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Enchente em Porto Alegre está longe do fim, avaliam meteorologistas

Por Redação O Sul


Combinação de fatores pode causar maior demora na reversão do quadro. (Foto: Giulian Serafim/PMPA)

Com base em mapas climáticos, a empresa Metsul Meteorologia estima que a cheia do Guaíba está longe do fim em Porto Alegre. Embora o Guaíba tenha baixado para 5 metros no fim da noite dessa quarta-feira (8), uma combinação de chuva e vento devem prolongar a situação, incluindo novos momentos de elevação do nível da água.

“Nesta quinta-feira, por exemplo, vento sul no setor norte da Lagoa dos Patos e o ingresso de uma massa de ar mais frio vai gerar represamento, causando alta temporária ou reduzindo o ritmo de baixa das águas”, projeta a equipe. “O problema é o que vem depois. Superado o vento sul, o Guaíba tende a uma trajetória de baixa com menor vazão dos rios que desembocam na Capital. E esta vazão em queda não será duradoura”.

A chuva que se prevê nos afluentes até a segunda-feira (13) será excessiva, com volumes equivalentes a um ou dois meses de precipitação em apenas quatro dias, trazendo muita água ao Guaíba na semana que vem. Nos modelos analisados pela Metsul, isso sinaliza uma nova elevação das águas.

“Não bastasse, a chuva por vezes será forte na cidade, agravando os alagamentos devido ao comprometimento da macrodrenagem”, alerta. “A rede pluvial, saturada de água do Guaíba, será incapaz de absorver o grande volume de água da chuva em parte da cidade.”

O vento deve ser outro aspecto complicador. Com o ingresso de uma massa de ar frio de origem polar na semana que vem, de terça para a quarta-feira, haverá um vento sul forte, com nova alta do Guaíba. “Quando o vento sul sopra forte, o Guaíba pode subir até 50 centímetros em poucas horas”, finalizam os meteorologistas.

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