Ele está preso na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas.
Apenas ministro Marco Aurélio a favor do pedido, mas teve voto derrubado.
O Supremo Tribunal Federal (STF) negou o pedido de habeas corpus do médico Leandro Boldrini, pai do menino Bernardo, morto em abril do ano passado em Frederico Westphalen, no Noroeste do Rio Grande do Sul. Ele é acusado de participar do homicídio do filho.
A decisão, tomada em sessão na terça-feira (17), teve o voto da ministra Rosa Weber, relatora da matéria, e dos ministros Edson Fachin e Luís Roberto Barrroso. Apenas o ministro Marco Aurélio votou a favor do pedido. Ele justificou que houve excesso de prazo da prisão preventiva, já que Boldrini está preso desde o dia 14 de abril de 2014.
O médico teve prisão temporária decretada pela 1ª Vara Criminal de Três Passos (RS) pela suposta prática dos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Logo após, a prisão temporária foi convertida em preventiva. A defesa questionou a decisão no Tribunal de Justiça gaúcho (TJ-RS) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ), sem sucesso.
A ministra Rosa Weber entendeu que não há razões para a concessão do habeas corpus por não haver ilegalidade nas decisões de instâncias anteriores (TJ-RS e STJ). “As decisões anteriores ratificam a existência de indícios suficientes da participação do paciente em conluio com as outras duas corrés (Graciele Ugulini e Edelvânia Wirganovicz) nos crimes de homicídio quadruplamente qualificado e ocultação de cadáver praticados contra o próprio filho, menino de 11 anos, e também falsidade ideológica”, afirmou.
A relatora salientou que a prisão foi decretada para a garantia da ordem pública e em benefício do andamento do processo, uma vez que as testemunhas manifestaram receio de represálias. Ela também entendeu que a decisão que decretou a prisão preventiva de Boldrini está fundamentada "concretamente e de forma individualizada", tendo sido embasada em elementos que indicam a necessidade da sua manutenção.
Leandro Boldrini está na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (PASC). Também estão presos a madrasta do garoto, Graciele Ugulini, e os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz. G1