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Sartori vai adiar pagamentos de fornecedores e cortar viagens

O decreto também trará uma série de restrições para gastos com passagens aéreas, diárias, consultorias e horas extras

01/01/2015 | 20h54

Sartori vai adiar pagamentos de fornecedores e cortar viagens Andréa Graiz/Agencia RBS

Ao fim do cerimonial de posse, o novo governador José Ivo Sartori nomeou oficialmente seu secretariadoFoto: Andréa Graiz / Agencia RBS

Será de contenção de despesas a primeira medida do governo de José Ivo Sartori. Nesta sexta-feira, ele assinará um decreto para prorrogar por 180 dias o prazo de quitação dos restos a pagar deixados pela gestão de Tarso Genro. São, em maioria, contas com fornecedores prestadores de serviço.

Com o prazo alongado, a estimativa é manter em caixa cerca de R$ 700 milhõespara cumprir a folha de pagamento até abril, período crítico devido à queda de receitas.

– A finalidade não é deixar de pagar, mas não perder o fluxo do caixa. A prioridade é pagar pessoal – destaca o chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi.

Confira os bastidores da posse de Sartori

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O decreto também trará uma série de restrições para gastos com passagens aéreas, diárias, consultorias e horas extras. É possível que viagens sejam autorizadas somente em casos de extrema necessidade.

Secretários receberão lista com quantidade de CCs que podem nomear

Biolchi e os secretários Geral, Carlos Búrigo, e da Fazenda, Giovani Feltes, começarão a se reunir nesta sexta-feira com os demais integrantes do primeiro escalão. Nas conversas, os 19 secretários receberão uma pasta onde constará a quantidade de cargos que cada um poderá nomear. Também serão informados os cargos em comissão (CCs) que deverão ficar vagos, inclusive alguns de salários mais elevados. Nesse ponto, a redução de postos nos gabinetes ficou, em média, na casa dos 30%. É outra determinação de Sartori para reduzir custos.

Também hoje à tarde, Biolchi, Feltes e Burigo apresentarão ao secretariado um estudo sobre a situação financeira do Estado, feito por uma empresa privada. Aliados de Sartori indicam que, caso não haja medidas, o déficit em 2015 poderá ser de R$ 5 bilhões. Outra reunião para tratar das finanças ocorrerá no domingo com todo o secretariado, quando serão discutidas novas medidas de contenção que devem ser adotadas até fevereiro.

Paralelamente aos ajustes de contas, o núcleo do governo Sartori trabalhará nos próximos dias para formatar o segundo escalão do governo. Já está definido que Flávio Presser será o diretor-presidente da Corsan, mas as demais estatais seguem sem comando. Uma das prioridades é a definição sobre a CEEE, que deve ser entregue ao PSB. Na tarde desta sexta-feira, o deputado federal Beto Albuquerque se reunirá com Sartori. O governador deseja que o ex-vice-governador Beto Grill seja o presidente, mas ele anunciou, após ser preterido no secretariado, que não pretende atuar no segundo escalão.

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