Cidades da Região Noroeste do estado fizeram protesto nesta quinta (5).
Mobilização contra atrasos no repasse de verbas paralisou serviços.
Do G1 RS
Servidores municipais, prefeitos e a comunidade da Região Noroeste do Rio Grande do Sulparalisaram suas atividades nesta quinta-feira (5) para protestar contra a crise financeira dos municípios e os atrasos nos repasses de verbas para programas de saúde e transporte escolar. Vinte e uma prefeituras aderiram à paralisação e cerca de 140 mil pessoas ficaram sem serviços básicos, segundo a associação que organizou a manifestação, como mostra a reportagem do Jornal do Almoço, da RBS TV (veja o vídeo).
"É uma paralisação de alerta pela crise financeira que os municípios estão enfrentando, principalmente na questão do atraso nos repasses para os programas", explica Araci Irber, vice-presidente da Associação dos Municípios da Região Celeiro.
Em Três Passos, a dívida total do governo do estado chega a R$ 500 mil, segundo a entidade. O programa Primeira Infância Melhor, que atende gestantes e crianças de até cinco anos em situação de risco, foi encerrado esta semana por falta de recursos, e a prefeitura adotou outras medidas para reduzir despesas.
"Reduzir consultas e exames especializados para manter o operacional básico, poder garantir o atendimento básico para a população", diz o prefeito de Três Passos, José Carlos Amaral.
Em todos os municípios, as prefeituras tiveram apenas expediente interno. O serviço mais afetado pela paralisação foi a educação. A entidade estima que 12 mil alunos ficaram sem aulas em escolas municipais ou estaduais. Nas secretarias de obras, as máquinas nem saíram dos galpões, e os postos de saúde atenderam somente casos de urgência e emergência. Nesta sexta-feira (6), após a paralisação, todos os serviços serão retomados normalmente.