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Empresa de perícias reafirma que carta de suicídio foi forjada e reforça tese de homicídio da mãe de Bernardo

Odilaine Uglione tinha uma irmão, segundo investigação particular/Foto: Reprodução

 

Segundo a empresa contratada pela mãe da vítima, Sra. Jussara Uglione,Sewell Investigações e Perícias, após análise balístico, Perícia Grafotécnica e Grafológica, Análise Criminal, a mesma reafirma, além de reforçar a tese de homicídio, conforme a análise do conteúdo da suposta carta suicida, que o documento trazia informações inverídicas das quais pode-se destacar as seguintes:

Carta

“… dormimos, namoramos…”

Perícia

Conforme manifesta a responsável pela escrita da carta que “namoraram”, dita afirmação não procede, pois segundo levantamentos Odilaine Uglione estava separada de Corpos há mais de um ano de Leandro Boldrini que mantinha um relacionamento extraconjugal com Graciele Ugulini, já em conhecimento da vítima, fato confirmado mediante documento e depoimento de um detetive particular contratado pela vítima onde foi provado que o relacionamento do médico Leandro Boldrini e Graciele Ugulini teve início em 2009.

Carta

“… pediu a separação Perdi meu chão…”

Perícia     

Segundo a carta, a mesma ficou “sem chão” quando Leandro pediu a separação, mas consta e está documentado que Odilaine Uglione já havia efetuado um acordo de separação iniciado 30 dias antes, isto significa que há mais de trinta dias a vítima já sabia da separação, o que deixa sem nexo a mesma perder o chão ao tomar conhecimento de um fato que já era de pleno conhecimento e interesse de ambos. Mas, de fato, quem pediu a separação foi Odilaine Uglione.

Reforça a presente afirmação de nossa Análise o fato de que a vítima Odilaine Uglione contratou a ampresa de Mudanças, fato confirmado pelo dono da empresa a polícia.

Carta

“… o que é uma pessoa sem família?”

Perícia

De fato, Odilaine Uglione só não tinha Pai, mas ela contava com a presença da Mãe, filho e irmão, deixando expressamente claro que a existência do irmão era de total desconhecimento da autora da carta assim como também de muitaspessoas do convívio social da vítima. Mas sempre dentro deste relacionamento de irmãos existiu um contato constante por rede sociais e conversas telefônicas.

Carta

“… prefiro partir do que ver meu filho nas mãos de outras mulheres, meu amor em outros braços…”

Perícia

Conforme manifesta a autora da carta, ela “prefere partir a ver meu amor em outros braços”, esta frase denota pleno conhecimento por parte da autora das inúmeras traições de Leandro e da iminente separação.

Carta

“… Amo minha mãe sobretudo

Amo a Clarissa e sua família

Cuidem bem do BÊ!!!…”

Perícia

Nesta frase, fica claro que a autora da carta não tinha como figura principal o amor de Odilaine pelo seu filho Bernardo, deixando ele por último não manifestando seu amor por ele. Isto reflete o mais puro e absoluto sentimento que a autora da carta tinha pelo menor.

Fica expressamente suspeito a atitude de uma pessoa que supostamente está à beira do suicídio, desenhar símbolos que representam amor, felicidade e carinho como são os corações no início das frases.

Fazemos presente que em todo o material coletado para análise grafotécnico, em momento algum mesmo estando aparentemente feliz, ela procedeu a desenhar corações.

Carta

“… Favor cuidar meus tão amados animais até o fim da vida deles. Pois eles foram meus grandes companheiros…”

Perícia

Nesta frase, a autora da carta deixa mais uma vez claro que qualquer pessoa,inclusive os animais, estão por cima do amor de um filho, manifestando grande preocupação pelo estado dos animais até o fim das suas vidas e deixando de lado os cuidados e carinhos necessários a seu filho Bernardo.

Entenda a investigação

O inquérito policial arquivado pela Polícia Civil e a Justiça de Três Passos sobre a morte de Odilaine Uglione, mãe do menino Bernardo, só foi reaberto a pedido do Ministério Público depois que uma empresa criminalística forense, contratada pela família da vítima, concluiu que haveria uma terceira pessoa na cena do crime e que a carta de suicídio teria sido escrita por outra pessoa.

Conforme a Sewell Investigações e Perícias Criminais, na primeira etapa, os investigadores começaram a investigar o caso Odilaine em agosto de 2014. “Assim como nas fotos a cena do crime fala por si só, desde que vimos a cena do crime de Odilaine Uglione ficou claro que não era um “suicídio”, afirmou a empresa ao Três Passos News.

Ainda conforme a Sewell, foi feita primeiro a Perícia Balística, a que comprovou cientificamente que o fato reveste todas as características de Homicídio Premeditado. Posteriormente, foi realizada uma Perícia Grafológica que determinou que a autora da escrita apresentava sintomas de eurofia, alegria e satisfação, indicando que a mesma se beneficiaria positivamente de alguma forma com o resultado.

Segundo a Sewell, logo após foi realizado um exame Grafotécnico confirmando que a escrita não corresponde ao punho e letra da vítima. Consecutivamente, um perito com 30 anos de experiência no TJ do Rio Grande do Sul determinou que a escrita da carta correspondia à secretária do médico Leandro Boldrini. Juntadas todas as informações científicas, foi efetuado uma Análise Criminal que determinou toda a dinâmica dos fatos.

Ainda segundo a Sewell, na segunda etapa da investigação, foi determinada pela diretoria da empresa o envio de dois agentes à cidade de Três Passos com a missão de efetuar novos levantamentos, procurar novas testemunhas e obter novas provas que pudessem reforçar a investigação realizada pela Polícia Civil, logrando identificar os seguintes fatos: Detetive particular, Boletim de Ocorrência realizado pela vítima dias antes de sua morte, Possível tentativa de homicídio frustrado e Compra da casa e reforma efetuada pela secretária.

O inquérito policial sobre a morte de Odilaine Uglione foi reaberto no dia 21 de maio e está sob a responsabilidade do delegado Marcelo Lech, de Santa Rosa, que já ganhou novos prazos para concluir as investigações. O caso vem sendo acompanhado, paralelamente, pela Sewell Investigações e Perícias, que apontou através de perícias que a morte da mãe do menino Bernardo teria sido um suicídio forjado.

Entenda o Caso Odilaine

Conforme a polícia, Odilaine teria cometido suicídio dentro do consultório do pai de Bernardo, Leandro Boldrini, no dia 10 de fevereiro de 2010, em Três Passos. No inquérito policial, consta que ela comprou um revólver calibre 38 pouco antes de ir à clínica. Além disso, também há o registro de um bilhete em que a secretária do médico, Andressa Wagner, entregaria ao patrão, alertando sobre a chegada de Odilaine. O processo conta com depoimentos de testemunhas que estavam na sala de espera no dia da morte e com documentos referentes a uma possível divisão da pensão a ser paga após o processo de separação do casal.

Já a defesa da família Uglione alega que houve falhas na investigação da morte da mãe de Bernardo, entre as principais, estão divergências quanto ao exato local da lesão no crânio de Odilaine; existência de lesões no antebraço direito e lábio inferior da vítima; lesões em Leandro Boldrini; vestígios de pólvora na mão esquerda da vítima, que era destra; ausência de exame pericial em Boldrini, uma carta fraudada supostamente deixada pela mãe de Bernardo e a própria morte do garoto, que configuraria um fato novo.

Entenda o Caso Bernardo

Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril, em Três Passos. Dez dias depois, o corpo do menino foi encontrado no interior de Frederico Westphalen, dentro de um saco plástico, enterrado às margens de um rio. Foram presos o médico Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini e uma terceira pessoa, identificada como Edelvânia Wirganovicz. Evandro Wirganovicz, irmão de Edilvânia, também foi preso acusado de participar da ocultação do cadáver. Os quatro foram indiciados e irão a julgamento. Fonte: Três Passos News

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