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Minhas premonições sobre as eleições 2024, em Santo Augusto

Há mais de duas décadas, no início de ano de eleições municipais, exponho aqui na coluna minhas premonições, dando meus palpites sobre possíveis coligações, arranjos e desarranjos políticos eleitorais, possíveis candidatos, enfim, pertinentes a Santo Augusto. Quase sempre se confirmaram. Para as eleições deste ano, as pedras no tabuleiro eleitoral estão se movendo; as articulações estão acontecendo, mesmo que timidamente. Mas já se pode antever algumas tendências ou rumos que serão seguidos.

Vejo que a manutenção da coligação DEM (União Brasil) com o PDT, dificilmente será mantida. A decisão final vai ser das convenções, 20 de julho a 5 de agosto. União Brasil PL, PSDB, estrategicamente, continuarão dizendo que vão cumprir o acordo selado em 2020, só que a aceitação do nome apresentado pelo PDT será rigorosamente seletiva, o que poderá desagradar e dispersar os pedetistas. Há um nome no PDT que presumo ser da simpatia do conjunto União Brasil, PL, PSDB, mas dificilmente ele aceitará concorrer, e por outro lado, creio que esse nome não esteja nos planos do PDT para esta eleição. Assim, o PDT poderá buscar outros rumos, com novidade para a cabeça de chapa.

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PL, União Brasil e PSDB lançarão a prefeita Lilian (PL) à reeleição. Sendo assim, em contraponto, o PDT lançará candidato a prefeito e poderá formar coligação com o MDB, PT e, naturalmente, terá o apoio do PP, mesmo que parcialmente, construindo assim, uma grande frente para concorrer de igual pra igual com Lilian. Nesse caso, o candidato a prefeito, a meu juízo, será o vereador Max (Maxiliano) Bahry (PDT), tendo o MDB como vice, cujo nome poderá recair em outro vereador, ou Omar Santi ou Glades Bertollo. A se confirmar essa possibilidade, será uma das eleições mais competidas em Santo Augusto. Já se o PDT permanecer na coligação atual, a oposição terá sérias dificuldades na disputa eleitoral, salvo se o ex-prefeito Naldo voltar a concorrer. Aliás, já palpitei, em algum momento, que a manter-se a atual coligação, que hoje governa o município, é possível até que os partidos de oposição decidam apoiá-la em vez de lançar candidato, e assim termos uma única candidatura. É uma possibilidade, bastante remota, diga-se.

Falando nisso…

Falando em candidatura única ou de consenso, é preciso analisar seus prós e contras. Os prós é que diminui em cerca de 90% os gastos de campanha, e evita o acirramento, os conflitos interpessoais corriqueiros durante a campanha nos pequenos municípios; em tese, todos vão pensar juntos, o que é importante, desde que seja para o progresso do município, bem-estar da população e controle dos gastos públicos. Essas são as vantagens, mas, as desvantagens, os contras, são desanimadores. Começa que o consenso é um acordo feito entre um grupo de dirigentes partidários, à revelia do eleitorado. Esse mesmo grupo é que vai, consensualmente, certo ou errado, fazer a gestão do município, com olhos, e alguns com intensa gana, no cofre grande da prefeitura, sem oposição fiscalizadora. E governo sem oposição cria vícios, facilita o jeitinho, a acomodação, a cooptação política. Sem um contraponto, imagina o perigo!

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