Feliz aniversário
Hoje é aniversário dele, do importante veículo de comunicação impressa da região, o nosso jornal “O Celeiro”. Fundado em 05.03.1970, por Benno Adelar Breitenbach, na cidade de Três Passos, o jornal O Celeiro completa hoje, 05.03.2021, “51 anos de existência”. Adquirido pelos empreendedores Pedro Valmor Marodin e Eugênio Frizzo, em 1989 o jornal O Celeiro passou a ter como sede a cidade de Santo Augusto, sempre com o firme propósito de servir a comunidade regional, com a qual se identifica. Hoje, sob a direção de Renato Marodin, o jornal O Celeiro conta com uma tiragem de 3.300 exemplares, 2.500 assinaturas, dez colaboradores, e circula em doze municípios da Região Celeiro. Ao celebrar a data, a direção e colaboradores exaltam a função social do jornal e a certeza de sempre ter estado atento, destacando e divulgando assuntos de interesse geral da comunidade regional.
A propósito
O jornal O Celeiro, como instrumento transmissor de notícias junto à comunidade, vê brotar da história e dos fatos cotidianos o cumprimento de sua missão humanizadora a partir da notícia que veicula, contribuindo no aperfeiçoamento da sociedade, nas reflexões e no auxílio do processo de democratização das ideias, conceitos e estruturas vigentes.
Parece que caiu a ficha
Demorou quase um ano, mas parece que finalmente os jovens, não todos, mas a maioria, deixaram cair a ficha e já aparentam receio do coronavírus. Estão com medo de sair, se aglomerar, fazer festas, curtir a praia, mostrar que são de coragem. Quem diria? Como diz Paulo Germano: Fica difícil se sentir onipotente com o bafo da morte arranhando a nuca. Ainda bem que esses jovens egoístas, e também outros céticos que teimavam a achar que era só uma gripezinha ou nem isso, despertaram para o massacre cruel que a covid-19 vem fazendo lá, acolá e aqui, provocando sofrimentos, mortes e desespero, não só dos infectados e familiares, mas o choro e desespero de médicos e demais profissionais da saúde envolvidos no combate ao coronavírus, que numa reação desesperada deram uma sacudida no emocional da população em geral. Portanto, acordemo-nos, todos, não são mais só pessoas idosas, obesas, diabéticas, soropositivas que correm risco, a covid está pegando também, com força e ferocidade, pessoas na faixa dos 50, dos 40, dos 30 anos de idade e até mais jovens. E as equipes de saúde trabalham sob pressão. A rotina desses profissionais está repleta de estresse, apreensão, incerteza e medo. Faça sua parte, evite aglomeração e siga os protocolos.
A corrupção venceu
Sete anos da Operação Lava Jato, período em que o Brasil foi o contrário do Brasil de sempre. No Brasil da Lava Jato, os políticos e corruptos em geral, de todo porte e espécie, se arriscavam a ir para a cadeia. Foram presos um ex-presidente da República, o dono da maior empresa de obras públicas do país, governadores de Estado, um ex-presidente da Câmara dos Deputados e por aí afora. Foram R$ 15 bilhões devolvidos pelos corruptos aos cofres públicos, dinheiro que tinham surrupiado. Em qualquer país sério, é precisamente assim que as coisas se passam; lei é lei, tem que ser aplicada para todos. Só que no Brasil não é assim. Demorou sete anos, mas a “corrupção organizada” venceu. Há duas semanas a operação Lava Jato foi dissolvida oficialmente, por ordem do procurador-geral da República, o homem escolhido pelo presidente Bolsonaro. Incrível: O chefe dos investigadores decide que é proibido investigar.
O bando contra Moro
A Lava Jato sempre foi a principal inimiga dos que mandam no Brasil: gente da política e do governo, seus parentes e amigos, empreiteiros de obras, fornecedores do Estado, donos de empresas estatais, altos barões do Judiciário e empresários que vivem do Tesouro Nacional. Todos, nesse bonde, têm natural rejeição à honestidade. Durante a Lava Jato, possivelmente pela vez primeira, a Justiça e o aparelho de Estado brasileiros consideraram que roubar dinheiro público era ilegal. Mas eles voltaram à vida de sempre, naturalmente. Enterrar a Lava Jato sempre foi o objetivo número 1 das elites brasileiras, seja no governo Lula-Dilma, no governo Temer, no governo Bolsonaro, a cujo procurador-geral, no fim, coube a grande honra de dar o tiro de misericórdia. Agora, tentam inverter os papéis, e o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro, que com honradez combateu a corrupção, será um homem de sorte se não acabar preso. No Brasil é assim: “fazer certo é errado”, e vice versa. E os corruptos seguem a festa.
Dia Internacional da Mulher
Na próxima segunda-feira, 8 de março, será comemorado o Dia Internacional da Mulher. Na verdade, dia da mulher deveria ser todos os dias, mas o 8 de março é data referência para se prestar homenagem à todas as mulheres que no dia a dia lutam, trabalham, estudam, conquistam, criam filhos. Todos nós temos uma mulher muito importante em nossas vidas, pode ser a mãe, esposa, filha, irmã, enfim, não há ser humano que viva sem as mulheres. Mulher é símbolo da humanidade, coautora de tudo. Coparticipante de tudo. A mulher não é um ser inferior, nem de segunda classe. A mulher, por sua natureza, matriz geradora da vida humana, tem o direito de ser protegida pelo pai na infância, pelo esposo, e pelos filhos na velhice, ou seja, a mulher deve ser protegida sempre pelo homem, sem que seja, necessariamente, dependente dele. Infelizmente, apesar da beleza ímpar das mulheres em todos os sentidos, muitas delas são tratadas como objeto, como propriedade, por alguns “machões” (covardes) que as desrespeitam, humilham e as agridem moral e fisicamente, indefesa, lá dentro de casa, no recinto de seus lares, onde, ironicamente, deveria ser o lugar que ela se sentisse mais segura. A coluna parabeniza a todas as mulheres, indistintamente, pela passagem do Dia Internacional da Mulher, 8 de março.
Justiça com as próprias mãos
Na cidade de Garibaldi, na Serra Gaúcha, mais precisamente no bairro Alfândega, na madrugada de domingo (28), aconteceu um fato sui generis, porém, preocupante e não recomendado. Alguns moradores perturbados em seu sossego noturno, já sendo 02h30 da manhã sem conseguir dormir devido a barulheira de sons automotivos nas imediações e irritados com a polícia que não atendia aos seus chamados, decidiram eles mesmos solucionar o problema. Armados, foram ao local e intimaram as pessoas que estavam no interior dos carros com aparelhos de som ligados em altíssimo volume a saírem e se afastar. A seguir, descarregaram suas armas de fogo contra os referidos veículos, perfurando-os a bala. Ninguém resultou ferido, até porque o objetivo da ação dos moradores não era agredir ninguém fisicamente, mas sim restabelecer a ordem e o respeito aos seus direitos, que os poderes constituídos e a polícia não estabelecem, pelo menos nesses casos. Sem ter mais a quem recorrer, os moradores fizeram justiça com as próprias mãos que, embora legítima, a ação caracteriza-se como infração penal, tipificada no artigo 345 do CP, “uso arbitrário das próprias razões”, cuja pena prevista é detenção, de 15 dias a um mês, ou multa. A ação “ilegal” desses moradores é preocupante, não se deve e não se pode fazer justiça com as próprias mãos. Apesar de que a ausência do Estado na manutenção da ordem pública, irrita qualquer cidadão.