Na data de hoje (14/04/2021) a POLÍCIA CIVIL, com apoio da SUSEPE e da Brigada Militar, deflagra a IX Fase da OPERAÇÃO ANDRÓID. Estão em cumprimento vinte e cinco (25) Mandados de Prisão Preventiva decretados pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul,; as ordens estão em execução na Cadeia Pública de Porto Alegre, nas Penitenciárias Estadual Jair Fiorin, de Montenegro, e Modulada de Ijuí, e nos Presídios Estaduais de Carazinho, Cruz Alta, São Borja, São Luiz Gonzaga e Três Passos. Dois dos Mandados já foram cumpridos pela BRIGADA MILITAR.
Segundo o Delegado de Polícia Vilmar Alaídes Schaefer, coordenador das investigações, é o fechamento de uma longa e ampla investigação que se iniciou em meados de 2017 a partir da Delegacia de Polícia Regional de Três Passos (RS), e que foi concebida para, em toda Região Celeiro, desmantelar complexas e capilarizadas ações de narcotraficância de drogas (e crimes conexos) praticadas por indivíduos integrantes de organização criminosa comandada do interior de Casas Prisionais, onde se encontram recolhidos seus principais líderes.
Ao longo das investigações globais, que teve a participação e apoio da Brigada Militar, e da Polícia Rodoviária Federal, foram efetuadas mais de duzentas prisões, dentre outros, foram apreendidos mais de duzentos quilos de drogas ilícitas, veículos, armas de fogo, munições e farto material para a traficância de drogas, em constrições pessoais/ações identificadas e capilarizadas nas Cidades gaúchas de Santo Augusto, Coronel Bicaco, Redentora, Campo Novo, Tenente Portela, Três Passos, Crissiumal, Independência, São José do Inhacorá, Três de Maio, Ijuí, Palmeira das Missões, Passo Fundo, Carazinho, Lagoa Vermelha, Lajeado, Dois Irmãos, Campo Bom, Montenegro, Novo Hamburgo, Charqueadas e Santiago.
Durante as investigações restou evidenciado que lideranças, do interior de estabelecimentos prisionais, de forma estruturada e hierarquizada, comandaram toda a cadeia de distribuição de drogas ilícitas desde o transporte, separação e fracionamento, até alcançar, metodicamente, lideranças regionais e locais responsáveis pela venda a usuários. As lideranças regionais eram responsáveis por recepcionar e distribuir as drogas, oriundas do Vale dos Sinos, a traficantes locais de Cidades da Região Celeiro, controlados de forma rígida de dentro de Presídios, fizendo funcionar as chamadas “bocas de fumo”, abastecidas, também, por aparato bélico. O fenômeno, então novo na Região, foi marcado por intensa disputa de territórios de tráfico e “ajustes de contas” entre traficantes, em que a violência e intimidação empregada acabou culminando em homicídios tentados e consumados entre traficantes. No período inicial também se verificou acentuado recrudescimento de crimes contra o patrimônio, mormente furtos de motos e roubos ocorridos na Região por integrantes da organização criminosa.
Dezenas de inquéritos policiais foram instaurados na Delegacia de Polícia Regional e Delegacias da região, e concluídos – todos já distribuídos ao Poder Judiciário em diversas Comarcas da Região Celeiro e noutras do Estado, em que foram apuradas condutas que alcançaram crimes de homicídios, roubos, tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas, e agora, por fim, infrações penais tipificadas na Lei de Organização Criminosa – Lei Federal nº 12.850/2013.
A presente fase engloba somente a execução de Mandados de Prisão Preventiva.
Com a supervisão geral da Delegada de Polícia Regional, Dra. Cristiane de Moura e Silva Braucks, as investigações, que tiveram a chancela e o apoio do Poder Judiciário e do Ministério Público, foram globalmente coordenadas pelo Delegado de Polícia Vilmar Alaídes Schaefer, e sua Equipe, se incluindo ações conjuntas e integradas que também se desenvolveram em Delegacias de Polícia da 22ª Região Policial de Três Passos (RS) – coordenadas pelos Delegados de Polícia William Garcez, Gustavo Fleury da Silva, Marion Volino, Roberto Audino, e suas Equipes, e pela DP/Montenegro (RS), coordenada pelo Delegado de Polícia Paulo Ricardo Costa, e sua Equipe.