com mulheres. É o “sistema” que dá poderes ao político. Com o voto popular!!! Fomos nós, eleitores, que os escolhemos.
Nós os escolhemos (2)
Maus vereadores são aqueles que não defendem e não respeitam o povo. Não agem de maneira honrada, mas sim para somar vantagens aos seus interesses particulares. Maus vereadores são aqueles que fazem da Câmara de Vereadores um almoxarifado do poder executivo e se reduzem a simples garotos de recados do chefe do executivo. Os bons vereadores demonstram coragem ao denunciar omissões, inoperância, atos de improbidade administrativa do executivo, vivem de ação efetiva, possuem boas ideias, defendem e respeitam o povo, estão atentos e ao mesmo tempo preparados para anular quaisquer manobras políticas que venham atingir negativamente a população, a maioria e os menos favorecidos. Como diz o ditado, cada povo tem o político que merece. Afinal, nós os escolhemos.
Ética na administração
Maquiavel tinha a teoria de que os governantes deveriam se utilizar basicamente de duas formas de ética: a cristã e a política. A ética cristã, ordena que seja praticada a conduta mais correta, benigna para o povo. Já a ética política sugere que para ser um bom governante ou bom legislador às vezes o mal deve ser a medida a ser tomada; o administrador público deve ser bom, mas em certas ocasiões deve usar ‘máscara’, mentir, ser mau quando necessário, para posteriormente obter sucesso e respeito do povo, adotando a ideia de que ‘os fins justificam os meios’. O agir com maldade, do administrador, naquela época, era agir com violência armada, enquanto hoje, em outro cenário, o agir com maldade encarna-se na corrupção, no descaso, no afastamento da sociedade que os elegeu como seus representantes. Sendo assim, qual é o tipo de ética usada pelos Poderes Executivo e Legislativo, no seu município?
Melindrosos
Há meses, raramente faço algum comentário sobre o desempenho de vereadores, isso porque muitos deles se mostravam extremamente melindrosos cada vez que algum fato, ação ou omissão, praticado pelos agentes políticos era abordado. Mas de qualquer sorte há que se divulgar alguns avanços, como a diminuição dos gastos com diárias dos vereadores, para o que pode-se citar Santo Augusto como exemplo. Quanto a questão dos salários eles demonstravam total desagrado quando a coluna referia que o vereador, na maioria dos municípios percebe, a título de salário, duas, três ou mais vezes o salário médio dos servidores municipais. E sem querer desmerecer o vereador ou sua função, há que se perguntar: o que faz um vereador? Ora, “nada que o permita ganhar mais do que a média salarial dos servidores municipais”, simples. Nenhum vereador de cidade pequena ou média (onde o cargo não os impede da atividade profissional), deveria ganhar mais que isso. Não tem essa de que vereador tem que ganhar bem. Ele tem que ganhar o justo, por período de trabalho também justo. É praxe ouvir-se de vereadores que eles estão vinte e quatro horas por dia, todos os dias da semana, a serviço da população. Então se pergunta: Quando ele está trabalhando na sua empresa ou em alguma outra atividade particular, também está a serviço da população? Já o servidor público não, esse cumpre jornada de trabalho de 20 horas semanais. Diferente de duas ou três horas na sessão legislativa uma vez por semana e, esporadicamente uma reunião aqui e acolá.
Se originaram aqui
A iniciação política, de qualquer político, é no município, sendo que a maioria dos que chegam ao parlamento estadual ou federal, ou mesmo ao executivo, iniciaram a carreira política como vereador ou prefeito. Portanto, nós temos que ter a consciência que a raiz, a origem do bom ou do mau político é aqui, no meu ou no seu município, onde ele começou a dar os primeiros passos para o bem ou para o mal respaldado pela vontade popular. Temos exemplos aqui na Região Celeiro do Rio Grande do Sul, onde 3 dos cinco deputados atuais (Classmann, Zilá e Pompeo de Mattos), foram vereadores e prefeitos, e Ernani foi vereador, antes de serem deputados. Estão de razoáveis a bons, mas poderiam melhorar bastante suas atuações. O certo é que eles são o espelho de quem os elegeu. Somos todos responsáveis. Portanto, escolher bem em quem votarmos para vereador é fundamental, é dali que vai sair o deputado, senador, governador, e até o presidente. Eis as razões para que a comunidade como um todo deve participar da política.
Aliás
É o reflexo daqui da base dos políticos que o deputado leva para a Assembleia Legislativa ou para o Congresso Nacional, com o possível foco na ganância por polpudos salários e inúmeros penduricalhos, por conta dos cofres públicos.