Por Alaides Garcia dos Santos
A defesa de uma agricultura forte, gerando emprego e renda ao homem do campo sempre será uma prioridade para mim.
Não posso deixar de citar a vitória que obtivemos, em processo que já tratávamos desde 2008, da doação em definitivo do imóvel do Hospital Bom Pastor à prefeitura de Santo Augusto. Se agora o município pode obter recursos para investir no hospital, isto é fruto desta luta, o que é um orgulho para mim. Comparo a importância desta vitória a mesma obtida com o atual Instituto Federal Farroupilha, que iniciou com o CEPROVALE (Centro de educação profissionalizante), e que também teve nossa participação. São duas áreas (saúde e educação), que atraem centenas de pessoas para o município e representam muito para Santo Augusto e região.
O senhor é pré-candidato a deputado estadual. O que o leva a concorrer à reeleição?
São muitos os motivos que me fazem concorrer à reeleição, mas, principalmente, para poder fazer mais por Santo Augusto e região, pelo Rio Grande como um todo e pelo Brasil. Nestes dois anos e meio de mandato, pois assumi na Assembleia Legislativa em dezembro de 2011, já desenvolvemos ações importantes, em áreas que considero fundamentais. Agropecuária, municipalismo, defesa das micro e pequenas empresas, das pessoas com deficiência e direitos do consumidor, foram alguns dos setores que tivemos a oportunidade de realizar iniciativas.
Em relação aos direitos do consumidor, destaco a luta por uma telefonia com qualidade e melhores serviços, que realizamos com os trabalhos da CPI da Telefonia, com resultados concretos. Uma missão que segue, para que o usuário deste serviço indispensável seja atendido com qualidade e preço justo. Quero seguir atuando com ainda mais vigor na Assembleia.
Em síntese, como está sendo para o senhor esse primeiro mandato como deputado?
Muito bom, produtivo e de ensinamentos diários. Pude assumir, com muito orgulho já que também sou agricultor, a presidência da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia, onde desenvolvi o projeto da “Radiografia da Agropecuária Gaúcha”, que realizou mapeamento dos últimos 15 anos do setor primário gaúcho.
Da mesma forma, também atuamos e vamos seguir agindo para que tenhamos uma melhor infraestrutura em energia elétrica no Estado, no meio urbano, mas especialmente no campo, hoje relegado a um segundo plano. Cobramos do governo que os recursos da Consulta Popular fossem efetivamente pagos, o que não ocorreu, já que hoje há um passivo enorme. Cria-se uma expectativa na sociedade, mas o Estado não cumpre sua parte. Buscamos também melhores condições para as estradas, que em muitos casos estão em situação precária como a ERS 155. Lutamos por mais saúde, educação, infraestrutura urbana e rural, melhor acessibilidade e qualidade de vida às pessoas com deficiência, através de um trabalho que realizamos na Frente Parlamentar em defesa das pessoas com deficiência em parceria com a Federação das APAES do Rio Grande do Sul. Seguimos com o objetivo de ter um setor agropecuário sempre forte, já que é um dos principais impulsionadores do Produto Interno Bruto do país e precisa de total apoio. Enfim, quero trabalhar em um próximo mandado para que o Estado volte a crescer.
Sabe-se que o senhor é autor de inúmeras proposições na Assembleia Legislativa. Sucintamente, quais as mais importantes? Por quê?
São muitas as iniciativas que já realizamos e seguiremos fazendo no Parlamento em benefício da sociedade gaúcha. Penso que os trabalhos da CPI da Telefonia nos deram uma amplitude de ação e uma repercussão positiva na sociedade, que entendeu e se engajou à luta. É um tema que envolve uma tecnologia necessária, que hoje é diretamente ligada a cada indivíduo. Portanto, é fundamental que os serviços sejam prestados com qualidade, atendimento respeitoso e com preços justos ao consumidor.
Já obtivemos conquistas, como a ampliação dos direitos do usuário de telefonia na resolução publicada pela ANATEL, que estabelece, entre outras medidas, a possibilidade de cancelamentos via e-mail. Outra medida recente é a redução dos custos de ligação entre operadoras diferentes, o que vai baratear as tarifas ao consumidor.
Cito outras proposições que considero de extrema relevância, como o projeto de lei que cria a Região Metropolitana do Noroeste Gaúcho, que visa ampliar o desenvolvimento regional a partir de pontos comuns entre cidades com necessidades similares. No sentido de valorização e preservação da nossa cultura e tradição, protocolamos o projeto que reconhece o direito de andar a cavalo como um bem de natureza imaterial, integrando o patrimônio cultural rio-grandense. Também destaco o projeto de lei que garante vagas para pessoas com deficiência em contratos firmados pela administração estadual com empresas terceirizadas.
Não posso deixar de citar a vitória que obtivemos, em processo que já tratávamos desde 2008, a época em que era chefe de gabinete do deputado Jerônimo Goergen, da doação em definitivo do imóvel do Hospital Bom Pastor à prefeitura de Santo Augusto. Se agora o município pode obter recursos para investir no hospital, isto é fruto desta luta, o que é um orgulho para mim. Comparo a importância desta vitória a mesma obtida com o atual Instituto Federal Farroupilha, que iniciou com o CEPROVALE (Centro de educação profissionalizante), e que também teve nossa participação. São duas áreas (saúde e educação), que atraem centenas de pessoas para o município e representam muito para Santo Augusto e região.
Quais são suas principais metas e propostas para um possível segundo mandato?
A defesa de uma agricultura forte, gerando emprego e renda ao homem do campo sempre será uma prioridade para mim. Precisamos fazer com que se devolva mais em investimentos daquilo que o campo produz, da mesma forma, seguiremos com nossa luta por melhores serviços em telefonia e tarifas compatíveis para o usuário. Ainda há muito por fazer neste setor, como pressionar por mais investimentos nas cidades e principalmente no interior, que hoje está carente de sinal de celular e internet. Se quisermos que o jovem permaneça no campo, precisamos criar as condições necessárias para isso.
Como Coordenador da Frente Parlamentar em Defesa dos Consumidores de Energia Elétrica e Telefonia, também lutarei para mais investimentos em energia para o RS, que ainda é muito deficitário, principalmente no meio rural.
Seguirei ampliando as ações em favor das pessoas com deficiência, bem como vou lutar por melhores estradas, mais saúde, educação, infraestrutura. Buscarei garantir que as demandas da consulta popular sejam cumpridas. De uma maneira efetiva, vamos estar ao lado de Ana Amélia para permitir que o governo possa fazer as mudanças necessárias para que o Estado volte a crescer.
5- Estradas estaduais em precárias condições como a ERS-155 e outras na Região Celeiro, assim como falta de acesso asfáltico para as cidades de São Valério do Sul e Sede Nova. Como o senhor vê essas questões?
Vejo com tristeza e indignação, pois o atual governo trata com descaso estas importantes rodovias na região Celeiro, o que é uma vergonha. Por mais de oito vezes estive na Secretaria de Infraestrutura e no DAER, com as mais diversas lideranças da região, solicitando providências para a ERS-155, que, como todos sabem, está em condições precárias. Não tivemos nenhuma ação concreta, só promessas. A ERS 155 é uma rodovia que une regiões, que faz o transporte da produção primária, de estudantes, veículos e caminhões, portanto é uma estrada de fundamental importância para o desenvolvimento regional. Agora, o governo fez apenas uma maquiagem da rodovia, realizando a sinalização da mesma, o que é importante, mas não resolve o problema essencial, que é a condição de trafegabilidade. O mesmo vale para os acessos asfálticos de São Valério, Sede Nova, Nova Ramada e de tantos outros municípios, que seguem desprezados por um governo omisso. Esta realidade tem que mudar.
O PP nacional oficializou apoio ao PT para presidente. Aqui no Estado o partido estará com Aécio Neves (PSDB). Essa situação poderá dividir o eleitorado progressista gaúcho?
Faremos todo o esforço para que os progressistas estejam unidos. Temos um posicionamento claro aqui no Rio Grande do Sul, de que somos a favor de um governo federal que modifique o atual cenário do País, que vive uma série de desmandos protagonizados pelo governo do PT. Queremos um novo Brasil, que não é o do atual governo.
A decisão da cúpula nacional do PP foi arbitrária e sem consulta aos Progressistas, principalmente os gaúchos, de Santa Catarina, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goiás, que, liderados pela senadora Ana Amélia, se posicionaram contra o apoio a reeleição da atual presidente da república.
O PP gaúcho tem lado e este lado não é o do governo petista. Vivemos no País uma falência de valores éticos, morais e de família, que são princípios basilares para uma sociedade melhor. Precisamos resgatar estes valores, e seguir trabalhando por um Rio Grande e um Brasil melhor.