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O pesadelo do mau político

Inevitável relembrar uma das frases mais marcantes do sempre atual Rui Barbosa, para quem “a imprensa é a vista da Nação”, isso porque a informação e a opinião jornalística levam (ou levariam) a sociedade a refletir e a acompanhar o desnudamento de tramas inescrupulosas e nódoas diversas.

E o pensamento remete a outra citação histórica, de Bertolt Brecht, que brilhantemente fez a descrição definitiva do ‘mau político’: “É o pior de todos os bandidos”, definido por ele como “vigarista, pilantra e lacaio”. Obviamente, uma imprensa saudável e sólida não se faz à custa do patrocínio de vigaristas, muito menos daqueles que se comportam como coronéis e se acham donos da verdade e da razão. Para ser a “vista da Nação”, como disse Rui Barbosa, a mídia precisa ser independente e apartidária, e ter o interesse público como sua prioridade máxima, mesmo que cause “pesadelo ao mau político”.

Mas vale ressalvar que o que se vê, hoje, é uma imprensa que apresenta apenas a versão que lhe interessa e favorece. Uma imprensa que escolhe ângulo e contexto. Uma imprensa que rotula os eventos com o seu crivo pessoal, taxando-os de verdades ou mentiras, ao seu bel prazer. Apesar disso, ainda temos alguns segmentos da imprensa com profissionais autênticos, que metem medo e causam pesadelos ao mau político.

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