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Princípio da moralidade política

Aristóteles ensinava: “Formar bons cidadãos pelo exemplo dos homens públicos”. O político deve conduzir-se pela ética da verticalidade, por ilibada conduta, exação do dever, repulsa a velhacaria, ser virtuoso, honrado, agir com decoro, enfim, ser um exemplo de conduta – parecer e ser honesto. Ah, se fosse verdade! Mas é utopia, lamentavelmente, pois sabemos todos que não é assim. Os fatos demonstram. Aí cabe o que sentenciou o Frei Betto, em “Assim é a Política”: “Na política se ingressa sem prova de competência nem de integridade moral, misturam-se honestos e safados, probos e corruptos.

Ocorre que os partidos políticos, dirigidos por pequenos grupos intitulados lideranças, são os elementos que estruturam a competição política no momento de providenciar a apresentação de candidaturas em eleições. As legendas acabam por representar “uma tentativa de regular a luta eleitoral”, cabendo ao eleitor escolher alternativas previamente estabelecidas pelas elites partidárias. Os eleitores se limitam a aceitar essa candidatura ou a recusar-se a sufragá-la. Assim, são os partidos políticos que em “democracias” cumprem a função de limitar as escolhas do eleitorado.

A lição, portanto, é a de que o método democrático seleciona não entre a população, mas entre os elementos da população que estejam dispostos a seguir uma carreira política, e se candidatar.

É evidente que não se pode generalizar, existem bons e bem-intencionados candidatos, entre os quais muitos são eleitos. Ocorre que no exercício do mandato eles passam a ser pressionados e forçados a pensar e agir de acordo com o sistema, sob pena de perseguições políticas, inclusive, de seu próprio partido.

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