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Fatos em Foco 04.12.2014

                                                                                                    Alaides Garcia dos Santos

 

Escolinha de futsal

Na edição da semana passada dediquei a coluna toda às escolinhas de futebol, com ênfase ao Centro Esportivo Santo Augusto, mais conhecido como Escolinha do Cabo João, que mantém atividades exclusivas no futebol de campo. Sobre o assunto, através de e-mail enviado à coluna, o professor Marcelo Macagna, coordenador da Escolinha de Futsal Professor Prado, diz que há 14 anos trabalhando na Escolinha sempre conviveu com o descaso dos sucessivos governos do município para com o setor. Ele salienta que a escolinha de futsal tem o mesmo problema da escolinha de futebol de campo, alunos carentes (cerca de 15%) que “não pagam mensalidade nem viagem, sem dinheiro nem para o lanche e muitas vezes até tênis e fardamento precisamos dar”, comentou. Enfatiza o professor, que 99% dos atletas que estão jogando profissionalmente, citados pela coluna, tiveram sua iniciação na Escolinha de Futsal Professor Prado. Quero dizer ao ilustre professor Marcelo que esse trabalho que vocês (escolinhas) vêm realizando em prol dos menores, é nobre e deve ser continuado. Com relação ao poder público, deu entrada na Casa Legislativa “uma emenda” de autoria do vereador Horácio, criando uma rubrica que autoriza destinação de recursos para as escolinhas. Agora é contar com a sensibilidade dos demais edis, e do prefeito.  

 

235 meninos sem escolinha

No dia 4 de agosto de 2011, com o tema “Santo Augusto investe no esporte como forma de desenvolver a cidadania”, em clima festivo e de grande euforia e esperança, foi inaugurada a Escolinha Municipal de Futebol de Campo. Foram 235 meninos com idade entre 8 e 16 anos inicialmente inscritos que, de forma gratuita  passaram a usufruir do benefício, com aulas práticas duas vezes por semana. Dentro da temática de trabalho, além das noções práticas, as crianças e adolescentes teriam aulas sobre a história do futebol, debates sobre a violência no esporte, e usufruir de uma biblioteca específica, para desenvolver o hábito da leitura. Entusiasmante! Pena que funcionou por apenas dois anos e pouco. Em 2014, está desativada. Deixou de ser importante?

 

Campeão de arrecadação

Dos 31 deputados federais eleitos pelo Rio Grande do Sul, o campeão de arrecadação foi Jerônimo Goergen, do PP. Só do Grupo JBS (leia-se Friboi), ganhou R$ 850 mil. De acordo com a prestação de contas disponível no site do Tribunal Superior Eleitoral, 14 dos 31 gastaram, oficialmente, mais de R$ 1 milhão cada. Confira abaixo a lista dos valores dos 10 que mais arrecadaram e o principal doador de cada um. Jerônimo Goergen (PP) R$ 2.752.080,00 (Principal doador: JBS/Friboi R$ 850 mil); Luis Carlos Heinze (PP) R$ 2.693.220,00 (Principal doador: JBS/Friboi R$ 500 mil); Marco Maia (PT) R$ 2.299.928,15 (Principal doador: Arosuco Aromas R$ 475 mil); Renato Molling (PP) R$ 2.248.300,00 (Principal doador: JBS/Friboi R$ 900 mil); Onyx Lorenzoni (DEM) R$ 2.062.470,00 (Principal doador: Andrade Gutierrez R$ 200 mil); Paulo Pimenta (PT) R$ 1.978.720,00 (Principal doador: Queiroz Galvão R$ 310 mil); Nelson Marchezan Jr. (PSDB) R$ 1.822.256,50 (Principal doador: BRF S/A R$ 200 mil); Darcísio Perondi (PMDB) R$ 1.792.298,00 (Principal doador: Amil R$ 300 mil); Alceu Moreira (PMDB) R$ 1.702.273,69 (Principal doador: Araguari LTDA R$ 250 mil); Afonso Hahm (PP) R$ 1.463.548,54 (Principal doador: JBS/Friboi R$ 735 mil).

 

O que é a JBS/Friboi?

A gigante JBS-Friboi, é uma empresa que foi presenteada pelo BNDES com mais de R$ 10 bilhões do dinheiro dos brasileiros sem garantias efetivas durante o governo Lula, e agora conta com novo apoio do governo Dilma: uma medida provisória assinada na calada da noite por Dilma pode arrasar os pequenos frigoríficos, tirando-os do caminho da JBS-Friboi e abrindo caminho para o monopólio absoluto. A tal MP transfere para o governo federal, via MDA, o controle do serviço de inspeção dos produtos de origem animal (gado, peixes, aves, leite, salsicha, mel, etc), cuja fiscalização e liberação de licenças para funcionamento, atualmente é dividida com estados e municípios. 

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