As contas do governo do Estado foram desbloqueadas pela União na quinta-feira, após quitação da parcela mensal da dívida, que é de aproximadamente R$ 265 milhões por mês. Com o cofre zerado, o Piratini terá apenas a arrecadação dos próximos 10 dias disponível.
Antes dos salários, é necessário pagar R$ 290 milhões do duodécimo dos demais poderes (Legislativo e Judiciário), R$ 123 milhões de empréstimos consignados contraídos pelos servidores, R$ 60 milhões de despesas consideradas emergenciais que já estão atrasadas, além de R$ 57 milhões para autarquias e fundações.
A decisão do governo é protelar os repasses para a área da saúde, que somam aproximadamente R$ 133 milhões (hospitais e municípios), o valor destinado ao transporte escolar, de R$ 10 milhões, além de recursos para fornecedores, entre outros. Mesmo assim, a projeção até agora é de que os recursos não sejam suficientes para pagar mais de R$ 500 por matrícula.
A única saída para injetar recursos de forma imediata nos cofres do Executivo gaúcho seria a aprovação do aumento do limite do saque de depósitos judiciais, dos atuais 85% para 95%. A medida injetaria R$ 1 bilhão. Nos bastidores, o Piratini avalia que o projeto não deve ser enviado agora para pressionar os deputados a aprovarem o aumento de impostos que foi protocolado na quinta-feira.
*Rádio Gaúcha