Caos no Estado Gaúcho
José Ivo Sartori, demonstrando insensatez e maldade, de forma irresponsável e com ares de ironia, desde que assumiu o governo exercita o terrorismo contra os servidores públicos, especialmente os ligados ao Poder Executivo e, covardemente, se esconde e se omite a dar explicações sobre seus atos. No mês de julho, nem os contracheques ele publicou nas datas habituais, só o fazendo no último dia, 31/07. E pior, só no meio da manhã daquele dia, através do Secretário da Fazenda, ele anunciou ao funcionalismo sobre o parcelamento do salário do mês. Com insensatez, mesclada à arrogância e prepotência, Sartori tenta convencer a todos que o Estado não tem dinheiro, porém, “nunca provou isso”. Ele está, sim, preparando o terreno para novas privatizações de estatais, no velho estilo do seu partido, que não é o Rio Grande.
Unidos como nunca
Contra a decisão (maquiavélica e desumana) de Sartori, professores, policiais civis, militares, servidores penitenciários, de perícias, da saúde e de todas as áreas ligadas ao Poder Executivo Estadual, numa dimensão inédita, se mobilizaram em aliança nunca vista antes entre as diferentes categorias de servidores e promoveram manifestações, protestos e paralizações de atividades em todo o Rio Grande do Sul. Assim, com essa política governamental irresponsável, o governador Sartori conseguiu unificar a todos os servidores que, determinados e decididamente, não aceitam que tentem colocar no seu colo a responsabilidade pelo caos que ele instalou no território gaúcho.
As aparências enganam
O então candidato, e atual governador José Ivo Sartori conseguiu enganar muita gente. Na verdade, uma grande parte do seu eleitorado provavelmente nem sabia que ele era candidato do PMDB, uma vez que passou a campanha inteira dizendo: “meu partido é o Rio Grande”. Não era e não é. José Ivo Sartori é filiado ao PMDB. Naquela campanha, e me refiro a ela porque foi lá que ele se elegeu, Sartorão resumiu a sua trajetória política à sua passagem pela prefeitura de Caxias do Sul. Apresentou-se, assim, homem simples do interior ao estilo colonão boa gente, o “Sartorão da massa”, ex-prefeito de Caxias e, supostamente, sem filiação partidária nem passagens por governos além da prefeitura. Enganou a todos, e esses ocultamentos seguem vitais para sua estratégia.
Falando em ocultamentos…
Durante debates de campanha, certa feita Sartori até se irritou com Tarso Genro por tê-lo chamado de “José Ivo” e “Ivo”. Só que a mistura e ocultação de identidade não são um detalhe apenas. Além de dizer que seu partido é o Rio Grande e apontar a prefeitura de Caxias do Sul como origem de sua trajetória política, Sartori também se apresentou como aquele que faz política com o coração, não é anti-ninguém e representa o desejo da mudança. Ledo engano. Na verdade, Sartori é um antigo quadro dirigente do PMDB gaúcho, que já governou o Estado várias vezes e é responsável por escolhas que se revelaram desastrosas para o Estado, como a negociação da dívida feita pelo governo Antônio Brito, do qual Sartori foi secretário do trabalho, as privatizações de empresas públicas, plano de demissão voluntária de servidores, implantação de pedágios. E, no governo Rigotto ele foi responsável, entre outras coisas, pela gestão de José Otávio Germano (PP) na Segurança Pública.
E segue se ocultando
Em nenhum momento Sartori fez referência a esses pontos de sua biografia, além do que esconde ter apoiado o governo Yeda Crusius que arrochou os servidores públicos. Como não bastassem, para confirmar seu hábito de ocultações, agora governador, Sartori “se esconde” e “se omite” em assumir os atos de seu governo. Resumindo, os servidores estão descontentes com o parcelamento dos salários e, ofendidos pelo desrespeito do governador em ter deixado, astuciosamente, para avisar no último dia, com o nítido propósito de não dar tempo aos servidores para qualquer ação judicial.