Alaides Garcia dos Santos
Desconstrução já foi sucesso
Desconstruir ou desqualificar o adversário já deu resultado quando o PT, como partido político, nascia e crescia imaculado. Hoje, desconstruir o adversário, como está fazendo equivocadamente a presidente Dilma, “é gol contra”. São tantas inverdades, invenções e golpe baixo na ânsia de se manter no poder. A presidente/candidata, sem conhecimento de causa, falou até da irmã do candidato Aécio Neves, que é sua assessora. Não sabia ela, que a irmã do candidato é das melhores executivas de Minas Gerais, reconhecida antes de trabalhar com o irmão. Afinal, quem é o PT, com um passado nos últimos onze ou doze anos e um presente manchado pela corrupção, para falar em retidão de procedimentos-administrativos? Isso é pregar moral de cuecas. É preciso que se faça uma grande limpeza no Brasil, urgente, pois alguns figurões da política brasileira precisam ser eliminados do cenário político, sem dó nem piedade.
Estarrecida
A presidente/candidata Dilma Rousseff se disse “estarrecida” com a divulgação dos fatos envolvendo os bilhões de reais desviados (surrupiados) da Petrobras. Só por isso. Com a roubalheira, com a quadrilha lá formada por membros de seu partido (PT) e outros, com o assalto à Petrobras “ela não se estarreceu”. Dilma comete a desfaçatez de dizer que sempre deu liberdade à Justiça, à Polícia Federal, ao Ministério Público. Que feio. Esses órgãos dispensam essa ação governamental – eles têm atribuições legais especificas e competência constitucional para apurar, para agir, para divulgar e para punir. É incorreta e inconcebível a intromissão do governo. Se ela exercesse alguma ingerência sobre as ações destes órgãos, aí sim seria estarrecedor.
Votar com consciência
Domingo que vem é dia de irmos às urnas para escolha do(a) presidente. É um dia para reflexão, porquanto se situar entre o fim da campanha eleitoral e o dia do exercício do voto, o que o torna necessariamente no dia de todos os balanços, de todas as análises e fundamentalmente no dia da concentração para uma meditação digna do termo. Cabral já dizia: “Devemos pensar pelas nossas próprias cabeças”. E que tal adotarmos essa premissa. O País será sempre o ponto de partida para a referência, a causa, o objetivo, o ontem, o hoje e o amanhã de todos nós. Concentremo-nos. Olhemos para o País e façamos a nós mesmos as perguntas: O voto útil deve ser para o candidato ou para o País? Esta pergunta e a sua consequente resposta é a mais importante no contexto da reflexão a que neste momento nos entreguemos.
Evitemos o remorso
É de bom alvitre que evitemos o arrependimento por tomadas de decisão irrefletidas que possam prejudicar o País e manchar as nossas consciências. Evitemos o remorso. Vota-se no País votando num candidato que vá representar a República como define a Constituição e não num candidato que vai estar acima da República e vai se representar a ele próprio. Devemos votar num candidato que não tenha contas a saldar com o país, e sim num candidato que vá respeitar a separação de poderes atribuída pela Constituição da República, deixando que os demais órgãos de soberania façam uso das atribuições e competências que a Carta Magna lhes confiou.
Inesquecível
Em 16.12.13, o MP instaurou procedimento administrativo para apurar que Bernardo, 11 anos, sofria negligência afetiva por parte do pai e da madrasta. Toda a cidade de Três Passos, a escola, o Conselho Tutelar, o Creas, o MP e a Justiça, sabiam que ele tinha “medo”, vivia em “abandono”, “em situação de risco”, sujo, malvestido, por vezes desnutrido. Sozinho, em 24 de janeiro, ele foi ao fórum pedir ajuda. Pelo juiz, ele foi encaminhado ao Cededica, onde declarou “estar sofrendo maus-tratos em casa, recebendo ofensas verbais, e que estava com medo e inseguro”. Foi levado à promotoria. 70 dias depois, (em 04/04/2014), Bernardo desapareceu e foi morto.