Segundo a polícia, interceptações indicaram um acordo entre os advogados dos indiciados para que o pai do menino fosse livrado do crime
14/05/2014 | 19h29
Depois que a Polícia Civil divulgou a existência de gravações telefônicas que indicariam um acordo entre os advogados dos três suspeitos de matar o menino Bernardo Uglione Boldrini, para que o pai do menino fosse livrado do envolvimento no crime, a Ordem dos Advogados do Brasil do Estado (OAB-RS) solicitou o conteúdo das interceptações telefônicas.
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Conforme o presidente da OAB-RS, Marcelo Machado Bertoluci, o pedido foi feito em caráter de urgência à chefia da Polícia Civil do Estado, na manhã desta quarta-feira, por meio de um ofício. O objetivo é estudar todas as gravações que possam estar relacionadas aos advogados dos suspeitos.
— O objetivo da OAB é zelar pelo exercício profissional da advocacia e pela ampla defesa. A advocacia deve ser preservada com ética — relata Bertoluci.
O pai do menino, Leandro Boldrini, a madrasta dele, Graciele Ugulini, e a assistente social Edelvânia Wirganovicz foram indiciados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, e tiveram a prisão preventiva decretada na terça-feira.