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Produtores gaúchos lotam ginásio da Fenarroz em protesto contra governo federal

O objetivo do ato é garantir medidas do governo federal que atenuem prejuízos decorrentes de desastres climáticos

Agora RS

Com críticas ao Plano Safra, SOS Agro RS reúne multidão em Cachoeira do Sul. Foto: Divulgação 
Com críticas ao Plano Safra, SOS Agro RS reúne multidão em Cachoeira do Sul. Foto: Divulgação

Produtores rurais e lideranças do agronegócio gaúcho lotaram, nesta quinta-feira (4), o ginásio da Fenarroz, em Cahoeira do Sul, na Região Central do Rio Grande do Sul para protestar contra a demora do governo federal em anunciar medidas de socorro ao setor.

A mobilização fez parte do movimento SOS AGRO RS, organizado por diversas entidades representativas do setor produtivo.

Mais de dois meses já se passaram desde a catástrofe climática que atingiu cerca de 470 municípios gaúchos. Segundo dados da CNM, os prejuízos financeiros para o agronegócio gaúcho somam aproximadamente R$ 4,5 bilhões. Mais de 200 mil propriedades rurais no Rio Grande do Sul foram afetadas, ou seja, um terço de todas as 600 mil propriedades registradas no último censo agropecuário.

Autor do Projeto de Lei 1536/2024, que concede perdão e adia o pagamento das dívidas agropecuárias, o deputado Luciano Zucco (PL-RS) participou do encontro e ressaltou a atual situação das propriedades.

“A força das águas arrancou os solos, deixando à mostra uma terra dura e pedregosa. Muitas lavouras foram cobertas com lama e areia que ficava no fundo dos rios. Rebanhos inteiros morreram afogados, galpões, maquinários e ferramentas foram totalmente destruídos. Precisamos de um plano estratégico para reerguer nosso agronegócio, mas até agora o que temos é muita promessa não cumprida”, criticou.

Financiamentos

Aprovado por unanimidade na Câmara, o PL 1536 contempla financiamentos de custeio agropecuário, de comercialização e de investimento rural, contratados por produtores municípios gaúchos em estado de calamidade pública ou situação de emergência reconhecidos pelo governo federal.

O texto ainda depende da análise dos senadores para ser encaminhado à sanção presidencial.

“O que causa revolta é essa demora em aprovar medidas que já deveriam estar em vigor. Se o Palácio do Planto quisesse mesmo socorrer os produtores já tinha editado uma Medida Provisória”, destacou Zucco, lembrando que uma MP tem efeito legislativo imediato.

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