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Em assembleia, professores decidem manter a greve na rede pública do RS

Sequência da paralisação teve 730 votos contra 691 em assembleia geral.

Categoria rejeitou a contraproposta do governo para a volta às aulas.

 

Os professores da rede pública estadual do Rio Grande do Sul decidiram manter a greve da categoria. Em votação realizada durante assembleia geral na tarde desta sexta-feira (24) no Ginásio Gigantinho, em Porto Alegre, a sequência da paralisação teve 730 votos, contra 691 favoráveis à volta às aulas.

A categoria rejeitou a contraproposta do governo estadual, após ter acrescentado algumas exigências às ofertas do Piratini, como a manutenção da gratificação por difícil acesso e a apresentação de um calendário para repor as aulas perdidas durante o período de paralisação.

A negociação teve início na sexta-feira da semana passada, dia 17, quando terminou a ocupação Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF), no Centro da capital gaúcha, por membros do CPERS/Sindicato, que representa a categoria.

"A única coisa que nós tivemos em todos esses 40 dias de greve até agora foi a questão do reenquadramento do difícil acesso e que não haveria corte de ponto. A categoria rechaçou essas propostas, portanto estamos agora conscientes de que tudo pode acontecer", disse a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer. "Agora é uma luta para fazer o governo mais rapidamente nos receber e restabelecer uma negociação, mas uma negociação verdadeira", acrescentou a docente.

 

Governo diz que cortará pontos

Por meio de nota, o governo afirma que cortará os pontos dos grevistas. No texto, o Piratini diz lamentar a decisão do sindicato, que considera "claramente política" e causada por "disputas internas". "Mesmo com baixa adesão, a paralisação prejudica principalmente os alunos e as famílias gaúchas", diz o texto.

Leia a íntegra da notaGoverno diz que cortará pontos

Por meio de nota, o governo afirma que cortará os pontos dos grevistas. No texto, o Piratini diz lamentar a decisão do sindicato, que considera "claramente política" e causada por "disputas internas". "Mesmo com baixa adesão, a paralisação prejudica principalmente os alunos e as famílias gaúchas", diz o texto.

1 – O governo do Estado lamenta que o Cpers tenha decidido manter a greve da categoria. Mesmo com baixa adesão, a paralisação prejudica principalmente os alunos e as famílias gaúchas. Trata-se de uma decisão claramente política. A sociedade não pode ser penalizada por disputas internas do próprio sindicato.

2 – Desde o primeiro dia de greve, que já dura mais de 40 dias, o governo do Estado dialogou de forma transparente com a categoria, informando que a grave crise financeira afasta, momentaneamente, qualquer possibilidade de reajuste salarial.

3 – Em pautas sem repercussão financeira, foram apresentadas propostas concretas à categoria, como a revogação da portaria que institui um grupo de trabalho para avaliar o Difícil Acesso e o prolongamento, até o final do ano, da discussão sobre o projeto de lei nº 44/2016.

4 – A partir da decisão de manutenção da greve, o governo do Estado tomará as medidas legais e administrativas cabíveis, inclusive com o corte do ponto dos grevistas, conforme determina a legislação em vigor.

G1RS

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