Um soldado da Brigada Militar foi morto, na madrugada desta quinta-feira (25), durante confronto com a quadrilha que atacou uma agência do Banco do Brasil em Porto Xavier, no noroeste do Estado, na tarde de quarta-feira (24). Fabiano Heck Lunkes, 34 anos, foi atingido por um disparo de fuzil enquanto participava do cerco a um matagal no interior de Campina das Missões, município vizinho.
Segundo o 4º Batalhão de Polícia de Área de Fronteira (BPAF) da BM, localizado em Santa Rosa, policiais de várias guarnições da região haviam sido mobilizados para fazer buscas aos criminosos. Em Campina das Missões, os PMs interceptaram o veículo em que estavam os bandidos, um Renault Sandero.
Os assaltantes conseguiram fugir para um matagal, onde permaneceram durante toda a noite e parte da madrugada. Por volta de 3h30min, o grupo teria tentado sair da mata e encontrou o cerco policial.
Os bandidos portavam fuzis e atiraram contra os PMs. Um dos tiros perfurou o colete de Lunkes, atingindo o soldado na região do tórax. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu durante atendimento médico.
— Acreditamos que eles tenham se assustado ao encontrar a guarnição e atiraram. Policiais vieram de várias cidades vizinhas para fazer as buscas, então monitoramos todas as possíveis rotas de fuga e encontramos os bandidos — disse a subcomandante do 4º BPAF, major Vanessa Peripolli.
Dentro do Renault Sandero, a Brigada encontrou grande quantidade de dinheiro e munição calibre 556. Também havia sangue no veículo, o que leva os policiais a acreditarem que um dos membros do grupo ficou ferido.
Nesta manhã, policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), de Porto Alegre, que são especializados em confrontos de alto risco, entraram na mata em busca da quadrilha.
O soldado Lunkes tinha saído de Cerro Largo para ajudar nas buscas aos criminosos. Em 2019, ele completaria 10 anos na Brigada Militar.
O assalto à agência do Banco do Brasil em Porto Xavier ocorreu no começo da tarde de quarta-feira. Os criminosos agiram na modalidade conhecida como novo cangaço, quando pessoas são feitas reféns e a cidade é sitiada pela quadrilha.
Os ladrões chegaram ao município – de pouco mais de 10 mil – em dois carros e em uma van com placas da Argentina, que foi abandonada em frente ao local do assalto. Eram cerca de 10 assaltantes e todos estavam encapuzados.
De acordo com a Polícia Civil, os criminosos chegaram atirando contra os vidros da agência bancária. Em seguida, alguns deles obrigaram moradores a formar um cordão humano, enquanto outros seguiam em direção ao cofre e aos caixas do banco – não há informações ainda sobre a quantia levada.
O grupo fugiu e, em seguida, os reféns foram liberados na saída da cidade. Um Palio também foi abandonado.
Equipes da Polícia Civil e da Brigada Militar da região seguem realizando buscas aos assaltantes. Até o momento, ninguém foi preso.
Gaúchazh