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Grupo criminoso do Interior gaúcho é alvo de operação após ameaça de morte a juiz e promotor em tribunal

Por Redação O Sul


Ofensiva foi deflagrada em Erechim e outras cinco cidades. (Foto: Divulgação/MP-RS)

Após um juiz e um promotor serem ameaçados de morte por um réu em sessão plenária na cidade de Erechim (Norte gaúcho), a organização criminosa da qual ele faz parte se tornou alvo de uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS). O incidente foi registrado durante a leitura de sentença condenatória.

Foram cumpridos, nos últimos dias, oito mandados de prisão preventiva e quase 30 ordens judiciais de busca e apreensão em Erechim e nas cidades de Passo Fundo (na mesma área do Estado), Caxias do Sul (Serra), Charqueadas (Região Carbonífera), Porto Alegre e Alvorada (Região Metropolitana da Capital).

Ao todo, 19 indivíduos estão na mira da investigação. Eles são vinculados a uma organização envolvida em homicídios, roubos, tráfico de drogas, extorsão e intimidação a indivíduos e autoridades, dentre outros crimes.

“Agimos sempre com firmeza diante de qualquer atentado ou tentativa de intimidação de agentes públicos, incluindo magistrados e promotores de Justiça, seja em audiências, julgamentos ou outra atividade”, adverte o promotor André Dal Molin, coordenador do Gaeco.

Ameças

Responsável pela investigação e coordenador do 7° Núcleo Regional do Gaeco (Região Planalto), o promotor Diego Pessi relata que a apuração decorrente das ameaças de morte feitas pelo criminoso ao juiz e ao promotor, diante de várias testemunhas, resultou na identificação de quatro diferentes de atuação da organização. Cada qual é composto por diversos integrantes.

“A Operação [intitulada ‘Plenário’] teve por objetivo principal desmantelar uma organização criminosa armada e de alta periculosidade, responsável pelo planejamento e execução de diversos assassinatos nas regiões Planalto e Alto Uruguai. O episódio protagonizado no tribunal do júri deixou ainda mais evidente a audácia dos envolvidos no momento em que um de seus membros fez a grave ameaça”, ressalta Diego Pessi.

Além das ordens judiciais de prisão e apreensão contra os investigados, a Justiça deu sinal-verde para medidas cautelares como bloqueio de contas bancárias e sequestro de bens dos suspeitos. Os promotores Guilherme Martins, Cristiano Ledur, Maristela Schneider e Manoel Antunes também participaram da ofensiva, que ainda contou com o apoio da Brigada Militar (BM) e do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC).

(Marcello Campos)

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