O secretário da Fazenda do Rio Grande do Sul, deputado federal Giovani Feltes, anunciou no final da manhã desta terça-feira que os salários do funcionalismo sairão em dia, mas não fez promessa nenhuma sobre abril. Eis a agenda de pagamentos: dia 27/3 (sexta-feira) – magistério, funcionários da rede escolar, do Quadro Geral, inativos ferroviários e FEPPA (Fundo Estadual de Previdência Parlamentar); dia 30/3 (segunda-feira) – Polícia Civil (exceto delegados), Brigada Militar (exceto capitães e oficiais), Susepe e Institutos (exceto técnico penitenciário e peritos), funcionários da Saúde de nível médio e cargos em comissão vinculados ao Quadro Geral; dia 31/3 (terça-feira) – demais servidores do Poder Executivo. Até agora, o governo de José Ivo Sartori, cinco meses após as eleições, foi completamente errático. Passa a sensação de não ter qualquer estratégia para o enfrentamento da crise econômico-financeira estrutural do Estado, e se limita a medidas emergenciais, inevitáveis. É um governo que não tem qualquer palavra para a sociedade sobre a situação atual, como ela se construiu, e sobre o futuro. Em resumo, não tem projeto, é um governo entregue às mãos dos fiscais da Secretaria da Fazenda. É uma sociedade sem futuro e com partidos políticos incapazes de formular um projeto de futuro. Se a sociedade precisa fazer sacrifícios, é preciso que ela fique sabendo porque e até quando ela precisará se sacrificar, e pelo quê. Sartori não dá essas respostas.
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