Pré-candidatos ao Piratini
Os partidos políticos no Rio Grande do Sul se articulam e começam a se definir quanto às pré-candidaturas ao governo do estado, com vista às eleições do ano que vem. No PT já é definido, o governador Tarso Genro concorrerá à reeleição. No PP, embora a senadora Ana Amélia Lemos não tenha confirmado, os progressistas dão como certa a sua pré-candidatura; O PDT, após 38 reuniões com as bases junto às regionais, decidiu nesta segunda-feira, em reunião do diretório metropolitano, que lançará candidato próprio, sendo indicado para concorrer, o deputado federal Vieira da Cunha; o PMDB estuda a possibilidade de lançar o ex-prefeito caxiense José Ivo Sartori a governador. No PSDB a questão é mais complicada, mas poderá lançar candidatura própria, com Nelson Marchesan Junior ou Sanchotene Felice encabeçando a chapa.
Quem diria!
Quem não recorda do antagonismo político/ideológico que existia entre o PP e o PT, aliás, eram os maiores adversários entre os partidos políticos brasileiros. Seus discursos eram raivosos quando um se referia ao outro. Chegando ao poder, o PT tratou de inibir e neutralizar seus inimigos oferecendo participação no governo, sob o pretexto de viabilizar a governabilidade, resultando no já manjado “toma-lá-da-cá”. Para esquecer todas as mágoas e rancores, o PT ofereceu e o PP aceitou o Ministério das Cidades, aliás, um dos mais interessantes politicamente. A partir daí passaram a andar abraçados. Agora, se avizinhando as eleições, o presidente nacional do PP, sem nenhum constrangimento, pediu a titularidade do Ministério da Infraestrutura. Sabe em que condição? Em troca o PP dará apoio à reeleição da presidente Dilma.
E o palanque gaúcho
Pelo que se desenha, a candidata à reeleição presidencial Dilma Rousseff estará em situação confortável, uma vez que além do palanque do PT, de Tarso Genro, terá o palanque do PP de Ana Amélia e possivelmente o palanque do PMDB, de José Ivo Sartori. Que festa! Farsul de Sperotto, líderes históricos gaúchos do PP, todos no mesmo palanque, abraçados com Dilma, Lula, Tarso e até o José Dirceu é capaz de ser convidado. Aécio Neves (ou Serra) deverá ficar só com o palanque tucano; O PDT, que lançará Vieira da Cunha ao governo, poderá apoiar o socialista Eduardo Campos.
Baderneiros infiltrados
Entre as pessoas de bem, presume-se que haja unanimidade na condenação aos vândalos, saqueadores, bandidos e baderneiros infiltrados nas multidões que ocupam as ruas do Brasil em protestos crescentes contra uma série de absurdos que, há anos, estão engasgados na garganta da população. Os brasileiros honestos, que trabalham e pagam impostos, estão acordando e vendo que a realidade é outra, bem diferente das falas políticas mentirosas e demagogas. Não são movimentos articulados por um ou outro partido, pois o povo não acredita mais em político algum. São movimentos articulados nas redes sociais, que estão levando o povo para as ruas. Pena que, objetivando desacreditar os movimentos, neles são infiltrados grupos de baderneiros para promover confronto e vandalismo. Mas quem são esses baderneiros, e a quem eles interessam? Ah! A extrema esquerda acusa a extrema direita, e vice versa.
Vândalos políticos
Há, também, os vândalos políticos, aqueles que se infiltraram nas diversas instâncias de governo e parlamentos, produzindo a realidade que, de tão gritante, acordou o gigante que hoje está nas ruas, mas não é por 20 centavos, não. Esses vândalos políticos estão tão divorciados da realidade do povo brasileiro que, primeiro, se assustou: tanto barulho por causa dessa mixaria de 20 centavos. Aí reduziram as tarifas, achando que resolveriam o problema. O povo retrucou: Não queremos só 20 centavos, queremos, também, educação, saúde, segurança, ética, honestidade, transparência, coerência e tudo o que é nosso de direito, e pelo qual pagamos uma das cargas de impostos mais altas do planeta. Dinheiro e verbas há, e que diga a FIFA.