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Medidas Protetivas não evitaram que Bruna fosse esfaqueada e morta

Na Região Celeiro, segundo o Observatório Estadual da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, durante o ano de 2018, três municípios (Crissiumal, Três Passos e Santo Augusto) foram palcos de crimes de “feminicídio” (assassinato de uma mulher pela condição de ser mulher).

Em Santo Augusto…

 

 

Em Santo Augusto, conforme divulgado por este semanário, na madrugada de 25 de junho do ano passado, Bruna Daniele Pereira, 29 anos, retornava de um baile quando foi atacada pelo ex-marido Adair Santos da Silva, 37 anos, e no meio da rua foi brutalmente assassinada com golpes de faca que lhe atingiram o peito e pescoço.

Ouvindo gritos de socorro, moradores das imediações telefonaram para a Brigada Militar que, sem demora, compareceu ao local e encontrou Bruna agonizando. Ela morreu ao dar entrada no hospital.

O casal, segundo relato de familiares na época, conviveu junto por mais de cinco anos e tiveram um filho, que na data do fato tinha um ano. Adair sempre tratou Bruna com violência, agredindo-a com frequência fisicamente, disseram. No mês de fevereiro daquele ano Bruna decidiu separar do companheiro, e registrou ocorrência policial com pedido de Medidas Protetivas. Mesmo ciente das medidas impostas pela justiça, nos termos da Lei Maria da Penha, Adair nunca as cumpriu e ameaçava Bruna caso o denunciasse, além do que rondava a casa onde ela passou a morar, junto com a mãe.

A autoridade policial representou pela Prisão Preventiva e Adair foi preso. Ao ser interrogado pela polícia, ele confessou o crime e, dissimuladamente, disse que discutiu com a ex-companheira e teria se defendido das agressões. A família da vítima, obviamente, discorda dessa versão.

O réu foi denunciado pelo Ministério Público, e o caso tramita em segredo de Justiça.

 

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