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CRÔNICAS CURTAS – Indefinição da militância do antigo DEM, em Santo Augusto; Potenciais candidatos; Lamúrias do secretário; Ignorado em Brasília

União Brasil negocia com PP

Nascido da fusão entre o DEM e o PSL, o União Brasil (UB) conquistou três ministérios no novo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas resiste a integrar oficialmente a base no Congresso. Ao mesmo tempo que enfrenta fortes disputas internas, o partido negocia uma federação com o Avante e o PP, sigla do presidente da Câmara, Arthur Lira. Se a articulação for concretizada, a legenda ampliará significativamente sua influência no Legislativo, cuja “independência” projeta mais dificuldades para a governabilidade do Planalto. Na Câmara, o UB é dono da terceira maior bancada, com 59 deputados. Eventual federação com o PP e o Avante, poderá resultar numa representação com 115 deputados. Hoje, o PL detém a maior bancada, 99 parlamentares. Além de contrariar interesses do PT, a participação do UB no governo desencadeou uma crise interna que ameaça interditar, na prática, o apoio da bancada à agenda parlamentar do Executivo.

Eu não sei pra onde vou…

Parece ser esta a situação atual das lideranças, filiados e militantes do extinto DEM de Santo Augusto. Estão sem saber para onde ir. Há um ano da fusão do DEM com o PSL, que resultou no atual União Brasil, eles ainda não decidiram se aderem à nova sigla, ou ao PL do ex-presidente Bolsonaro, ou ao PP, sigla de onde é originária a grande maioria dos integrantes do antigo Democratas. A prefeita Lilian, eleita pelo DEM, durante a campanha presidencial de 2022 demonstrou publicamente grande simpatia pelo PL, havendo até cogitação de estar criando e liderando o partido aqui no município. Por alguma razão, acabou silenciando e não indo a lado algum e, com isso, desmotivando o grupo que a seguia. Essa indefinição pode estar empurrando o grupo a migrar para o PP.

Ao estilo antiga “Aliança”

Caso venha acontecer de os militantes políticos oriundos do extinto DEM enveredarem para o PP, antevejo o fortalecimento e a volta do Progressistas ao protagonismo político em Santo Augusto, com a grande possibilidade de entendimento entre os diversos segmentos políticos, ao estilo da antiga “Aliança por Santo Augusto”, unindo PP, MDB, PSDB e, inclusive, o novato PSD, cuja direção e maioria dos filiados vieram do PP. Parece simples, mas não é. Os egos são muito aflorados entre os velhos cascudos de ambas as siglas citadas. Além disso, foram muitos anos de Aliança, cujo convívio, apesar de muito trabalho e bons resultados em prol do município, trouxe ranzinzas internas, divergências de ideias e interesses, e com isso dispersões de militantes e de lideranças. São arestas a serem aparadas. E, sem desprezo à experiência e liderança da militância raiz da antiga aliança, a reaproximação só se concretizará se for com novas cabeças. Aliás, nesse sentido, acho que o PP já deu a largada, colocando Ivo Oliveira na presidência da sigla, uma importante liderança capaz de boas articulações políticas.

Potenciais candidatos

Visando as eleições municipais do ano que vem, o primeiro nome já surgiu em Santo Augusto como pré-candidato a prefeito. Ele é do Progressistas (PP), e vastamente conhecido e integrado à comunidade. Trata-se do conceituado médico Mário Polo, que anunciou publicamente “ter colocado seu nome à disposição do partido”, enfatizando que “sua vontade é ser candidato a prefeito”. É uma liderança que nunca concorreu a cargo eletivo, porém, há muito, vem participando com ideias, opiniões e em decisões políticas e administrativas. Quanto ao MDB, arrisco-me a dizer que o vereador Omar Santi é uma promessa respeitável e promissora para concorrer a prefeito. Acredito que ele vislumbre esse caminho. Tem potencial. Do lado da situação, na linha do governo municipal, o vereador Horácio Dornelles (PDT) nunca negou ter interesse em ser prefeito de Santo Augusto. Creio que 2024 será a sua vez de concorrer a prefeito pela sigla. Horácio está no sexto mandato de vereador, por isso, se diz conhecedor e capaz de administrar o município, e até já externa ideias e metas caso chegue lá. Obviamente, outros nomes aparecerão, mas os citados são os potenciais candidatos do momento.

Aliás

Vejo como inteligente a postura do médico Mário Polo quando a mais de um ano e meio da eleição, olha para os quatro cantos do município e para a sua gente e diz: “eu quero ser candidato a prefeito, já coloquei meu nome à disposição do partido”. Isso é brilhante, é corajoso, é determinação, é não ter medo, é se apresentar de cabeça erguida, é preparar o terreno para construir.  Destaque-se o vereador Horácio (PDT) que também adota a mesma postura.

 A melhor sacada

Espera-se que o Dr. Mário, caso se candidate e seja eleito prefeito, não recue da ideia de que a ‘participação da comunidade aponta caminhos a serem seguidos’ e por isso as decisões importantes devem ser populares. Parece um sonho, porque não é isso que se vê nas administrações públicas em geral, apesar de os políticos encherem a boca para dizer que tal decisão só foi tomada após ouvir a comunidade. Isso não é verdade. No máximo eles fazem a tal de audiência pública que reúne um minguado de pessoas, só para ouvir o que já estava decidido. É que a maioria dos detentores de cargos políticos, sejam cargos eletivos ou de confiança, têm a equivocada ideia de que “eles sabem tudo e os munícipes não sabem nada”. É um grande erro que cometem. Presume-se o inverso, carente de inteligência é quem subestima o munícipe. Ainda mais em municípios pequenos, ouvir opiniões dos munícipes é a melhor sacada para uma boa gestão e melhor atendimento das necessidades da comunidade.

 Lamúrias do secretário

No final do ano, mais precisamente no dia 29 de dezembro, o secretário de Obras da prefeitura de Santo Augusto, Valdomiro de Lima, e equipe, em entrevista radiofônica, fez uma ‘prestação de contas’ do trabalho desenvolvido durante o ano. No final ele queixou-se por não mais existir na pasta a figura do coordenador de Obras, Serviços Urbanos e Trânsito, e do coordenador de Obras, Viação e Serviços Rurais, cargos que, em 2018, foram julgados inconstitucionais pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça do RS. O secretário lamenta que sem os coordenadores, se vê sozinho na coordenação geral do órgão que tem permanentemente uma demanda muito elevada. Contudo, ressaltou o excelente trabalho de dois servidores deslocados de outros setores para auxiliá-lo, uma (a Ivanete) nos serviços urbanos, e outro (o Luiz) nos serviços rurais. As lamúrias do secretário procedem, afinal, mesmo sendo a pasta de maior complexidade na estrutura municipal, o setor de obras é tratado como o ‘primo pobre’, inclusive pela legislação.

Opinar não custa nada

Sobre a Secretaria Municipal de Obras, em especial a conservação/manutenção das estradas, já opinei aqui que a melhor saída seria a terceirização de pelo menos as principais vias do interior. Agora, não se pode ignorar as queixas do secretário sobre não ter mais as coordenações, urbana e rural. Por isso, arrisco outra opinião, e já que é assunto de interesse de praticamente todos os munícipes, que tal abraçar a ideia, pressionar e levar o assunto adiante. Nem é sugestão, apenas opinião: Desmembrar a Secretaria de Obras em duas. 1 – Criar a Secretaria de Desenvolvimento Urbano, Obras e Trânsito (atenderia, com exclusividade, todas as demandas de competência da Prefeitura na área urbana). 2 – Fazer uma fusão da atual Secretaria de Obras e a Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente, CRIANDO a Secretaria de Desenvolvimento Rural (atenderia, com exclusividade, todas as demandas de competência da Prefeitura no meio rural), nos moldes do que é feito em Ijuí.

E chamam de avanço

Na primeira reunião após terem emendado o feriado de carnaval, os senadores decidiram se autoconceder semanas reduzidas de trabalho (somente terça, quarta e quinta-feira), à tarde. Também instituíram o mês de três semanas. Ou seja, na prática, o senador só precisa trabalhar nove dias em um mês. O salário atual dos senadores é R$ 39,2 mil, mas a partir de abril o valor saltará para R$ 41,6 mil devido ao reajuste definido no final do ano passado. Felizes, os senadores classificam a medida como um “avanço”. O Brasil tem o segundo Congresso mais caro do mundo. A soma de toda a verba que os parlamentares efetivamente recebem inclui salário mensal, auxílio-moradia e direito a ressarcimento integral de suas despesas com saúde (benefício que é estendido ao cônjuge e dependentes com até 21 anos de idade), passagens aéreas, hospedagem, combustível e outras despesas, além de verba para contratação de pessoal. O gasto com cada congressista, segundo pesquisa da UFMG, corresponde a 528 vezes a renda média dos brasileiros. Estamos, definitivamente, na mão das traças. E sem ter a quem recorrer.

Ignorado em Brasília

O governador Eduardo Leite, que tinha audiência marcada com o presidente Lula para quinta-feira (01), foi a Brasília e, já no final da tarde, sem explicação alguma foi informado que Lula não iria recebê-lo. Tentou o chefe da Casa Civil e lá também não foi recebido. Tentou com o ministro das Relações Institucionais, mas não obteve êxito. Consta que o assunto de Leite seria sobre a estiagem no Estado. Quem diria! Leite empenhou-se tanto pela eleição de Lula, e agora bateu com a cara na porta. Nem Lula nem ministros, ninguém quis saber de recebê-lo. Estiagem? Que nada!

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