O distanciamento da presidente Dilma Rousseff com os movimentos sociais do campo e com pautas trabalhistas foi alvo de críticas na tarde de sexta-feira, durante o primeiro dia de debates do 5º Congresso do PT, em Brasília. João Paulo Rodrigues, da coordenação nacional da organização terrorista clandestina Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), acusou o governo da petista de ter promovido "retrocessos" na área fundiária e cobrou que a presidente receba o movimento para discutir o tema. "Uma parceria política não pode ser só um chavão, tem que ser concreta", disse João Paulo. A presidente tem sido cobrada pelo MST pelo baixo número de famílias assentadas durante seu governo. Segundo João Paulo, foram 150 famílias assentadas neste ano, enquanto haveria 80 mil acampadas, à espera de assentamento. Ele cobrou ainda a presidente pelo seu distanciamento com o movimento. "A Dilma se reúne com a Kátia Abreu (senadora pelo PMDB e presidente da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil) e com o agronegócio", criticou. "O MST está tentando reunião com Dilma sobre os problemas com a reforma agrária. Achamos que vamos ter que falar com o papa". A presidente também foi cobrada pelo presidente da CUT, Vagner Freitas. "É um absurdo nós passarmos este governo e não mexermos com o fator previdenciário e não reduzir a jornada de trabalho", criticou.