Ameaças à Copa
Segundo a revista Veja, edição desta semana, “relatório do serviço de inteligência do governo federal identifica seis grupos potencialmente capazes de atrapalhar ou até impedir a realização da Copa do Mundo no Brasil”. Nos três níveis de governo, ações estão sendo planejadas para garantir a segurança do torneio e a sua plena realização.
Grupos de pressão
A disposição de manifestantes de invadir estádios e hostilizar símbolos do evento durante a Copa das Confederações, por exemplo, tende a se repetir na Copa do Mundo. A repercussão midiática é fator catalizador das manifestações, e a Copa do Mundo FIFA 2014 irá proporcionar ambiente favorável às manifestações.
Manifestações de rua
A ameaça – A visibilidade pode estimular os protestos de “grupos de pressão” como os black blocs e o Comitê popular dos Atingidos pela Copa. Também devem voltar às ruas os manifestantes que reclamam dos gastos com o Mundial e da má qualidade dos serviços públicos. Três meses antes do início da Copa, black blocs e movimentos contrários do Mundial já estão convocando protestos. O potencial é alto.
Greves
O relatório lista várias categorias profissionais que podem entrar em greve durante a Copa, inviabilizar ou criar problemas para o funcionamento dos sistemas de transporte e segurança. Destaque para os aeroviários, aeroportuários, policiais militares e federais. A proximidade das eleições deve estimular a pressão de sindicatos por reajustes salariais.
Violência urbana
A ameaça – A presença de milhares de turistas deve aumentar a ocorrência de crimes, como assaltos, furtos e sequestros-relâmpagos. Os agentes recomendam atenção redobrada das forças de segurança nas áreas de maior concentração, como o entorno dos estádios, hotéis e aeroportos. Mesmo com o reforço do policiamento, a violência urbana representa um risco real em todas as sedes do mundial, avaliam os agentes.
Criminalidade comum
Essa fonte de ameaça está entre as mais dispersas nos ambientes urbanos, logo, está entre as mais altas em termos de probabilidade de ocorrência. No contexto de grandes eventos, trata-se de ameaça que possui a capacidade de afetar negativamente a imagem do País, porque há a possibilidade de múltiplos incidentes ocorrendo simultaneamente ou em pequenos intervalos de tempo.
Torcedores
Em relação ao perfil dos torcedores na Copa do Mundo 2014, considerando-se o histórico das edições anteriores, vislumbra-se que parte do contingente de espectadores será constituída por torcedores estrangeiros, o que permitiria o comparecimento de grupos de hooligans – grupos formados por fãs de futebol de qualquer nacionalidade para se opor e atacar fisicamente torcedores rivais.
Torcidas organizadas
A ameaça – O comportamento das torcidas é alvo de preocupação de todos ospaíses que sediaram a Copa. Inglaterra, Alemanha, Croácia, Argentina, Irlanda, Dinamarca, França, Espanha, Itália, Holanda, Turquia e Polônia são citados como países de origem de torcedores violentos. As autoridades já monitoram a movimentação de hooligans.
Ações terroristas
Não há registro de práticas de ações de organizações terroristas no Brasil. Tampouco histórico da sua ocorrência em outros eventos esportivos ou similares. Todavia, a quantidade de representantes de países estrangeiros é fator de motivação, pois nações ocidentais são consideradas inimigas pelas afiliadas da Al Qaeda. Além disso, atingir número considerável de pessoas de nacionalidades distintas é interesse para esse tipo de ação. Os agentes destacam que a Al Qaeda continua atuando, e a presença de muitos de seus “inimigos” no país pode servir de motivação para um eventual ataque.