– Quais as perspectivas do PT de São Valério do Sul com vista as eleições deste ano?
– Para o partido, eu acho que são boas. Inclusive, nós temos uma área indígena em que o partido é forte lá dentro. A área mais forte é dentro da área indígena. E no geral o partido vem tendo bom desempenho. Fizemos expressiva votação na última eleição municipal e, obtivemos excelentes resultados na última eleição para presidente, governador e para nossos deputados estaduais e federais. Acredito que as perspectivas futuras são boas, podemos ter nosso próprio candidato também para a próxima eleição.
– Quer dizer que o PT deverá apresentar candidato a prefeito na eleição deste ano?
– Sim. Nós poderemos ter nosso próprio candidato, salvo que prosperem futuros entendimentos com demais partidos para uma candidatura única e de consenso.
– Qual seria o nome mais indicado do seu partido para concorrer a prefeito este ano?
– Essa pessoa a gente não quer nominar no momento, porque ele também não quer se abrir muito. Então, no momento, a gente não vai declarar abertamente quem é a pessoa.
– No caso de coligação, o seu partido abriria mão da cabeça de chapa?
– Abriria sim. Sem problema, desde que o nome indicado tenha o perfil do bom administrador, aí não importa para nós de qual dos partidos coligados ele seja.
– Por que o PT almeja o poder em São Valério do Sul?
– Para ter melhoria e mais igualdade social na nossa comunidade. O nosso maior problema é a destruição das comunidades do interior, tanto na cidade, inclusive reforçar o comércio local, trazer mais pessoas para o nosso município, porque há uma decadência anual de cada vez menos pessoas e onde há menos pessoas há menos interesse, menos consumo e o comércio começa a decair cada vez mais. Trazer empresas para o nosso município para gerar empregos é a parte essencial, reforçar mais a agricultura familiar, que é importante para o nosso município. Se fôssemos analisar, nós vamos decair dez se não houver investimento nessa parte da agricultura familiar, para que possa alavancar alguma coisa nova. Reestruturar e reforçar as entidades como a DECON, a cooperativa Coopervalério. São várias situações. Inclusive, os indígenas também deverão ter uma grande participação dentro da nossa comunidade. Não podemos fazer como o outro partido está fazendo, discriminá-los, deixar eles pra trás, porque lá também existe uma economia grande, produzindo renda que reverte tanto para o comércio como para arrecadação de impostos. Lá eles têm o artesanato por eles produzido, tem a cultura deles, o turismo poderia ser reinventado, tem muita coisa interessante na área indígena. Eu penso assim, que é uma diferença que podemos fazer. Isso é o que almejamos para que nosso município possa crescer mais.
– Há possibilidade de candidatura única e de consenso em São Valério do Sul?
– Eu, como presidente do PT, vou dialogar com presidentes dos demais partidos para começar os trâmites e fazer as reuniões para o consenso. O PT, o partido do PT, está muito aberto, abrindo mão de tudo, para que o consenso se torne realidade, desde que haja um acordo entre o nosso partido e os outros. Nós estamos abertos para que isso aconteça. Se for o caso, abriremos mão tanto da candidatura a prefeito como a vice.
– Qual é a maior dificuldade nesse processo?
– Existem alas nos partidos, embora pequenas, que não aceitam o consenso ou a chapa única. Mas esperamos que essas pessoas sentem na mesa de olhos no desenvolvimento do nosso município. A última que poderia acontecer é a desunião, pois precisamos é de paz no nosso município de São Valério. Sabemos todos que em São Valério as campanhas eleitorais geram muitos e grandes conflitos que, para unir isso aí de novo, leva muito tempo e não consegue mais se desenvolver. E o consenso, eu acredito, é a melhor solução para o nosso município. Não vejo outra alternativa para o desenvolvimento a não ser esse. Vai haver o descontentamento de algumas pessoas como qualquer outra situação, mas precisamos superar isso.