Mãe de dois filhos, de cinco e um ano, Bruna Daniele Pereira, 29 anos, residente no bairro Santo Antônio, em Santo Augusto, foi brutalmente assassinada em plena via pública, na madrugada de segunda-feira (25/06), ao sair de um baile no bairro São João.
Ouvindo gritos de socorro, moradores das imediações telefonaram para a Brigada Militar que, sem demora, compareceu ao local encontrando Bruna agonizando e apresentando ferimentos pela face, pescoço e região torácica, provocados por instrumento cortante. Socorrida, a vítima deu entrada no hospital já praticamente sem vida e, pelos médicos, foi constado que ela, efetivamente, já estava morta.
Embora não houvesse testemunha presencial, os indícios desde o início, era de que o autor do crime teria sido o ex-companheiro da vítima.
Iniciadas as investigações em torno do fato, a polícia procurou pelo suspeito, porém não o encontrou em parte alguma na cidade. Instaurado o procedimento policial, a polícia civil ouviu e continua ouvindo várias pessoas e realizando inúmeras diligências objetivando a elucidação do fato. Diante dos indícios probatórios colhidos nos autos, em se tratando de crime hediondo e, dado a ausência do suposto autor do crime do distrito da culpa, a autoridade policial representou em juízo pela decretação da PRISÃO TEMPORÁRIA do ex-companheiro da vítima, o que foi decretada pela magistrada da comarca local na manhã de quarta-feira. Contudo, na tarde daquele dia, Adair dos Santos Silva, 37 anos, compareceu espontaneamente no órgão policial onde se apresentou e assumiu a autoria do crime. Em função da prisão temporária em seu desfavor, ele foi conduzido ao Presídio Estadual de Três Passos.
A reportagem contatou com familiares da vítima, os quais relataram que o casal conviveu junto por mais de cinco anos, de cuja união tiveram um filho, de um ano, porém, dizem, Adair sempre tratou Bruna com violência, agredindo-a fisicamente, e que no mês de fevereiro deste ano ela decidiu separar de vez dele, e registrou ocorrência policial com pedido de medidas protetivas, cujas medidas foram deferidas e determinadas pela justiça. Só que, segundo os familiares da vítima, Adair nunca cumpriu a determinação judicial e ameaçava Bruna de morte caso o denunciasse. Que Bruna vinha sendo seriamente perseguida, ameaçada de morte, inclusive Adair rondava a casa onde ela passou a morar, junto com a mãe.