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Tempo do celular pendurado na cintura

Propaganda de 1999 retrata o costume do início da telefonia móvel

Por Leandro Staudt – GZH

Fischer América Dez / Zero Hora
Propaganda da Telefônica em 1999.Fischer América Dez / Zero Hora

As propagandas retratam muito dos costumes de uma sociedade. No acervo de Zero Hora, estão preservados 60 anos de história da publicidade gaúcha e brasileira, desde grandes marcas multinacionais até pequenos negócios de bairro. Em edição de 20 de novembro de 1999, o anúncio da empresa Telefônica Celular estava recheado de simbolismos.

Em homenagem aos gaúchos, no dia de celebração da Revolução Farroupilha, a agência de publicidade Fischer América Dez apostou em uma foto que dispensava longo texto. O gaúcho pilchado carrega na cintura o telefone celular. Tradição e modernidade em uma imagem. Há 25 anos, a telefonia móvel ainda não estava disseminada em todos os rincões do Rio Grande do Sul. A tecnologia estava chegando para facilitar a comunicação e encurtar distâncias.

Em dezembro de 1992, a Companhia Rio-Grandense de Telecomunicações (CRT) começou a vender celulares em Porto Alegre. Nos primeiros anos, os aparelhos e planos de serviços foram acessíveis a poucos. No final dos anos 1990, após a privatização da CRT, muitos gaúchos compraram o primeiro aparelho, a maioria no plano pré-pago.

A propaganda é lembrança do tempo de aparelhos maiores, difíceis de carregar no bolso. Por praticidade e ostentação, os celulares ficavam pendurados na cintura, na calça ou no cinto. Lojas e ambulantes vendiam as capas para os aparelhos.

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