Carta Aberta à Sociedade Gaúcha
Estamos vivendo um momento muito grave. O atual governo está enviando hoje à Assembleia Legislativa um pacote de dez Projetos de Lei, em regime de urgência. O regime de urgência obriga a votar em, no máximo, 30 dias, sem tempo para discutir com a sociedade.
Semana passada procuramos o governo ofertando propostas e saídas para a crise. Esta crise não fomos nós que criamos, mesmo assim apresentamos soluções. O governo poderia renegociar a dívida com a União, enfrentar a sonegação fiscal, rever isenções e buscar novos recursos, entre eles os royalties do petróleo. No curto prazo, o governo poderia ter aprovado a elevação dos saques dos depósitos judiciais de 85 para 95%, garantindo no mínimo três meses de salários em dia.
Apostando no “quanto pior melhor” e ignorando nossa disposição ao diálogo, ontem o governador Sartori veio à público anunciar um pacote de medidas totalmente contrário às expectativas da população e que trarão consequências graves para os serviços públicos.
Este governo demonstrou que não quer o diálogo. Pretende, de fato, produzir um desmonte do Estado, não pagando salários, extinguindo autarquias e fundações, demitindo servidores (ao mesmo tempo que nomeia CCs e mais FGs), atacando a aposentadoria de brigadianos e de todos os funcionários. Saúde, segurança e educação, com as medidas do atual governo vão ficar ainda piores.
A hora é grave. No próximo dia 18 faremos uma ASSEMBLEIA UNIFICADA DOS SERVIDORES, no Largo Glênio Peres, em Porto Alegre. Conclamamos todos os colegas a participar e construir a nossa GREVE UNIFICADA.
Dia 18 fortaleceremos o processo de resistência aos ataques do governo e de diálogo com toda a população gaúcha.
Unificados somos fortes! Contamos com o apoio da sociedade gaúcha. Unificados vamos resistir e avançar!
Porto Alegre, 07 de agosto de 2015.
COORDENAÇÃO DO MOVIMENTO UNIFICADO DOS SERVIDORES PÚBLICOS ESTADUAIS