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Decisão Judicial manda soltar homem que baleou a Policiai Civil Laline Larratéa em Rio Grande

Em decisão judicial assinada pela Juíza Paula Cardoso Esteves, foi determinada a soltura de Anderson Fernandes Lemos, que no dia 1º de abril de 2022, baleou a Policial Civil Laline Larratéa na cabeça, durante o cumprimento de um Mandado de Busca e Apreensão, na cidade de Rio Grande. Em sua decisão, a Juíza desqualifica a acusação de tentativa de homicídio, alegando que o acusado tentou impedir que os policiais adentrassem em seu imóvel, não tendo, portanto, a intenção de matar, mas apenas impedir a execução do cumprimento da ordem legal. Com a desqualificação da tentativa de homicídio, o suspeito foi colocado em liberdade e não será julgado no Tribunal do Júri, com a constituição de um Júri Popular. Agora ele responderá, em liberdade, pelo crime de resistência à prisão, tendo seu julgamento realizado por um juiz, sem a participação de representantes do povo.

Com essa decisão, um homem que disparou vários tiros contra os policiais, atingindo na cabeça uma delas, estará solto nas ruas. Infelizmente, essa é a realidade que os (as) Policiais Civis gaúchos (as) enfrentam no seu cotidiano. Quando o próprio Judiciário não se coloca ao lado dos profissionais que arriscam as suas vidas para garantir a segurança da população, a sensação é de abandono total. Não bastasse a falta de reconhecimento do Executivo, que promove um arrocho salarial histórico à categoria, os (as) Policiais Civis têm que lidar com a falta de sensibilidade do judiciário, que manda soltar um criminoso que desfere uma série de tiros contra policiais que estavam cumprindo uma ordem expedida por esse mesmo Judiciário.

O Presidente da UGEIRM, Isaac Ortiz, presta sua solidariedade à colega Laline Latérrea e a todos os policiais que participaram da Operação. “Queremos dizer que continuaremos ao lado desses policiais, em particular da Laline, que foi baleada quando cumpria seu dever perante a sociedade gaúcha. Quando o judiciário age dessa forma, não é apenas os Policiais que estão sendo desrespeitados, mas toda a sociedade. O próprio Judiciário é desrespeitado, pois esses policiais estavam cumprindo uma ordem judicial, quando foram alvejados. A UGEIRM estará em Rio Grande, para acompanha presencialmente a situação e prestar a sua solidariedade a esses colegas. A nossa categoria não vai se calar. Vamos cobrar justiça para o criminoso que atingiu a nossa colega. Quando um policial é atingido, toda a sociedade é atingida junto. Ao não punir de forma exemplar esse criminoso, o Judiciário está, de forma tácita, dando carta branca para que mais policiais sejam alvejados”, alerta Isaac Ortiz.

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