Entrevista – PT de Redentora -presidente Vanderlei da Rosa
– Quais as perspectivas do PT de Redentora, com vista às eleições municipais deste ano?
– O PT de Redentora fez uma composição há quatro anos, uma coligação com o PMDB, com o PDT, PT, PTB, PSB e a gente teve êxito na eleição, compondo esse grupo, onde a gente conseguiu, dentro do partido, alcançar algumas metas, que foi trazer recursos para o município bem significativos, por meio de emendas parlamentares de nossos deputados, como patrulhas agrícolas, para maquinário do parque de obras, ônibus, creche, escola. Então, o PT, nesses quatro anos, junto com os demais partidos, deu a resposta para o redentorense do porquê ser adversário a vida toda do PMDB, por exemplo, e hoje estar junto. Foi para trazer recursos e para ajudar mais a população redentorense. E as perspectivas para este ano, o PT já fez reunião internamente com a Executiva, é esgotar-se as possibilidades de um consenso, trabalhar um consenso, porque hoje não cabe mais, no ponto de vista do PT, dos filiados, não tem mais espaço para divergências políticas em município pequeno. Unir forças para trazer recursos para ajudar o nosso povo carente. Redentora, hoje, metade da população praticamente é indígena, carente. Uma grande parcela da população não indígena é carente. É um município pobre. E veja, dentro desse cenário, ainda ter mais disputa política, mais um puxar pra um lado e pra outro… Então, a gente gostaria que todos os partidos se conscientizassem e trabalhassem o consenso. Essa é a perspectiva. Mas, se não houver consenso, que tenha eleição, a gente tem candidato sim, próprio, o partido, a gente vai compor uma coligação, se não for nessa que a gente está atualmente, provavelmente vai ser essa, não havendo o consenso, a gente tem candidatura própria sim a prefeito.
– Quer dizer que o PT de Redentora vai lançar candidatos à eleição majoritária?
– Sim. O PT tem quatro nomes hoje para candidatura a prefeito, buscando coligações.
– Qual seria o nome mais indicado do PT para concorrer a prefeito?
– Um desses nomes é o atual vice-prefeito, professor Carlos da Rosa, tem o Nestor Martins, um vereador nosso, seu Iodaí, e o outro nome seria eu, Vanderlei. Então, o PT trabalha com esses quatro nomes.
– No caso de compor uma coligação, o PT abre mão da cabeça de chapa?
– Como eu havia falado anteriormente, voltando um pouquinho, o PT abre mão até de colocar candidato se for num consenso. No consenso, você tem de abrir mão das vaidades, dos interesses de cada partido, é pensar mais na população. Agora, não havendo consenso, o PT tem candidato a majoritária. Então, vai depender muito da coligação também. Dependendo da coligação, você tem o candidato a prefeito, dependendo da coligação, você tem o vice, ou tem secretarias, ou entra numa nominata de vereadores. Então, tudo é discutível.
– Por que o PT almeja o poder?
Como eu tinha falado anteriormente, a gente abriu mão de uma rivalidade política histórica no município de Redentora com uma coligação para o bem do povo. Nós, em Redentora, chegar ao poder é para trazer recursos para se tentar o melhor para a sociedade, fazer o melhor pela sociedade. A gente tem uma boa relação nos ministérios, com o governo federal, tinha uma boa relação com o governo estadual, tem uma bancada boa de deputados, que está sempre olhando pra gente. Então, é trabalhar em prol da comunidade do município.
– Os escândalos de corrupção envolvendo políticos por todo o país podem influenciar nas eleições municipais deste ano?
– Eu acredito que não, porque em município pequeno, todo mundo conhece todo mundo, sabe da procedência de cada um, sabe o que é honesto, o que é menos honesto, o que é desonesto. Então, o que está acontecendo em nível nacional nunca aconteceu na história do nosso País. É uma Polícia Federal autônoma, sem estar um presidente dizendo que não, que não pode investigar isso ou aquilo. Eles têm liberdade de investigar. Tanto é que até ministro foi para a cadeia. E eu acho que lugar de corrupto é na cadeia. Como dizia o finado meu pai, “nenhum dedo da mão é igual”. Então, nenhum político é igual ao outro, nenhum familiar é igual ao outro. Você pode ter um irmão que é professor, outro que tem uma profissão boa, bonita, e ter um irmão que é bandido, assaltante. Então, não dá para misturar as coisas. Eu acho que a nossa sociedade vai ter de ser inteligente o suficiente para poder distinguir o bom do ruim.
– Considerações finais:
– Eu acho que seria isso. Para o nosso povo de Redentora, o PT está para somar, não para diminuir. O PT quer ajudar. Seja num consenso ou numa coligação, a gente quer somar. E isso a gente já provou para a comunidade de Redentora, que eles sabem a quantia de recursos que veio para Redentora por intermédio do nosso partido, seja em projeto, seja de emenda parlamentar, na área da saúde, da educação, da agricultura, das obras. Nosso parque de máquinas do município nunca teve tanta máquina como tem hoje, ônibus a caminho da escola, creche nova, ampliação de escola. Então, a gente deu conta do recado, compromisso que a gente teve com a comunidade. Até, hoje, a gente tem a pasta da Educação, a gente é Secretário da Educação lá, a gente pesquisa, a gente sempre ficou em primeiro lugar praticamente nas pesquisas como umas das secretarias que mais bem vem desempenhando um papel para a sociedade. Então, a gente está feliz por isso, chegamos alcançar, numa pesquisa interna de uma empresa que presta assessoria para a municipalidade, 97% de aprovação nas metas para 2015. E eu só desejo para a nossa comunidade de Redentora um ano repleto de realizações, “uma eleição calma, pacífica, com bastante conversa e com pouca rusga entre partidários e cabos eleitorais”.
Entrevista – PP de Redentora – presidente Carlos Wanderlan de Castro Oliveira
– Quais as perspectivas do seu partido com vista às eleições municipais deste ano?
– O PP, então PDS, foi governo em Redentora no período de 1964 a 1976, e foi vice-prefeito de 1997 a 2000, fazendo parte de uma coligação com o PDT, PT, PSDB e PFL. O PMDB está a mais de 35 anos no governo. Todos os administradores tentaram fazer algumas melhorias para o município, porém, a estrutura inchada absorve maior parte dos recursos. Por isso, somos de opinião que a alternância no poder gera mais competição e mais desenvolvimento para o município. E o PP, no caso, vai colocar candidato e fazer frente à situação.
– O PP redentorense vai lançar candidato a prefeito e/ou a vice?
– No nosso quadro de filiados do partido tem vários nomes que podem ser gestores públicos. São pessoas preparadas e bem sucedidas na atividade privada. Porém, a minirreforma política aprovada em 2015 é meio capenga, por isso afugenta um pouco o empreendedor comunitário. Mas nós pretendemos lançar candidato, apesar de ainda não termos o nome definido, está sendo analisado.
– O senhor poderia anunciar o nome mais indicado a concorrer a prefeito pelo PP?
– Não vou citar nomes, o assunto está sendo discutido internamente no partido.
– Em caso de coligação, o PP abriria mão da cabeça de chapa?
– Com certeza sim, o partido está aberto para negociações. Se for um nome que reúna todos os pré-requisitos de um bom administrador, terá o nosso apoio, até porque nosso interesse maior é compor uma candidatura de consenso entre os partidos existentes no município.
– Por que o PP almeja o poder em Redentora?
– Todo partido político almeja chegar ao poder. O PP tem propostas singelas, mas de grande repercussão econômica e social para o homem do campo e da cidade. O poder público tem o dever de fazer mais com menos e por menos a todos, indistintamente. E nós almejamos que o partido cresça, mas ele só cresce se estiver no poder.
– As denúncias de corrupção veiculadas diariamente pela mídia envolvendo a classe política, podem influenciar no resultado das eleições?
– Eu acho que vai influenciar bastante, porque é muita corrupção. Os políticos estão muito em baixa, entende. Então o povo está muito apreensivo, e vai dizer não à corrupção. A corrupção é o mal do século.
– Considerações finais:
– O Partido Progressista de Redentora tem o interesse em concorrer às eleições majoritárias e ver o partido crescer, tentar colocar a maioria de vereadores, e trabalhar para o povo.