Personagem da Semana
João Batista dos Santos, conhecido como Cabo João, 59 anos, esportista, ex-jogador de futebol profissional e instrutor em escolinha de futebol para crianças e adolescentes é o nosso “Personagem da Semana”. Desde cedo, ainda na adolescência, sem base em escolinha, João foi atrás de seus objetivos. Concorreu em várias peneiras, nunca se classificou, mas persistiu. Aos 20 anos, encaixou no São Luiz de Ijuí, onde iniciou na carreira profissional. Na sequência, jogou em outros clubes, entre eles, Palmeirense, Dínamo de Santa Rosa, Passo Fundo, SER Santo Ângelo, Oriental de Três de Maio e Grêmio Santanense. Conquistou sete acessos para a primeira divisão de profissionais. A sua satisfação é imensurável quanto à participação que teve no futebol. Ele se diz gratificado e comemora ter jogado contra Taffarel, Paulo Nunes, Jardel, Cuca, Adilson, Goiano, Fabiano, Christian, entre outros famosos no futebol, no Beira Rio lotado, na disputa de uma semifinal e no Olímpico. Abandonou o futebol profissional aos 37 anos, em razão da idade. No início do ano seguinte, 2001, a convite, passou a trabalhar no setor de esportes da Prefeitura de Santo Augusto, instruindo e ensinando teorias e práticas do futebol a crianças e adolescentes. Não demorou, fundou a Escolinha de Futebol “Centro Esportivo Santo Augusto”, onde, por 20 anos, se dedicou a treinar, orientar, ensinar e disciplinar crianças e adolescentes, oportunizando que convivessem em grupo, com pessoas e ideias diferentes, que aprendessem a lidar com adversidades e que mantivessem a consciência de que têm, além de direitos, obrigações. “Tudo isso faz a diferença, não tem como não ter orgulho de desenvolver um trabalho social dessa dimensão. Isso é o que importa, é muito maior do que qualquer compensação financeira”, assegura Cabo João. Cerca de 2.500 crianças e adolescentes, uma média de 120 ou 130 por ano, passaram pela Escolinha nesse período, sendo que mais de 15 ali formados hoje são atletas profissionais, com passagem por importantes clubes do Estado e do País, alguns no Exterior, um fazendo parte da seleção brasileira de futsal. Em sua trajetória como instrutor de futebol, João trabalhou também na Prefeitura de Redentora e, há 11 anos, presta seus serviços na Prefeitura de Coronel Bicaco.
Ao desativar a Escolinha há dois anos, passou a integrar a equipe de instrutores de futebol no grande projeto social “Formando Cidadãos Através do Esporte”, desenvolvido junto à Associação Esportiva Botafogo por Clovis Smaniotto, onde são atendidas mais de 240 crianças de 6 a 15 anos.
Com a experiência acumulada na área, João não se cansa de enaltecer esse Projeto Social e seu idealizador e se diz orgulhoso por ter sido convidado a participar da iniciativa. “É uma oportunidade que foi dada para a gurizada, um projeto social sem igual em Santo Augusto, Região e talvez no Estado. Um projeto social dessa magnitude na atividade esportiva, em especial no futebol, 100% gratuito, oportunizando preferencialmente às classes mais pobres, sem condições de pagar mensalidades, não é para qualquer um”, elogia. E, por fim, avalia que “além do acesso ao esporte e lazer, o projeto oportuniza a descoberta de talentos, acolhe crianças que, por circunstâncias diversas, poderiam estar na rua. É um trabalho de grande relevância social e espessura cultural a partir do seu impacto no cotidiano das pessoas”.
Fazer o bem, bem
Sou fã de Dom Jaime, arcebispo metropolitano de Porto Alegre. Gosto de seus artigos, suas entrevistas, seus sermões na missa. Um dia destes li uma entrevista que ele deu a um jornal, onde, consternado com o ataque na escola em Santa Catarina disse: “Estamos vivendo uma espécie de esgarçamento do tecido social. Isso se tornou ainda mais contundente nos últimos anos. As redes sociais são terra de ninguém. Por trás do anonimato, expressa-se o que de pior o ser humano é capaz. Isso tem repercutido negativamente em todos os setores. Poucos se interessam em considerar o que está sendo dito. Apenas dizem: ‘Eu vi na internet e pronto, acabou’, e isso passa a ser quase um dogma. A frase maldosa e a palavra de ódio reverberam e causam muito mal. Precisamos resgatar a dimensão do diálogo, da compreensão. E aconselha: A maior contribuição que cada um de nós pode dar é, de alguma forma, colaborar para deixar a sociedade melhor para as futuras gerações, independentemente de pertença religiosa, de partido político, de raça, de qualquer coisa. Fazer o bem, bem. Sem distinção. Isso está ao alcance de todos, católicos ou não”.
Culpados da delinquência
A psicologia aponta 8 motivos pelos quais os pais são os culpados de os filhos virarem delinquentes: 1-Pai que dá ao filho tudo o que ele pede: A criança crescerá pensando que tem direito a tudo que desejar. 2-Pai que ri quando o filho fala palavrões: A criança crescerá pensando que o desrespeito é normal e engraçado. 3-Pai que não repreende por mau comportamento: A criança crescerá pensando que não existem regras na sociedade. 4-Pai que limpa a bagunça do filho: A criança crescerá pensando que os outros podem assumir suas responsabilidades. 5-Pais que deixam de assistir TV porque o filho grita quando tira do desenho: Crescerá pensando que não há diferenças entre adulto e criança e que para conseguir o que quer, basta dar piti. 6-Pais que deixam que os filhos ouçam músicas que vulgarizam a mulher, estimulam o sexo sem compromisso e a violência contra o diferente: Não precisa nem dizer o que vai resultar, né? 7-Pais que dão aos filhos dinheiro a hora que querem: Crescerão pensando que dinheiro é fácil e não hesitarão em pegar quando não conseguirem. 8-Pais que se colocam sempre a favor do filho, independentemente de estar certo ou errado: Crescerá acreditando que os outros o perseguem quando for contrariado. A Bíblia diz, em Eclesiástico 30.1: “Aquele que ama seu filho, castiga-o com frequência, para que se alegre com isso mais tarde, e não tenha de bater à porta dos vizinhos”.
Os bons são preteridos
Jerônimo Goergen (PP), foi deputado estadual por dois mandatos (2003/2011) e federal por três mandatos (2011/2023). Não tenho dúvidas em afirmar que como deputado federal, ele foi um dos melhores, senão o melhor, sempre dedicado, atuante, correto e verdadeiramente comprometido com o desenvolvimento socioeconômico cultural. Só que esse perfil de bom político desagradou e causou ciumeira a determinadas lideranças correligionárias, em nível estadual e federal. Aos poucos foram lhe puxando o tapete e lhe desbancando da intenção de ser candidato a governador do Rio Grande ou Senador da República. É assim na política brasileira, quem não lê pela cartilha da velha política do jeitinho, do levar vantagem em tudo, do iludir eleitor, é preterido, escanteado. Desiludido, porém convicto de sua postura digna e leal, decidiu abandonar a política.
Saiu com dignidade
Jerônimo deixou a política e saiu de cabeça erguida, com a certeza do dever cumprido. O ex-deputado, como já vi escrito em um jornal semana passada, saiu da política e não precisou de nenhuma “boquinha” ou “teta” para tocar adiante a sua vida particular. E mais: abriu mão de sua aposentadoria como parlamentar a que tinha direito. Em 2007, Jerônimo abriu mão de ser secretário estadual da agricultura no governo Yeda Crusius (PSDB), por discordar do pacote de medidas que a tucana pretendia implantar na largada de sua gestão, inclusive com aumento de impostos. Mas o grande legado construído e deixado por Jerônimo enquanto parlamentar, foram os projetos do Código de Processo Civil, a Lei da Liberdade Econômica e o Documento Eletrônico de Transporte – o DT-e.
Prova do prestígio
Todos viam em Jerônimo uma grande força política Progressista no Rio Grande do Sul, menos os correligionários ciumentos, aliás, os mandachuvas. Uma grande prova do prestígio do ex-deputado foi a presença dia 11 de novembro de 2017, aqui em Santo Augusto, de mais de duas mil pessoas, entre correligionários políticos (vereadores, prefeitos, vice-prefeitos, secretários municipais, dirigentes partidários, militantes, admiradores) vindos de 218 municípios dos quatro cantos do Rio Grande do Sul, para um ato de prestação de contas do mandato de Jerônimo Goergen. Ergue a mão aí quem puder apontar outro deputado gaúcho que já demonstrou tamanho prestígio. Cadê?
O triunfo da corrupção
Na cabeça do governo Lula, não existe corrupção no Brasil, o país segue às mil maravilhas, voltando ao padrão de antes da Operação Lava Jato. Não se fala em combate à corrupção, nada, não existe um ministério, uma secretaria com essa função, o problema da corrupção é solenemente ignorado. A taxa de juros mais alta do planeta reflete perfeitamente o sumidouro de dinheiro público da corrupção sistêmica do governo. Lula deveria aproveitar que não tem mais nada a ganhar nem a perder na vida pública e dedicar seu mandato a combater a corrupção. Acabar com o orçamento secreto, as emendas parlamentares, mandar prender os ministros corruptos, acabar com as nomeações políticas para cargos técnicos, parar de aparelhar as empresas do Estado com companheiros corruptos e incompetentes. Claro que nada disso vai acontecer, ao contrário, a roubalheira generalizada vai aumentar, os partidos políticos serão perdoados, o Brasil vai continuar sendo um dos países mais corruptos do mundo.