“Avalio como extremamente positivos e bem-sucedidos os dois primeiros anos de nosso governo no município de Chiapetta”
Os prefeitos eleitos nas eleições de 2016, e que tomaram posse em 1º de janeiro de 2017, já cumpriram metade do mandato, portanto já podem mostrar à que vieram. É chegado o momento de eles fazerem autoavaliação dos dois anos de governo, de refletir, manter, melhorar ou aperfeiçoar as ações bem-sucedidas, mas também, de corrigir os erros, rever as metas traçadas e que lhes renderam o voto de confiança do eleitor, e, na medida do possível, tentar realizar o que ainda não foi feito.
Para falar sobre seus dois primeiros anos de mandato, o prefeito Eder Both (PP), de Chiapetta, falou ao jornal O Celeiro/Atualidades.
– Prefeito Both, o senhor poderia discorrer sobre as ações desenvolvidas nos dois primeiros anos de seu mandato, levando em conta as metas do plano de governo?
– Inicialmente, quero dizer que a maior honra de um político é ser o prefeito da cidade em que nasceu e tem sua família, como é o meu caso, e poder atender as demandas das pessoas com quem convive no dia a dia. Ao longo desses dois anos, a gente tem trabalhado dentro das limitações do município, responsabilidade, seriedade, e muita vontade de fazer políticas públicas que tragam o desenvolvimento, qualidade de vida para as pessoas e sempre com muita transparência, como a gente pregava na campanha. Juntamente com o vice-prefeito, secretários, vereadores, servidores públicos, conseguimos ter resultados até acima do esperado em alguns setores. Em outros, ainda estamos angustiados e buscando apresentar um resultado melhor para a nossa comunidade.
Na educação – Nesse período investimos muito em educação de qualidade, por exemplo, a escola estadual Anchieta, e também as escolas municipais, a Escola Lorette Fanck, a Escola Haydee Chiapetta e a Escola São José, além das de educação infantil, que é a Bem Me Quer e a nossa creche.
São cinco escolas que o município mantém, e nelas foram feitos uma série de investimentos. Priorizamos bastante nesses dois anos a educação infantil, onde temos uma creche nova, construída na administração anterior, e fizemos mais investimentos, principalmente no quadro de pessoal, merenda de qualidade, equipe, monitores, professores, enfim, e, na Escola Bem Me Quer, separamos e deixamos apenas as crianças de 04 e 05 anos, e praticamente dobramos o atendimento a crianças na faixa da educação infantil, zero a 05 anos. Já atingimos a meta prevista para os municípios até o ano de 2024, inclusive com turno inverso na educação infantil de 04 e 05 anos, para o que ampliamos a estrutura da escola, espaço físico, o custeio, recursos humanos, pedagógicos, materiais, equipamentos.
Estamos investindo na Escola de Ensino Fundamental Lorette Fanck também, onde estamos aplicando mais de R$ 300 mil na estrutura física, equipamentos, recursos pedagógicos, tecnologia, data show, mobiliário, computadores, sistema de ensino.
As escolas do interior também receberam, nesses dois anos, bastante investimento na sua estrutura e em recursos humanos. Então, na educação, conseguimos uma grande evolução.
Na saúde – o município como responsável pela atenção básica, atendimento no posto de saúde, primeiras consultas, exames, visitas dos agentes de saúde, vacinas, enfim, a prevenção. Mas, após receber esse primeiro atendimento, grande parte de pacientes precisa de um encaminhamento, muitas vezes, para um especialista de fora, para média ou alta complexidade, para instituições hospitalares, e, na situação difícil em que o Estado se encontra, não conseguindo cumprir com o seu dever, recai sobre o município. O cidadão procura o vereador, o secretário, o prefeito, o vice-prefeito e nós não podemos virar as costas para as pessoas.
Temos investido muito no nosso hospital, que é uma instituição valorosíssima, inserida na nossa comunidade, de grande importância; tivemos grandes lutas nesses dois anos, com o governo do Estado trabalhando ferozmente para fechar os hospitais de pequeno porte como é o nosso caso do hospital de Chiapetta; tivemos grandes lutas na Região e em Porto Alegre, levantamos um movimento em nível de Estado e conseguimos, com muito esforço político junto aos governos, manter o nosso hospital aberto e funcionando. Financeiramente, neste ano de 2019, o município vai destinar praticamente R$ 650 mil para o hospital de Chiapetta, para manter as suas atividades; assim mesmo, tem muitas coisas que ali não é possível resolver, e que temos de encaminhar para hospitais de fora, Santo Augusto, Tenente Portela, Crissiumal, Ijuí, Cruz Alta, Passo Fundo, Santa Maria, enfim, Porto Alegre; aí, na ausência do Estado, a nossa administração municipal, mesmo não sendo obrigação, tem investido muito e ajudado muito a nossa comunidade na questão da saúde, com procedimentos, com pequenas e até complexas cirurgias, quando as pessoas precisam, além do deslocamento com ambulâncias. A prefeitura faz todo o encaminhamento, paga consultas, gasta em média R$ 600 mil ao ano só com o consórcio de saúde, pagando consultas e exames especializados em outras cidades, e providencia o transporte que tem que ser de qualidade, seguro e confortável. Para isso, buscamos renovar a frota de veículos da saúde, hoje estamos com duas Vans novas, dois veículos Spin novos, dinheiro na conta para mais um veículo novo que será comprado neste ano de 2019. A UBS, construída na gestão anterior, colocamos para funcionar, foram feitos alguns ajustes para oferecer um local agradável, confortável, que as pessoas sejam bem atendidas, tem equipe de profissionais qualificados.
Na agricultura – temos desenvolvido várias políticas especialmente para os pequenos agricultores. Nesses dois anos, nós temos até uma política que tem tido uma grande relevância que é o “programa de aquisição de alimentos da agricultura familiar”, onde o município tem comprado para a cesta básica dos servidores públicos 03 toneladas mensais de alimentos produzidos pelos pequenos agricultores. É o vendedor de ovos, de alface, de alguma outra verdura, o vendedor de mandioca, enfim, que já tinham esse espírito da produção na agricultura familiar para vender nos mercados, mas não tinham a segurança de mercado, que o nosso programa deu estabilidade e certamente um grande incentivo, um grande fomento.
Tivemos também junto aos nossos agricultores programa de distribuição de calcário, onde a prefeitura distribuiu o valor de R$ 140 mil em calcário para os pequenos agricultores que residem no meio rural. A prefeitura ofereceu a distribuição gratuitamente para correção do solo, melhoria da produtividade das suas propriedades. E mais ações como esta queremos fazer no decorrer do nosso mandato.
Outros programas também foram oferecidos nesses dois anos de nosso governo, como o Dissemina, programa de melhoria genética, onde a gente compra sêmen de boa qualidade e subsidia, repassa aos agricultores com custo reduzido em 50%.
A patrulha agrícola foi incrementada, com um trator novo, vários maquinários novos, recursos próprios do município, provenientes de emendas dos deputados. Agora conseguimos botar aquele distribuidor de esterco, uma necessidade que tínhamos, e agora já está funcionando o caminhão tanque fazendo a distribuição, com valores subsidiados.
A produção de leite, o preço não ajuda, em nível de Amuceleiro, solidários com a situação vivida pelos agricultores produtores de leite, fizemos um decreto coletivo de emergência, levando várias reivindicações ao governo, tentando mudar o cenário macroeconômico. É sabido que questões econômicas, de preço, não cabe a nós resolver, mas cabe a nós do município ajudar na pressão, e é o que fizemos. No que envolve o custo do produtor, temos executado várias pequenas políticas que vêm reduzir o custo, como no sêmen, o custo no calcário, construímos agora 63 salas de espera aos produtores de leite sem custo nenhum para o produtor, o município construiu com recursos da consulta popular, onde, na antessala de ordenha, o gado leiteiro não precisa mais pisotear no barro, tem uma sala toda de concreto, tudo destinado gratuitamente aos produtores, 36 m² por produtor, que acaba ajudando também no conforto, na qualidade do leite e, por consequência, na melhora do preço. São várias pequenas ações que cabe ao município, e estamos fazendo no sentido de proteger o nosso produtor.
Estradas – quando se fala nos produtores, fala-se também de estradas rurais. Ao assumirmos, no primeiro ano, fortes chuvas como não vistas há décadas no município, provocando vertentes no meio da estrada, nas coxilhas, danificou, arrebentou as nossas estradas, de modo a dar origem a um decreto de emergência. Imediatamente começamos o trabalho de recuperação e estamos ainda fazendo, um trabalho que a demanda é muito grande. Em termos de estradas rurais ainda temos muito a fazer, a demanda é enorme, são mais de 500 km de estradas para manter e temos carência de máquinas. Um dos motivos das nossas dificuldades é que não tem cascalho no município, o serviço de cascalhamento de estradas acaba sendo lento, porque as cascalheiras são distantes; compramos caminhão novo, uma retroescavadeira, uma pá carregadeira novos, uma escavadeira hidráulica que já está no pátio da prefeitura, mas ainda não foi autorizado o funcionamento. Em consequência, tivemos de renovar também algumas pessoas da equipe, tiveram de passar por qualificação, por treinamento, e já estão bem mais experientes agora. Portanto, estamos com maquinário novo, com a equipe treinada, organizada para dar conta da demanda, dar o atendimento necessário e manter boas estradas.
Calçamento no interior – Numa parceria com o empresário rural Luiz Antonio Chiapetta, fizemos 5,5 km de calçamento, oferecendo solução definitiva àquele trecho de estrada rural. Em Às Brancas um trecho de 6 km foi todo cascalhado, numa parceria com a empresa Fazenda Boa Vista. Então, várias parcerias temos buscado com empresários agrícolas, para auxiliar o produtor rural, e se consiga dar conta de toda a demanda, que é enorme.
Na cidade, também a Secretaria de Obras tem trabalhado muito para manter limpa, organizada. Temos alguns trabalhos voluntários, como da senhora Loiva Kalb, à qual agradecemos, na parte de jardinagem, tem dado muitas dicas e tem trabalhado muito para manter os canteiros da avenida, manter a nossa praça florida, bonita. Contratamos um rapaz para manter as gramas bem cortadinhas, as flores bonitas. Tem uma outra equipe que cuida dos entulhos da cidade. Tem a equipe que cuida da varrição de ruas. Tem a iluminação pública funcionando em toda a cidade e sem depredação. Temos projeto aprovado para colocar em toda a Av. Ipiranga iluminação de LED e também para instalar geração fotovoltaica (energia solar) em cima do telhadão na praça. Temos procurado cuidar bem da cidade, cuidar bem do interior, do desenvolvimento econômico, da saúde, da educação, da assistência social, com centenas de pessoas sendo atendidas diariamente no CRAS, tendo lá acompanhamento de psicólogo, assistente social, de toda uma equipe preparada para o atendimento às crianças.
Indústria – Trouxemos uma indústria de marcenaria, o que além de gerar emprego e renda, incentivou outros empreendedores para o ramo, e hoje estamos com três marcenarias instaladas e funcionando na cidade. A indústria de confecções voltando as suas operações no município de Chiapetta.
Estamos finalizando a construção de uma incubadora no município, aproveitando a estrutura da obra (em ruínas e abandonada) do clube 25 de Julho, que teve parecer técnico do engenheiro de que podia ser aproveitada. Nos próximos dias expediremos edital para a seleção de pessoas que querem empreender, que querem criar o seu negócio, estarão elas ganhando gratuitamente a sala comercial com luz, com água, internet, faxina semanal, tudo por conta do município.
Na segurança, investimos no videomonitoramento onde temos câmeras instaladas na entrada, na saída, no centro da cidade. Alguns bairros estão totalmente monitorados. Nós investimos nos nossos jovens, promovendo palestras, trouxemos o curso do PROERD, da Brigada Militar, e já foi formada uma turma em 2018.
Nas questões do trânsito estão sendo mantidas as placas de identificação das ruas, as rótulas bem organizadas, as faixas de segurança pintadas, de modo a dar segurança no trânsito, evitar acidentes e manter a cidade bonita, importante para a autoestima, para a qualidade de vida da cidade, a cidade organizadinha.
– Qual a sua avaliação dos dois primeiros anos de seu governo?
Nosso plano de governo é mantido sobre a mesa do gabinete e sempre faço um checklist, verificando o que já foi atingido. A maioria das metas elencadas já foram atingidas, mas ainda temos vários itens para trabalhar nestes dois anos que restam. Enfim, como resposta, eu diria que avalio como extremamente positivos e bem-sucedidos os dois primeiros anos de nosso governo no município de Chiapetta.
– Quais as perspectivas para 2019?
Pretendemos primeiramente manter e intensificar a questão da saúde, investir em um Raio X no hospital, ampliar o trabalho da escola municipal, vamos inovar o sistema, de modo que a escola vá até a casa do aluno, vamos ampliar essa integração escola-família, até porque sabe-se que problemas na escola muitas vezes redundam na família. Outro propósito é desenvolver um projeto habitacional; dar continuidade de mais asfaltamento e calçamento na cidade; neste momento estamos com uma obra de calçamento lá na Vila Mário, depois iremos lá para o Moinho Velho, onde tem a sede do sindicato dos funcionários públicos; e assim em outros bairros do município que precisam. Temos para este ano o projeto de construção da capela mortuária através de um fundo municipal que foi criado; estamos construindo o Centro da Terceira Idade no nosso município; vamos reativar o posto de saúde da Nova Conquista; trabalhar muito no desenvolvimento, intensificar muito a geração de empregos; vamos desenvolver um programa de passeios públicos; revitalizar a praça; fazer e melhorar estradas vicinais.