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Polícia Civil gaúcha perde um grande ícone

– Morreu o delegado Mário Wagner –

Na noite passada, terça-feira (11/12), na cidade de Porto Alegre, onde residia, morreu o delegado de polícia Mário Wagner, aos 69 anos de idade. Mário deixa a esposa Zenilda, os filhos Mário Francisco, Michael Fabiano e Vanessa.

O delegado Mário Wagner era natural de Santo Cristo, nascido no dia 03 de março de 1948, graduado em direito pela Universidade de Cruz Alta, uma vez aprovado em concurso público, em 1982 foi nomeado Delegado de Polícia, passando a exercer a titularidade da Delegacia de Polícia de Crissiumal até o ano de 1993, quando ascendeu ao posto de Delegado Regional de Polícia, da 22ª RP, com sede na cidade de Três Passos. Em 1996, foi chamado a assumir como Corregedor-Geral da Polícia Civil, em cujo cargo permaneceu até 1999; em 1999 assumiu a Direção-Geral da Academia de Polícia Civil. No ano de 2000, assumiu como diretor do Departamento de Informática Policial; em 2006, assumiu como diretor da Divisão de Assessoramento Especial da Academia de Polícia; em 2007, voltou a assumir como diretor da Academia de Polícia, permanecendo até 2010; em 2010, assumiu a direção de Assessoramento Jurídico da Chefia de Polícia; em 2011, assumiu como Diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI), onde permaneceu até 2015, quando se aposentou.

O delegado Mário também teve outras atuações dentro da instituição, como Conselheiro no Conselho Superior de Polícia, professor em cursos de formação ministrados pela Acadepol, integrante de comissões de concurso da instituição (inclusive como presidente) e de comissões de discussão de normatização interna da Polícia Civil. Além disso, ele foi professor estadual em 1978 e 1982.

O delegado Mário era dono de grande saber jurídico, estudioso, e com uma capacidade de liderança extraordinária, um dedicado profissional, sempre preocupado com a qualificação e eficiência do serviço policial. Entre os inúmeros ensinamentos e modo de ver o trabalho policial, lembremos alguns:

Para ele, apesar do acréscimo de novas tecnologias existentes, a investigação policial continua sempre centrada na capacidade do ser humano de formular hipóteses e de buscar a sua confirmação ou não. Ele costumava mencionar o ditado antigo, de que “o local de crime é um livro, basta saber lê-lo”, cabendo ao investigador saber ler o livro e interpretá-lo, o que já exige um preparo profissional muito acurado. E enfatizava: “O local do crime nos dá os vestígios do delito, ao investigador cabe estabelecer a materialidade delitiva, a autoria e as circunstâncias, um conjunto de atividades complexas, envolvendo conhecimentos de áreas tão diversas como Direito, Criminalística, Sociologia, Contabilidade ou Biologia, conforme o tipo específico de crime”.

A polícia civil da Região Celeiro, externa profundos sentimentos pela irreparável perda, restando lembrar com saudades a grande figura, grande pessoa, grande profissional e líder, delegado Mário e, seguir a vida, espelhados nos seus exemplos.

 

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