FOTO ILUSTRAÇÃO Comunicação Social ASSTBM O descontentamento com a proposta de reposição salarial apresentada pelo governador Eduardo Leite vai das mais baixas patentes ao alto escalão da Brigada Militar. O índice de 12,49%, pago em três parcelas até outubro de 2026, é considerado insuficiente em praticamente toda a corporação.
Para pressionar o governo a oferecer uma proposta melhor, entidades que representam diferentes patentes incentivam uma espécie de “operação-padrão” nos próximos dias. A orientação, divulgada nesta terça-feira (23), é de:
- só assumir o serviço com viaturas e equipamentos em plenas condições
- evitar o uso de celular pessoal
- realizar abordagem somente em “supremacia de força”
O descontentamento encontra eco no comando da corporação. No final da semana passada, o conselho superior da BM registrou, em ofício, que o índice está “muito aquém da expectativa da categoria”.
Assinado pelo comandante-geral, Cláudio Feoli, e outros 21 coronéis, o documento enviado ao chefe da Casa Civil, Artur Lemos, também pede a extinção do terceiro nível da carreira de soldado. A intenção do oficialato foi demonstrar que está ao lado da tropa na pedida por uma reposição maior.
Além de reclamar do índice oferecido, os brigadianos apontam que boa parte da categoria não receberá qualquer acréscimo no contracheque. Isso ocorre porque o reajuste no subsídio será compensado com desconto na parcela de irredutibilidade, que reúne as vantagens pessoais que já foram extintas.
— O governo praticamente fechou a porta para negociações. Vamos fazer essas ações para ver se nos chama (para conversar) — diz Aparício Santellano, presidente da Associação dos Sargentos Subtenentes e Tenentes (Asstbm).
Além da entidade, subscrevem a nota com recomendações ao efetivo a Abamf (cabos e soldados), Aofergs (oficiais subalternos) e Aspra (praças).