Conforme a Polícia Civil, Rodrigo Wilsen da Silveira, escrivão e chefe de investigação da 2ª Delegacia de Polícia do município, tentava cumprir um mandado em um condomínio de apartamentos na Travessa Herbert, na região central, quando um dos cinco criminosos que estavam no local atirou.
O policial levou um tiro na cabeça e foi levado por colegas para o Hospital Dom João Becker, de Gravataí, mas não resistiu. A mulher dele, Raquel Biscaglia, também agente da polícia (na foto acima), estava na mesma operação e presenciou a morte do marido.
A operação tinha como objetivo desarticular uma quadrilha especializada em tráfico de drogas. De acordo com o diretor do Departamento de Polícia Metropolitano, delegado Fábio Mota Lopes, os investigadores sabiam que os alvos poderiam ter drogas e armas, mas foram surpreendidos pelo ataque.
— A gente sempre vai preparado, mas aconteceu essa fatalidade — lamentou Lopes.
Ainda conforme o diretor do DPM, Silveira estava à frente de uma equipe de seis agentes, entre eles a sua mulher, que foi executar os mandados em um dos apartamentos do condomínio. Quando eles ingressavam pela porta principal, o disparo veio de dentro, atingindo o policial.
Após o ataque, os cinco suspeitos que estavam no local — uma mulher e quatro homens — foram presos em flagrante. Armas, munição, drogas e dois veículos — um deles roubado — foram apreendidos ao final da operação.
O suposto autor do homicídio, após ser preso, foi identificado e tem antescentes criminais — o nome dele ainda não foi divulgado. Segundo o delegado Lopes, a polícia havia pedido um mandado de prisão preventiva contra ele, mas a Justiça ainda não havia concedido retorno.
Luto na polícia
O caso ocorreu no Condominio Paseo Centralle, que está isolado, apenas moradores podem entrar e sair. No local, diversos policiais estão mobilizados. Muito abalados pela situação, eles ajudam a consolar a mulher da vítima. Um psicólogo da corporação foi de helicóptero até o condomínio para prestar ajuda.
Diretor da vítima em Gravataí, o delegado Volnei Fagundes descreve o colega como "jovem, cheio de garra e determinação".
Já o chefe da Polícia Civil no Estado, Emerson Wendt, atualizou seu perfil para uma imagem do escudo da corporação com o símbolo de luto e enviou uma nota: "Ele deixa como legado sua bela trajetória marcada pelo profissionalismo e dedicação incondicionais. Diante desta perda irreparável, a Polícia Civil se solidariza com a dor dos familiares e amigos do Escrivão Rodrigo", afirmou Wendt.
Rodrigo Wilsen da Silveira tinha 39 anos e trabalhava há cinco na Polícia Civil. Além da mulher, a policial Raquel Biscaglia, ele deixa um casal filhos, uma menina de sete anos e um menino de 10 anos.
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