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Deputado Jerônimo Goergen fala sobre a conquista do Curso de Agronomia no IFFar, Campus de Santo Augusto

 

“O projeto nasceu para ser maior que interesses individuais e deve pertencer à comunidade santoaugustense. Passaremos, definitivamente, a ser uma cidade universitária e, atraindo para cá toda uma geração de conhecimento e crescimento econômico”.

 

– O curso de agronomia no IFAR, Campus de Santo, hoje uma realidade, terá início no primeiro semestre de 2018. Sua batalha foi intensa e persistente desde o início em torno desta demanda. Em síntese, como se deram seus pleitos e como o senhor se sente com essa importante conquista?

– Nossa cidade entra num novo patamar de desenvolvimento. Passaremos, definitivamente, a ser uma cidade universitária e, atraindo para cá toda uma geração de conhecimento e crescimento econômico. Isso vai repercutir diretamente na economia, através da geração de emprego e renda. A movimentação de estudantes, professores e servidores em geral vai proporcionar o aluguel de imóveis, a alimentação em restaurantes, o comércio nas lojas, o incremento na venda de combustíveis, entre outros itens.  A instalação de um campus universitário trará investimentos permanentes na expansão da infraestrutura, especialmente na construção civil. 

No entanto, acredito que os principais homenageados devem ser aqueles que, há anos, tiveram a visão de que este poderia ser um caminho para fazer a diferença e criaram a Fundaturvo e, em seguida, a Escola Técnica. Desde a origem, o curso de Agronomia era o grande objetivo. Em 2001, quando eu ainda trabalhava no Ministério da Agricultura, pude vivenciar e apoiar etapas importantíssimas lá em Brasília. Em vários momentos tivemos quem duvidasse, torcesse contra e até politizasse o assunto da Escola. Porém, o projeto nasceu para ser maior que interesses individuais e deve pertencer à comunidade santoaugustense. 

Quando cheguei em Brasília, na condição de Deputado Federal, já havia ocorrido a federalização e já era, portanto, Instituição de Ensino Profissionalizante, primeiramente sob a sigla IFF e hoje IFFAR. Comecei, então, a trabalhar para fazer a minha parte, fazendo com que o curso de Agronomia pudesse sair do papel. Tivemos várias reuniões no Ministério da Educação (MEC) e também em Santa Maria, no comando do Instituto.

Numa ocasião, lembro que fiz o anúncio direto da Capital, confirmando que, tecnicamente, estava tudo encaminhado. Mas ressaltei a necessidade de aquisição da área de terras para a realização dos experimentos, etapa fundamental para a concretização do projeto. Disse que, sem isso, teríamos um atraso na implementação do projeto. Essa declaração me rendeu duras críticas em Santo Augusto. Aliás, também fui duramente criticado quando também anunciei que o CNEC fecharia se não tivéssemos mais alunos. E isso só não ocorreu porque aceitei ser o interveniente e, assim, recuperamos um importante Centro Educacional que, com a mobilização da comunidade, voltou a crescer. E isso vai somar neste conceito de Cidade da Educação que transformaremos Santo Augusto.

Foi exatamente neste momento que assumiu a atual Direção do Instituto. E isto foi fundamental para que começássemos a perseguir efetivamente as etapas que levariam ao desfecho com o sucesso que estamos tendo. Em nome da Verlaine, é importantíssimo reconhecer a determinação e a prioridade dada a esta conquista. Tudo foi feito internamente nos aspectos técnicos e burocráticos para que o curso fosse aprovado. Fostes testemunha, pois reunimos eu, você e a diretora há uns três ou quatro anos, quando falamos da articulação que deveríamos fazer. A não aquisição da terra atrasaria a implantação, o que efetivamente deve ter ocorrido em cerca de dois anos. Optamos por não divulgar este risco naquele momento e a Verlaine conduziu a complementação do que tecnicamente faltava ser feito. Paralelamente, faríamos a mobilização junto ao poder público municipal, para adquirir a área de terras. O que infelizmente acabou não acontecendo para que o curso começasse já em 2016, o que poderia ter ocorrido. Até que, finalmente, a atual administração assumiu e cumpriu o seu papel. Não dava mais para esperar e a área está em vias de ser adquirida. A mim coube articular a liberação de novos professores e a ampliação da infraestrutura para o passo final.

Em 2015, apresentei emenda de minha autoria no valor de R$ 15 milhões, que foi aprovada para o Orçamento da União de 2016. Recordo que o professor Petenon, em um voo indo a Brasília, me avisava que, do total, estava aprovado o montante de R$ 5,3 milhões, valor que no final do ano foi executado depois de longa negociação com o governo.

Há alguns meses, em Brasília, organizei agenda com o Ministro da Educação, Mendonça Filho, levando a direção do IFFAR. De lá, saímos com as garantias de que, além dos mais de R$ 5 milhões que estão sendo aplicados, teremos o necessário do organograma programado, que ultrapassa outros R$ 10 milhões em novas salas de aula e demais construções para a finalidade educacional. Além disso, no mesmo dia, tivemos agendas na Embrapa e no Inmet, que nos sinalizaram com convênios importantes para fomentar ainda mais a capacidade de pesquisa do nosso IFFar.

Em resumo, esta não é a conquista de uma pessoa só, mas sim de toda uma comunidade que acreditou no sucesso. Os que duvidaram e partidarizaram fizeram os outros trabalhar mais para dar certo. E deu! A mim coube apenas uma parte desse trabalho. A última etapa era a liberação dos recursos finais para ampliação dos professores. E aí está a liberação. O que mais me motiva é poder rebater as críticas que recebi quando votei a PEC do teto de gastos públicos. Alguns diziam que eu acabaria com o IFFar. O que aconteceu foi o contrário. Agora, com as contas públicas organizadas, teremos mais recursos, principalmente para a saúde e educação. No que depender de mim é só um começo. Faremos muito mais para que o complexo IFFar seja cada vez maior.

Aproveito o espaço dessa entrevista para comunicar que, em reunião com a direção do nosso Bom Pastor, sugeri e garanti a colocação dos recursos para que possamos implantar a UTI. Se assim eles concordarem e entenderem que esta é uma prioridade. Gostaria muito de consolidar Santo Augusto como referência na Região, tanto em saúde como educação, porque assim sendo ganha toda a comunidade regional.

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