Paradoxo do brasileiro
Se fosse feita uma enquete, sem dúvidas, mais de 90% dos eleitores brasileiros diriam que são contra a corrupção. Ficariam de fora apenas os corruptos assumidos. Sim, porque os não assumidos como é o caso do Lula, apesar das provas irrefutáveis contra ele, nunca assumiu seus atos de corrupção, e agora, com a maior desfaçatez promete que, se for eleito, vai combater a corrupção. Mas nem precisa. O fato de Lula ter sido o mais votado no 1º turno, com mais de 57 milhões de votos, nos dá a certeza do paradoxo político brasileiro. O eleitor diz que não gosta, mas na verdade tem preferência por corruptos. O quesito corrupção perdeu relevância. Lula foi condenado por nove juízes, em três instâncias, e teve suas sentenças anuladas porque, segundo o STF, o julgamento não deveria ter começado em Curitiba, mas em Brasília. Mas não esqueçamos que os processos do ex-presidiário não foram anulados por mérito, mas pelo “CEP”, por um formalismo e uma filigrana jurídica. Isso mostra que não apenas a Lava Jato foi anulada, mas toda a moral de parte dos brasileiros foi rebaixada. Por ora, ganhou a corrupção.
Aliás
Lula tenta enganar a população dizendo ter sido inocentado. Mas, como disse o ministro aposentado do STF, Marco Aurélio: “Ele não foi absolvido, os processos foram anulados a partir de uma visão, a meu ver, equivocada do Supremo, que resolveu ressuscitar politicamente o ex-presidente”. Lula é sem escrúpulo, velhaco. Se mente e ilude agora, imagina se for presidente, se voltar à cena do crime, como disse seu vice Geraldo Alckmin.
Nem-nem
Com a aproximação da eleição, segundo turno, a expressão “nem-nem” referente aos jovens que não estudam e nem trabalham, agora foi adaptada para designar eleitores que não querem nem Lula nem Bolsonaro. Muitas pessoas se negam a votar tanto em um quanto no outro, considerando-os “iguais” ou com defeitos da mesma magnitude. Quanto ao petista, dois gigantes escândalos de corrupção marcaram sua trajetória como presidente e na política. O primeiro foi o mensalão, esquema em que o Partido dos Trabalhadores (PT) comprava votos dos parlamentares para apoiar o governo Lula, com recursos desviados de contratos de publicidade superfaturados, descoberto em 2005. Depois, o Petrolão, esquema de corrupção na Petrobras e em outras empresas estatais que ocorreu entre os governos de Lula e de sua sucessora Dilma Rousseff.
Como funcionava?
O Petrolão incluía a cobrança de propina de empreiteiras; superfaturamento de obras para encher os cofres de partidos, funcionários das estatais e políticos; lavagem de dinheiro; evasão de divisas, etc. Por causa do Petrolão, e do recebimento de propinas em obras em um sítio e no famoso triplex do Guarujá, Lula ficou preso por quase 2 anos. Ele foi condenado em três instâncias por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. E apesar de ter sido julgado e condenado por 9 juízes, está solto graças a anulação de suas sentenças pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). Não há escândalo de corrupção equiparável no governo Bolsonaro ou na história do Brasil.
Não é gafe, é preconceito
Quando o assunto são pautas politicamente correta e respeito ao próximo, tópico em que Bolsonaro costuma ser julgado negativamente, Lula se sobressai. Em 2000, Lula escandalizou o país ao chamar a cidade de Pelotas de “exportadora de viado”. Em julho de 2009, Lula também disse que “não tem coisa mais fácil do que cuidar de pobre” no Brasil. “Com dez reais, o pobre se contenta…”. Lula disse ainda que mulher “tem que ser submissa a um parceiro porque ela gosta dele e quer viver junto com ele”, em 2010. Se essa frase tivesse sido dita por Bolsonaro, com certeza, ele seria chamado de machista e misógino. Quando é Lula que fala, é apenas uma gafe. Ou preconceito?
Policial não é gente
Este ano, Lula disse que Bolsonaro “não gosta de gente, gosta de policial”. Como se os policiais não fossem pessoas, gente… O seleto conjunto de frases de Lula, que também poderiam ser classificadas como preconceituosas é grande, enorme, mas boa parte da imprensa e dos especialistas prefere ignorar.
Reflita bem e vote
É intrigante Lula não ser julgado com o mesmo rigor que Bolsonaro por suas falas. Pelo visto, não interessa o que se fala, mas quem fala. Lula tem carta branca para ofender quem quiser. Tudo fica como mera gafe ou brincadeira infeliz. Ainda assim, se você considera os dois candidatos iguais ou com defeitos similares, será que isso basta para se ausentar das eleições, ou comparecer e anular seu voto ou mesmo votar em branco? Claro que não. O voto é o único meio de participação. Não se omita, faça sua escolha.
Que sinceridade!
O Partido dos Trabalhadores (PT) governou o país por 14 anos – oito de Lula e seis de Dilma Rousseff. Agora assunte para o que disse Lula no discurso, dia 5, em São Bernardo do Campo, ao criticar Bolsonaro: “Meu adversário disse que ganhei as eleições porque o povo nordestino é analfabeto”. “As pessoas que são analfabetas não são analfabetas por sua responsabilidade. As pessoas que são analfabetas ficaram analfabetas porque este país ‘nunca teve’ um governo que se preocupasse com a educação”. Que sinceridade! Durante os 14 anos de gestão do PT, o Brasil esteve entre os oito mais mal colocados no ranking do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), atrás de Trinidad e Tobago, Costa Rica, Qatar, Colômbia e Indonésia. O Brasil ficou na 63ª posição, entre as 70 nações avaliadas nessa disciplina em 2015. Claro que não era intenção de Lula admitir os maus governos petistas, mas enfim admitiu. Ponto.
PP oficializa apoio a Onyx
Segunda-feira (10), o Progressistas do RS oficializou o apoio da legenda ao candidato Onyx Lorenzoni (PL) neste segundo turno. No encontro, junto com lideranças do PP estava Luis Carlos Heinze, quarto colocado na disputa de primeiro turno. O senador entregou a Onyx seu programa de governo. Havia a expectativa de que o PP viesse a apoiar o oponente de Onyx, Eduardo Leite (PSDB), em virtude de que ao longo do mandato de Leite, o partido integrou o governo e foi peça fundamental para aprovação dos projetos do Executivo na Assembleia Legislativa, já que Frederico Antunes (PP) assumiu a liderança do governo na Casa e Silvana Covatti (PP) ocupou o cargo de secretária da Agricultura. Contudo, o PP se manteve fiel à sua linha ideológica de direita.
PT tenta atrair o tucano
Sem alimentar grandes expectativas de uma declaração de voto do ex-governador Eduardo Leite (PSDB) no ex-presidente Lula (PT), lideranças petistas do Rio Grande do Sul tentam atrair o tucano para uma postura mais clara de oposição ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Até agora, buscando disputar o eleitorado bolsonarista com o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL), Leite tem evitado acenos a Lula e críticas explícitas a Bolsonaro, sob o argumento de que nenhum dos presidenciáveis “resolverá os problemas dos gaúchos”. Na tentativa de atrair Leite, os ex-governadores petistas Tarso Genro e Olívio Dutra já declararam apoio e abriram voto ao tucano Eduardo Leite.
Apoios a Bolsonaro e Onyx
Neuza (de camisa verde, ao centro) declarou voto em Bolsonaro e Onyx
Segunda-feira (10), a ex-primeira-dama do Rio Grande do Sul e ex-secretária da Educação, Neuza Canabarro, esposa do ex-governador Alceu Collares (PDT), reuniu em sua residência cerca de dez mulheres das fileiras trabalhistas e, juntas, vestidas de verde e amarelo, anunciaram apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) à presidência da República e ao candidato Onyx Lorenzoni (PL) ao governo do estado. Na ocasião, Neuza gravou um vídeo em que diz: Estamos aqui reunidas para, no dia 30, votar 22 para governador, 22 para presidente da República, porque é o melhor pro país e pro Estado do Rio Grande do Sul. Quando Neuza termina, todos batem palmas e fazem o símbolo do número “22” de Onyx e Bolsonaro com os dedos erguidos. Neuza informou que o ex-governador Collares não se manifestou porque está com problemas de saúde.
Paraná pesquisas no RS
O candidato Onyx Lorenzoni (PL) tem 52,7% dos votos válidos, contra 47,3% do candidato Eduardo Leite (PSDB), em rodada de sondagem do Paraná Pesquisas sobre o segundo turno da disputa ao governo do Rio Grande do Sul. Com margem de erro de 2,5 pontos para mais ou para menos, os candidatos estão em cenário próximo de empate técnico. Foram ouvidas 1.540 pessoas entre os dias 3 e 4 de outubro. O nível de confiança é de 95%. A sondagem foi registrada no TSE com o número RS-09299/2022 e contratada pelo PL, partido de Onyx.