Do total da população do estado, mais de 70% recebem rendimentos e quase 20% é de aposentadoria ou pensão. Pnad Contínua do IBGE foi divulgada nesta sexta-feira (19).
Por Gustavo Chagas, Pedro Alt, g1 RS e RBS TV
Pessoas caminham em rua do Centro Histórico de Porto Alegre — Foto: Reprodução/RBS TV
O Rio Grande do Sul é o estado com a maior quantidade de pessoas com algum tipo de rendimento, segundo o IBGE. Do total da população gaúcha, 70,3% têm alguma fonte de renda. O que consolida o estado na primeira colocação é a presença significativa de aposentados e pensionistas.
Os dados, referentes a 2023, constam no relatório da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgado nesta sexta-feira (19). O coordenador do estudo no RS, Walter Rodrigues, afirma que 19,6% da população do RS têm, como rendimento, as aposentadorias e pensões.
“O grande destaque, quando nós especificamos os tipos de rendimento, é aposentadoria e pensão. É uma proporção semelhante à proporção de idosos no estado, que se destaca nessa questão do envelhecimento”, explica.
O peso dos aposentados e pensionistas no RS se comprova na comparação com outros estados. Santa Catarina, que está em segundo lugar nessa faixa, tem 15,8% da população com essas fontes de rendimento. A média nacional é de 13,4%.
Pessoas caminham em rua de Porto Alegre — Foto: Reprodução/RBS TV
Todas as fontes
O número de pessoas com alguma fonte de renda vem aumentando nos últimos anos no RS. Em 2021, o índice era de 66,8%.
O RS vem aumentando o rendimento nos últimos anos. Em 2022, o valor médio era de R$ 2.945 e, em 2021, chegou a R$ 2.651.
De acordo com os dados deste ano, o estado fica na quarta colocação, atrás de Distrito Federal (R$ 4.966), São Paulo (R$ 3.520) e Rio de Janeiro (R$ 3.510). A média nacional é de R$ 2.846.
Apesar da presença significativa de aposentados e pensionistas, o trabalho ainda tem a maior parcela entre as fontes de renda no RS. O rendimento médio com essa origem é de R$ 3.222 no estado.
Bolsa Família
O RS é o segundo estado com menor percentual de domicílios com pessoas beneficiárias do Bolsa Família, com 8,6% das residências. Em 2022, a marca era de 6,8%. Já em 2021, o número era de 3,3%.
Atualmente, o estado fica atrás apenas de Santa Catarina, onde o índice é de 4,5%. A média nacional é de 19%.