Por J.R. Guzzo – GZH
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do TSE, Alexandre de Moraes.| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil.
O conglomerado composto pelo STF, pela Polícia Federal e pelo esquadrão radical do PT que governa o Brasil de hoje decidiu, definitivamente, que o maior problema do país, e talvez o único que realmente lhes interessa, é o ex-presidente Jair Bolsonaro. Faz mais de um ano que Bolsonaro não está mais na Presidência da República.
O Supremo, através da sua milícia eleitoral, decretou que ele não pode mais ser candidato a nenhum cargo público. Não há uma única questão de governo, por mais remota que seja, em que o ex-presidente tenha qualquer tipo de influência. Em suma: ele é um ex, e como todo ex, não pode decidir absolutamente nada, e nem exercer influência alguma. Mas continua sendo a obsessão de Lula, da vara penal operada pelo ministro Alexandre de Moraes e do STF como um todo.
Parecem jogar tudo, neste momento, na transformação de uma mentira grosseira em política de Estado – estão oficializando o “8 de janeiro” como um “golpe para derrubar o governo Lula”
Decidiram, agora, apreender o seu passaporte – depois de terem feito batidas policiais às 6 horas da manhã na casa de um dos filhos, de montarem uma encenação sobre “joias ilícitas” que não resultou em nada e anunciarem a sua prisão iminente (“Vai dormir hoje na cadeia”, disse o departamento de propaganda do governo num de seus programas de televisão.) A última, já no terreno da palhaçada explícita, é a inquisição em que a PF e o Ministério Público querem acertar o ex-presidente com a prodigiosa suspeita de que ele incomodou uma baleia no litoral de São Paulo. É isso: num dos países mais destruídos pelo crime em todo o planeta, a suprema polícia do governo está mobilizada pelo “caso da baleia”.
Essa ideia fixa é mais uma prova material do fracasso cada vez mais visível do governo – resultado direto da incompetência sem limites de Lula e de tudo o que vem junto com ele, da ausência de qualquer projeto sério de ação pública e do colapso moral do sistema. Depois de um ano inteiro sem produzir nada de útil para o Brasil, e de falência geral da capacidade de governar, o regime Lula-STF acha que a sua única opção real é fabricar um inimigo.