Os acontecimentos registrados durante o governo Yeda Crusius no Rio Grande do Sul, todos sob o comando do então ministro da Justiça, o peremptório "grilo falante" Tarso Genro, são típicos de um Estado Policial, no qual a Polícia Federal operou como um aparato do tipo Tcheca ou Stasi, a detestável polícia política dos comunistas da Alemanha Oriental. Tudo isto é confirmado agora pelo ex-secretário nacional de Justiça do governo Lula, o delegado Tuma Júnior, no capítulo 5 do livro “Assassinato de Reputação”. Tuma Júnior trabalhou três anos sob as ordens do "grilo falante" Tarso Genro. Ele conta na página 71: "É totalmente inaceitável chamar de polícia republicana uma instituição de repressão estatal que procede a suas investigações na contramão técnica elementar da ciência investigativa, qual seja, a que parte de um crime para chegar ao criminoso. Até as crianças sabem que o gato corre atrás do rato. Polícia que nomina, posiciona e escolhe 'lvos' é instrumento de governo. Foi o que fizeram as Operações Rodin, Mercari, Solidária e todas as outras que o delegado Ildo Gasparetto moveu sob ordem de Tarso Genro durante o governo Yeda Crusius". O que narra Tuma Júnior não se baseia em deduções ou percepções. Eis o que ele explica: "Eu sou protagonista desta história. Eu vi. Não me contaram. Eu participei". Onde é que Lula aprendeu a usar a Polícia Política de modo tão acintoso e eficiente? Lula foi alcaguete da ditadura, "ganso" do pai de Tuminha, o temido delegado Geral do Dops em São Paulo, Romeu Tuma. É o que conta o autor do livro: "Lula aprendeu com meu pai, Romeu Tuma, o que era o poder de informação, o de polícia, e o do policial. E, por tabela, conheceu os mecanismos de controle desses poderes. A Polícia Federal não é uma polícia de Estado, mas um instrumento pessoal de pressão e intimidação, uma polícia de partido, uma versão tupiniquim da Stasi alemã ou da Tcheca". As operações da Polícia Federal aumentaram 15 vezes durante o governo Lula. O número de funcionários da Polícia Federal saltou de 9.2131 para 14.575. Foram 48 operações realizadas durante o governo Fernando Henrique Cardoso, mas 1.244 durante o governo Lula, sendo que 80% delas nasceram de grampos. Conclui Tuminha: "Lula aprendeu tudo isso com meu pai, e viveu (ele, Lula) infiltrado nos aparelhos policiais e de repressão e nos movimentos sindicais como um agente duplo, um dos melhores informantes do Dops. Ele aplicou tal aprendizado, depois, na Polícia Federal".