Entrevista – DEM de Inhacorá – presidente Ataides Neves de Moura
– Quais as perspectivas do DEM de Inhacorá, com vista às eleições municipais deste ano?
– Nossa perspectiva, em princípio, seria de fazer um consenso. Estávamos trabalhando para isso, tentando. Até uma altura, estava tudo encaminhado, mas, depois, já deu uns desencontros. E, pelo que se está vendo, o consenso vai ser difícil. Então, estamos trabalhando na busca de parceiros, de coligações, partidos que quiserem coligar conosco. Na eleição passada formamos coligação com o PTB e o PMDB, e o apoio de parte do PDT, a qual deverá ser mantida na eleição deste ano, e inclusive trabalhamos na busca de mais aliados. A ideia, em princípio, seria unir todos os partidos com um só objetivo, o bem da comunidade, mas, infelizmente, nem todos pensam da mesma maneira, fato que deve ser respeitado. Então, por ora a questão do consenso está recuada, mas a decisão dos partidos ainda não está consolidada, aguarda-se o que cada um vai decidir. Novas conversações haverão de existir, e novos entendimentos poderão ocorrer.
– A principal tendência do DEM seria pelo consenso?
– Seria. Pelo menos a minha ideia. Tem pessoas do DEM que não querem, porque sempre ficam aqueles resquícios, aquelas mágoas. E eu sou aquela pessoa que nunca guardei mágoa, nunca guardei rancor. Fui político durante vinte anos, concorri e, graças a Deus, sempre me elegi, e a gente sempre teve apoio, inclusive de outros partidos. Mas, tem pessoas que, infelizmente, ficam magoadas e daí tem os porquês deles que acham que não seria o ideal um consenso.
– O Partido Democratas de Inhacorá vai lançar candidatos a prefeito?
– Olha, em princípio, tem ideia de lançar. Eu sei que o meu nome figura, hoje, entre os principais nomes do nosso partido, mas, também, não vou dizer que seja 100% ainda que a gente esteja a frente, seja o nome do candidato.
– Seu nome é o mais cotado para concorrer a prefeito pelo DEM?
– O meu nome figura entre os principais nomes do partido para concorrer a prefeito, mas é assunto que ainda está em discussão e avaliação.
– E no caso de vir compor uma coligação, o DEM abriria mão da cabeça de chapa?
– É possível, desde que a comunidade ache que seja o melhor, aí o DEM abre mão. Se tiver outro candidato com capacidade maior, certamente abriremos mão da cabeça de chapa, porque o bem maior é a comunidade.
– Por que o DEM almeja o poder em Inhacorá?
– Porque todo o partido tem esse objetivo, ou seja, todo o partido quer chegar ao poder e fazer alguma coisa em benefício da comunidade. Nós sabemos que muita coisa já foi feita e sabemos também que muita coisa tem para se fazer. Inhacorá, como se vê, principalmente a cidade, está bastante atrasada em embelezamento, tem muita coisa a ser feita. E é um sonho trabalhar em todos os sentidos, mas, principalmente, a nossa cidade, ver ela mais bonita, embelezar melhor, os nossos passeios, o calçamento, as ruas, a iluminação pública. Cada partido que tem as suas lideranças, e todos almejam um dia estar no poder e deixar a sua marca.
– E no caso de consenso que estava sendo articulado, já havia tendência de nome para ser o candidato?
– É, dentro do consenso, o meu nome seria o único nome do nosso partido e dos demais partidos da nossa coligação a ser indicado. Até quero agradecer a prefeita e a todos os outros partidos que são aliados a ela pela confiança que depositaram na indicação do meu nome.
– As notícias de escândalos envolvendo a política nacional podem trazer algum reflexo no resultado das eleições municipais?
– Eu acredito que podem. Mas, também tem outra maneira de ser pensada essa questão. Nos municípios, principalmente nos municípios pequenos, todo mundo conhece todo mundo. E as pessoas depositam confiança naquelas pessoas que elas têm certeza que vão trabalhar sério, que já trabalharam sério e que vão trabalhar sério pelo seu município. Mas esses escândalos de corrupção vão deixar marcas sim, principalmente na parte de recursos que podem deixar de vir para os municípios. Então, há que se ter coragem para colocar o nome à disposição para ser um candidato, pela maneira que está a nossa política, muito desacreditada.
– Considerações finais:
– A gente deixa o convite para os companheiros, para os aliados e demais partidos que quiserem se aliar, independente do nome que for o candidato a prefeito, convidar para que se aliem àqueles partidos que acharem que têm as melhores condições. Que haja união, independentemente de haver coligações maiores ou menores, de haver dois candidatos ou mais, que cada um trabalhe com honestidade, com sinceridade e que busquem a todo o custo o mesmo objetivo, que é o bem comum do nosso município. Que não haja conflito. O nosso município é pequeno, todo mundo se conhece.
Entrevista – PTB de Inhacorá – presidente Everaldo Bueno Rolim
– Quais as perspectivas do PTB de Inhacorá, com vista às eleições municipais deste ano?
– Na questão política, o PTB, hoje, defende a candidatura do grupo que foi na última eleição, entre o PTB, o Democratas (foi o meu vice o Democratas), e o PMDB. A perspectiva é que o grupo se mantenha unido dessa forma, os três partidos. Também estamos abertos a negociações com outros partidos para fazermos coligações. Mas, o objetivo principal é que os candidatos a prefeito e a vice saiam de dentro desses três partidos que correram juntos na eleição de 2012, e que esse grupo se mantenha unido.
– A tendência primeira do PTB é lançar candidato a prefeito na cabeça de chapa?
– Não exatamente. A questão é que nós estamos aí numa discussão com esses três partidos e, a partir daí, vão sair nossos candidatos a prefeito e vice. Não estamos determinados, estamos com o nome à disposição. Como eu já fui candidato no pleito anterior, estou com o nome à disposição, mas, não estou afirmando que seja eu, hoje, o candidato a prefeito. Eu seria um dos nomes citados por esse grupo para concorrer, tanto a prefeito, como a vice-prefeito, mas depende das negociações e repercussão perante a comunidade.
– A coligação, então, é um dos objetivos do PTB?
– O PTB defendeu e sempre vai defender essa coligação entre o DEM e o PMDB que juntos foram à luta na eleição de 2012. Então, nós estamos firmes nessa situação. Mas, o candidato vamos definir durante as convenções lá em agosto.
– O PTB abrir mão ou não de lançar candidato a prefeito, então, ainda depende de conversações entre os partidos coligados?
– Na verdade, não é questão de abrir mão. São nomes que hoje tem dentro desse grupo do PMDB, Democratas, nomes com força para concorrerem a prefeito ou a vice. Então, não é uma questão de abrir mão, mas de esperar para ver como vai se direcionar a posição política e daí sairão os candidatos.
– Por que o PTB do Inhacorá almeja o poder?
– Nós vemos desde 2004 esse partido, quando se criou no município do Inhacorá. Colocamos vereadores durante esse período, colocamos um vice-prefeito na eleição de 2008/2009 e o nome do candidato a prefeito na vez passada, que surgiu perante o grupo, foi decidido perante o grupo – Democratas, PTB e PMDB –. Então, o PTB veio crescendo nesse sentido, procurando mais espaço político no município de Inhacorá e, hoje, temos nomes. Como já citei, vereadores, já tivemos vice-prefeito, já tivemos candidato a prefeito numa eleição onde a diferença foi mínima e, naturalmente, o partido se credenciou de novo para concorrer nessa eleição de 2016. Quero deixar bem claro aqui na minha fala que nós temos um grupo. Eu sempre defendi esse grupo e tenho que agradecer, porque o grupo é que faz a diferença e não unicamente o nome do candidato. Então, hoje, temos nomes, tanto na ala do Democratas, onde temos nomes fortes para candidato, temos pessoas no PMDB também com possibilidade de serem candidatos a prefeito e vice. Hoje, estamos filiando cada vez mais pessoas para o PTB, então, vão surgindo nomes. Todo o político ou a pessoa, um ente político que tem um partido, ele tende que o partido dele cresça e tenha uma boa imagem perante a comunidade.
– Os escândalos políticos tão noticiados no País podem influenciar no resultado das eleições municipais deste ano?
– Eu acredito que alguma coisa possa influenciar. As pessoas tinham aquela concepção de que, tendo o prefeito, o governador e o presidente do mesmo lado, as possibilidades de conseguir recursos eram muito mais fáceis. Essa era uma concepção das pessoas. Então, naturalmente, isso também trazia uma influência para os municípios na questão, às vezes, de um peso de voto. E, hoje, também pode ocorrer o inverso, que é, por exemplo, como há bastante crítica, a mídia está aí divulgando os passos da situação do nosso País, então, eu acredito que também possa influenciar nas políticas municipais.
– Considerações finais:
– Eu agradeço o espaço cedido pelo jornal O Celeiro, que está sempre procurando trazer informações para as comunidades. A gente fica feliz de ser lembrado para poder dar uma opinião em relação à política, aos rumos políticos do município de Inhacorá. Então, a gente fica feliz de ter este espaço e, ao mesmo tempo, agradece a todas as pessoas e, principalmente, o nosso grupo do PMDB que esteve junto e provavelmente continuemos juntos, o Democratas, que já teve três vezes prefeito no município de Inhacorá na pessoa do seu Evoli Neves da Silva.