Uma liminar concedida em razão de uma ação movida pelo PT restringiu o período de plantio da soja em Mato Grosso (MT). Com a decisão, o intervalo de semeadura vai de 16 de setembro a 31 de dezembro 2022, ou seja, a medida contraria a portaria do Ministério da Agricultura (Mapa) que estabelece o prazo até 3 fevereiro de 2023 para os produtores do grãos no Estado.
A decisão ocorreu em razão da mudança de voto da desembargadora Maria Helena Gargaglione Póvoas, na quinta-feira 8. Anteriormente, ela havia negado o pedido de liminar.
O episódio é mais um na relação dos produtores rurais com o PT. Recentemente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato da legenda, chamou o agronegócio do país de fascista.
O Mapa estabelece o período em 20 Estados e no Distrito Federal para a semeadura, como parte do combate à ferrugem asiática. A ação, visa a “racionalizar o número de aplicação de fungicidas e reduzir os riscos de desenvolvimento de resistência do fungo” que causa o problema, informa a pasta.
De acordo com o Mapa, a ferrugem asiática está entre as doenças mais severas que incidem na cultura da soja. “Nas diversas regiões geográficas onde a praga foi relatada em níveis epidêmicos, os danos variam de 10% a 90% da produção”, afirma.
Atualmente, o plantio de soja no Brasil ocorre principalmente em MT. Sozinho, o Estado responde por cerca de 25% das terras ocupadas por essa cultura no país. Do mesmo modo, os produtores mato-grossenses lideram a produção nacional. Eles são responsáveis por pouco mais de um quarto de toda a safra do grão no país.
Revista Oeste