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Presidente da CNA: ‘Não há espaço para retorno de um candidato que foi preso’

Evento de entidade relevante do agronegócio tem crítica a Lula e declarações a favor de continuidade do atual governo

O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, afirmou na quarta-feira 10 que não há mais espaço no Brasil para o retorno ao poder de um candidato à Presidência que já foi preso e processado, em referência a Lula (PT).

A declaração aconteceu durante o Encontro Nacional do Agro, em Brasília, evento que reuniu o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, além de outros políticos, como a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina.

Na abertura de evento da CNA, ao lado de Bolsonaro no palco, João Martins citou “a disposição do agro de lutar por um Brasil melhor”. Em seguida, sem mencionar o nome de Lula, Martins falou sobre a realidade política e deixou evidente que se referia à possibilidade de retorno do candidato do PT ao Palácio do Planalto.

“Os senhores sinalizaram bem claro que não há mais espaço neste país para uma equipe corrupta e incompetente. E muito menos o retorno de candidato que foi processado e preso como ladrão”, afirmou João Martins, em declaração que motivou aplausos do público.

Em seu discurso, o presidente da CNA disse também que o Brasil precisa que o Congresso Nacional eleito tenha coragem de votar as reformas relevantes para o setor. Entre os projetos prioritários no entendimento da entidade está a lei dos defensivos.

“A gente quer deixar um Brasil que nossos filhos e netos tenham orgulho. Mas isso só será possível se a gente escolher na próxima eleição um Congresso comprometido com as reformas e um presidente que dê continuidade ao que a gente vê hoje”, declarou.

Sobre as condenações de Lula

Entre 2017 e 2019, Lula foi condenado por lavagem de dinheiro e corrupção passiva em três instâncias, julgado por nove juízes, mas em 2021 teve as sentenças anuladas por Edson Fachin, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), em razão de entendimento de erro processual por incompetência de foro.

No entanto, o petista não foi absolvido pela Justiça brasileira. Em janeiro deste ano, a 12ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal arquivou ação contra o ex-presidente, em razão da extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva estatal.

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