Assembleia geral unificada
No dia 18 de agosto, ou seja, na próxima terça-feira, acontecerá uma assembleia geral unificada, reunindo na capital do Estado os professores e demais servidores públicos estaduais, ocasião que decidirão sobre a possibilidade de uma greve geral. Sabe-se que a crise econômica do Rio Grande do Sul não é de hoje, contudo, assumindo o governo, José Ivo Sartori não apresentou solução para geri-la sem prejudicar os serviços básicos a população. Seguindo orientação do Centro de Professores, desde o último dia 4 as escolas vêm fazendo períodos reduzidos utilizando esse tempo para “conscientizar a comunidade escolar quanto ao descaso do governo com os educadores e a educação pública gaúcha”. A expectativa é de reunir mais de 30 mil servidores na assembleia geral unificada do dia 18, que terá como palco o Largo Glênio Peres, às 14 horas.
Mobilizações locais
As escolas, atendendo a orientação do CPERS, além de aulas de cidadania, estão realizando mobilizações objetivando chamar a atenção da sociedade quanto aos constantes ataques do governo Sartori contra direitos dos educadores e demais servidores públicos estaduais. Em Santo Augusto, na manhã da próxima segunda-feira (17), a partir das 09h, em frente à Praça da Matriz, estarão mobilizados professores estaduais e funcionários das escolas Francisco Andrighetto (Grupo), Santo Augusto (Ginásio) e Alberto Pasqualini (Ciep), alunos e pais, além de servidores estaduais de outras áreas em atividades na cidade como da Segurança Pública e outras. O evento, organizado pela comissão formada por representantes dos três educandários citados, e que culminará com uma caminhada pela Avenida do Comércio, espera contar com o apoio da comunidade, uma vez que o serviço público está ameaçado.
Todos se enganaram
É bom lembrar a todos os que acusaram o então candidato José Ivo Sartori de ter concorrido e vencido às eleições sem ter um programa de governo, que se enganaram. Sartori sempre teve um projeto para ser executado. Ele apenas, estrategicamente, não o declarou. Seria contraproducente falar dele durante a disputa. Não se trata aqui de julgar, mas de constatar. O plano de governo de Sartori estava na cara de todo mundo. Não viu quem não quis ou não pôde enxergar. Agora, o plano está sendo aplicado. Qual era o plano de governo de Sartori? Diminuir o tamanho do Estado. Sartori elegeu-se para dar prosseguimento ao começado por Antônio Britto, não continuado por Germano Rigotto e mal terminado por Yeda Crusius: reduzir o Estado.
Quanto pior melhor
O plano de governo de Sartori passa por privatizações de estatais, alteração da previdência estadual e mudança no plano de carreira do magistério. O problema é que há entraves. As privatizações das estatais dependem de plebiscito. Alguns itens da previdência estão atrelados a leis federais. A mudança do plano de carreira do magistério é um barril de pólvora. Sartori sempre teve um projeto. Diminuir o tamanho do Estado. Tem também uma estratégia. Usar o quanto pior melhor como fator de criação das condições para fazer passar o “remédio amargo”. O governo espera tirar do caos o espírito favorável até mesmo à privatização por meio do plebiscito. O parcelamento dos salários já ocorrido e que vai se repetir pode ser o combustível que faltava. E o funcionalismo público está sendo jogado contra o resto da população como moeda de ideias criativas para ganhar dinheiro de troca.
Rastros de contradições
O governo Sartori, desde o início deixou nítidos rastros de contradições como, aumentos para os secretários e para o próprio governador. O legislativo e o judiciário trataram de garantir seus aumentos e privilégios. Em meio à crise Sartori nomeou 52 penduricalhos (CCs). E o trato dele para com as entidades do funcionalismo é de total desprezo. E, esse era o programa de Sartori. Ele existia sim, nós que não enxergamos.